Quantcast
Bob Dylan: Biógrafo diz que Alegações de Abuso Sexual não são Possíveis

Bob Dylan: Biógrafo diz que Alegações de Abuso Sexual não são Possíveis

Redacção

Bob Dylan foi recentemente processado por ter alegadamente abusado sexualmente de uma rapariga de 12 anos em 1965. O músico nega todas as acusações e entretanto o biógrafo Clinton Heylin vem acrescentar novos dados ao caso.

O escritor britânico Clinton Heylin, que escreveu extensivamente sobre a vida e obra de Bob Dylan, defende que as recentes alegações de abuso sexual feitas contra Dylan «não são possíveis» devido à cronologia dos acontecimentos.

Recorde-se que uma mulher processou Dylan por múltiplos incidentes de abuso sexual que alegadamente tiveram lugar durante um período de seis semanas em Abril de 1965, quando a queixosa tinha 12 anos de idade e o artista 23 ou 24.

O processo instaurado a 13 de Agosto no Supremo Tribunal de Manhattan alega que Dylan forneceu à acusadora drogas e álcool, antes de abusar sexualmente dela no Chelsea Hotel, em Nova Iorque.

A acusadora, identificada apenas como J.C., procura ser ressarcida por danos não especificados e pretende um julgamento com júri, alegando ainda que sofreu «danos físicos e psicológicos» e «danos emocionais e psicológicos».

Entretanto, um representante de Bob Dylan já negou as alegações, chamando-lhes «falsas» e dizendo que serão «vigorosamente defendidas».

Em declarações ao Huffington Post, Clinton Heylin expressou muitas dúvidas sobre a linha temporal que a queixosa estabeleceu no seu processo judicial. O mais recente livro publicado em Maio por Heylin, “The Double Life of Bob Dylan: A Restless, Hungry Feeling, 1941-1966”, cobre os primeiros anos de Dylan – incluindo o período em que o abuso terá alegadamente ocorrido no processo judicial.

«Não é possível», disse Heylin. «Dylan estava em digressão pela Inglaterra durante esse período, e esteve em Los Angeles durante duas dessas semanas, mais um ou dois dias em Woodstock. A digressão foi de 10 dias, mas Bob voou para Londres a 26 de Abril e chegou a Nova Iorque a 3 de Junho. Se Dylan esteve em Nova Iorque em meados de Abril, foi por não mais do que um dia ou dois. Woodstock foi onde ele passou a maior parte do seu tempo quando não estava em digressão».

Clinton Heylin acrescenta que se Dylan esteve em Nova Iorque, o cantor «ficou invariavelmente no apartamento do seu manager, em Gramercy, não no Chelsea».

Heylin expressa ainda que, na altura em questão, um documentário sobre Dylan estava a ser filmado, “Don’t Look Back”. Como tal, Heylin argumenta que Dylan estava a ser seguido por uma equipa de filmagem, mostrando muitas dúvidas sobre se o cantor poderia cometer os alegados crimes durante esse tempo.