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Cinco álbuns que mudaram a vida de Grimes

Cinco álbuns que mudaram a vida de Grimes

Tiago da Bernarda

De Tool a Outkast, Grimes lista alguns dos álbuns mais influentes da sua carreira.

A artista que no ano passado lançou um dos álbuns mais falados do ano passado, “Art Angel”, é uma das confirmações para a próxima edição do NOS Alive.

No misticismo e extravagância da pop de Grimes encontra-se um leque de influências musicais, algumas mais evidentes do que outras.

Para tirar as teimas, Grimes, a convite da Tidal, escreveu sobre cinco álbuns que mudaram a sua vida, desde a sua infância até aos dias de hoje.

OUTKAST – STANKONIA
«Este foi o primeiro álbum que comprei. Lembro-me de chegar a casa e abri-lo, teria eu uns 12 anos, e ver uma mulher nua toda psicadélica. O meu pai perguntou-me se queria pô-lo a tocar mas eu sabia que se os meus pais vissem o CD que mo confiscariam. Quando finalmente ouvi o álbum, achei-o fantástico, idiossincrático e super estranho. Abriu a minha mente de várias formas»

TOOL – ÆNIMA
«Uma das razões pela qual eu tenho interlúdios nos meus álbuns é por causa dos que se encontram em “Ænima”. Este álbum é um puzzle autêntico, tanto ritmicamente como melodicamente. É difícil acompanhá-lo até conheceres bem o álbum mas, ao mesmo tempo, é fácil de cantarolá-lo. É complicado, mas como música pop é gratificante de alguma forma. Nunca me aborreço sempre que o ponho a tocar. Posso ouvi-lo repetidamente e descobrir coisas novas com cada audição. Sinto que a ideia de música alternativa com vocais proficientes foi-me introduzida a partir deste álbum»

BEYONCÉ – BEYONCÉ
«Quando este álbum saiu, apenas estava disponível no iTunes. Fiz o download imediatamente e ouvi-o de uma ponta à outra. Só depois é que me apercebi que já não fazia isso há quase dois anos. Desde então voltei a ouvir álbuns na íntegra. Acho que revitalizou a arte de “álbum” para mim, e sinto-me grata por isso. Adoro como cada música é diferente. E como todas soam tão, mas tão, BEM. Já ia batendo com o carro mais do que uma vez enquanto ouvia este álbum. Quando trabalho na fase de pós-produção, costumo pôr as minhas músicas ao lado das deste álbum, apenas porque todas as músicas são incríveis»

PANDA BEAR – PERSON PITCH
«Na altura em que tinha começado a compor, andava a passear por Montreal com os auscultadores postos. “Tripei” completamente com a forma como as músicas de Panda Bear eram formatadas de forma a ouvir a construção de loops. Até esse momento, só fazia música drone atonal. Mal percebia alguma coisa sobre música. Ainda era um mistério para mim. Mas, assim de repente, tudo pareceu fazer sentido. Comecei a conseguir escrever músicas espontaneamente depois de ouvir este álbum pela primeira vez»

YEAH YEAH YEAHS – FEVER TO TELL
«Um amigo meu deu-me uma cassete quando andava no 10º ano. Era o “Fever To Tell”, mas ele não tinha escrito o nome na cassete por isso não fazia ideia de quem era a banda. Costumava ouvi-la no meu Walkman a caminho de casa e a minha mente estourava completamente. Irei lembrar-me desse momento para o resto da minha vida. Foi a primeira vez que ouvi música alternativa com uma vocalista feminina»