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47 Anos de Mudanças na Indústria Musical Para Ver em 47 Segundos ou Menos

47 Anos de Mudanças na Indústria Musical Para Ver em 47 Segundos ou Menos

Redacção

A indústria musical muda muito, muito rapidamente. Esta é uma revisão de como os formatos de gravação, desde o início da década de 1970, se foram transformando ao longo do tempo.

No gráfico que se segue, cada ‘fatia’ mostra a contribuição de receitas de vários formatos de música gravada num determinado ano, desde 1973 até ao presente, com base nos números de receitas da Recording Industry Association of America (RIAA). Para ver o gráfico desde o início, basta esperar que a animação recomece ou, então, actualizar a página.

Cada fatia representa 100% das receitas totais de gravação do respectivo ano, e foi calculada utilizando dados ajustados pela inflação com base nos EUA. Como se pode verificar, o número de formas como temos ouvido música ao longo das últimas décadas é espantoso. Para aqueles com idade suficiente para se lembrarem da era original, os anos 1970 foram dominados por LPs de vinil, EPs, singles de 45s ou cassetes.

Estes formatos foram em grande parte levados para o início da década de 1980, com as cassetes a dominarem durante vários anos. Mas no início dos anos 1980 assistiu-se ao nascimento do formato de CD, que gradualmente emergiu para se tornar um formato preferido pelos fãs de música. Em meados dos anos 80 do século passado, tanto os álbuns em CD, como os singles começaram a estabelecer a sua presença, substituindo gradualmente cassetes de qualidade inferior e formatos de vinil (embora, claro, muitos argumentassem que os CD são na realidade inferiores aos LPs de vinil analógicos). Quando os anos 1980 estavam a chegar ao fim, o CD era claramente dominante – e estava apenas a começar uma expansão de mais de uma década que iria impulsionar um boom sem precedentes da indústria musical.

Surpreendentemente, no dealbar dos anos 2000, o CD representava cerca de 90% do total de vendas de música gravada. Nessa altura da história da indústria musical, tanto os LPs de vinil como as cassetes eram largamente considerados como estando no seu fim de vida.

Evidentemente, uma coisa que não é mostrada nesta animação é o Napster, que surgiu no final dos anos 1990, na era pré-iTunes Music Store, onde os downloads pagos estavam ainda perto da sua infância, com a maioria dos fãs de música a preferir a facilidade dos mp3s – obtidos a partir de plataformas como o Napster, Kazaa, ou mais tarde, BitTorrent.

Dava-se o início de uma enorme proliferação de formatos, começando com o download pago (single ou álbum), bem como toques de telefone e outras plataformas musicais que haviam de nascer entretanto. De repente, a indústria da música gravada foi um terreno sem lei, com CDs (incluindo variações superiores como SACD e DVD-Audio) a lutar contra uma panóplia de outros formatos – legais ou ilegais. Os artistas estavam de repente a retirar receitas de formatos de nicho anteriores, como a rádio online e a rádio por satélite, que nos EUA pagam royalties através do SoundExchange.

Esse caos acabou por arrefecer, com as plataformas de streaming como o YouTube e o Spotify a começarem a substituir tanto os formatos físicos como os downloads. Talvez a maior surpresa seja que os fãs de música estavam dispostos a pagar pelo streaming em massa, mesmo depois de quase uma década a desfrutar de música gratuita ilimitada.

Se quiseres ver os resultados mais pormenorizados, podes espreitar aqui, no final do artigo, onde poderás ver as imagens referentes a cada ano, começando em 1973 no canto superior esquerdo e acabando em 2020, no canto inferior direito. Cada imagem foi criada pela RIAA.