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AUDIOGEST | PLAY fora do palco: quando a música portuguesa encontra a literatura

06/10/2025

Mais do que um prémio, os PLAY são já uma plataforma viva, que pretende levar a música portuguesa para novos territórios e a posiciona no centro de conversas mais amplas sobre cultura, tecnologia e identidade.

A música e a palavra sempre partilharam território. Ambas nascem de um impulso de expressão, de uma vontade de transformar experiência em linguagem. Por isso, não é por acaso que os PLAY – Prémios da Música Portuguesa atravessam agora o palco e entram num novo espaço: um festival literário. O encontro acontece no FÓLIO, em Óbidos, e afirma os PLAY, e a AUDIOGEST que os promove, como uma plataforma cultural viva, que existe muito além da cerimónia anual.

Criados em 2019, os PLAY nasceram com um objetivo claro: dar visibilidade e reconhecimento à música feita em Portugal, reunindo, no mesmo palco, artistas, compositores, produtores e toda uma indústria que, tantas vezes, opera fora dos holofotes.

Em sete edições, os PLAY afirmaram-se como um dos maiores eventos de celebração da música nacional, acompanhando tendências, géneros e linguagens. Agora, seis anos depois, têm sido pensados novos formatos, novos palcos e novos públicos: os PLAY Tradicional, no Mosteiro da Batalha, foram o primeiro passo – um palco monumental para valorizar o património imaterial e as raízes do cancioneiro português. Agora, o desafio amplia-se com o PLAY @ FÒLIO.

Integrado no Festival Literário Internacional de Óbidos, reconhecido pela UNESCO como Cidade Criativa da Literatura, o PLAY @ FÓLIO inaugura as PLAY Talks: encontros onde a música se cruza com a palavra escrita, criando um território comum para pensar as artes e o seu impacto no presente. A estreia traz dois momentos centrais:

  • “Palavras e Música na Era Digital” (14 de outubro, 17h, Tenda Literária)
    Uma conferência que discute os desafios partilhados pelas indústrias musical e literária. Inteligência artificial, direitos de autor e novos consumos culturais estão no centro do debate, moderado por Inês Lopes Gonçalves e que contará com a presença de Miguel Carretas (diretor geral da Audiogest), Pedro Abrunhosa e Rui Miguel Abreu.
  • “Anatomia de uma Canção: Quando a Música Encontra a Literatura” (14 de outubro, 19h e 20h, Praça da Criatividade)
    Duas sessões intimistas com Bárbara Tinoco e Tiago Bettencourt, que partilharão canções, processos criativos e influências literárias, numa conversa conduzida, também, por Inês Lopes Gonçalves.

Com estas iniciativas, os PLAY assumem um novo papel: mais do que prémio, é agora plataforma. Um espaço que acolhe a diversidade, dá palco à experimentação e convida artistas, académicos, jornalistas e público a refletirem sobre como criamos, protegemos e consumimos cultura num tempo de mudança acelerada. Ao entrar na programação do FÓLIO, os PLAY ganham também novas geografias, novas audiências e uma nova centralidade mediática, afirmando-se como um agente ativo de transformação cultural.

Para a AUDIOGEST, entidade promotora dos PLAY, esta iniciativa amplia a sua missão: valorizar a música portuguesa e defender os direitos de quem a cria, mas também promover diálogos entre diferentes setores culturais. Porque a música não vive isolada, relaciona-se com a literatura, com o cinema, com as artes visuais e com a tecnologia. É influenciada pela política, pelo contexto social, pela história. Reconhecer essa interligação e criar espaços onde ela possa acontecer é essencial para fortalecer o ecossistema criativo nacional.

As PLAY Talks representam mais do que ações pontuais: o seu conceito é um manifesto. Um convite a pensar a música portuguesa para além do palco, para além do algoritmo, para além do streaming. A criar pontes, abrir portas e dar espaço a vozes que, muitas vezes, ficam à margem. Um sinal de que os PLAY estão a ouvir o setor, a responder às críticas e a propor novos caminhos.

Este é apenas o início. O futuro passa por aprofundar este intercâmbio de formatos, descentralizar o debate e aproximar a música dos seus múltiplos contextos, sejam eles patrimoniais, tecnológicos, educativos ou comunitários.

Mais do que um prémio, os PLAY são já uma plataforma viva, que pretende levar a música portuguesa para novos territórios e a posiciona no centro de conversas mais amplas sobre cultura, tecnologia e identidade.

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