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Concertos-Piloto Poderão Avançar Em Lisboa e Porto e o Falso Plano de Desconfinamento

Concertos-Piloto Poderão Avançar Em Lisboa e Porto e o Falso Plano de Desconfinamento

Redacção

Por sugestão das associações de promotores de espectáculos, a DGS terá aprovado a realização de eventos-piloto em Lisboa e no Porto no final do confinamento, que tem sido apontado para o fim do mês de Março.

Segundo uma notícia do Jornal de Notícias, a Direção-Geral da Saúde (DGS) terá aprovado a realização de eventos-piloto para se perceber de que forma e quando é que poderão realizar-se eventos culturais ainda este ano.

A decisão terá sido tomada na última reunião entre Governo, DGS e promotores de espectáculos. Na próxima reunião, agendada para 4 de Março, deverão ser definidos os detalhes destes eventos-piloto.

Para já, o que se sabe é que a DGS terá tido como base um documento apresentado pelas associações do sector, como a Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE) e a Associação Portuguesa de Festivais de Música (APORFEST), que sugeriram a realização dos eventos-piloto no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, e no Campo Pequeno, em Lisboa.

Na proposta consta a realização de testes rápidos à covid-19 (através de saliva) até 72 horas antes do evento e a repetição do teste à entrada do recinto no dia do evento.

Após 14 dias, as pessoas devem responder a um questionário e fazer de novo o teste. Os promotores sublinham que entre a compra do bilhete, a realização do teste e o resultado não deverá ser necessário esperar mais do que 20 minutos.

Ainda segundo o JN, estes eventos-piloto não deverão acontecer antes de terminar o confinamento, apontado para o final de Março, o que quase de certeza irá colocar em risco a realização dos primeiros festivais de verão, até porque caso estes eventos-piloto se realizem em Abril, os resultados nunca serão conhecidos antes de Maio.

PLANO DE DESCONFINAMENTO FALSO EM CIRCULAÇÃO

Entretanto, e numa altura em que o Parlamento português se prepara para votar a renovação do 12º diploma do estado de emergência até 16 de Março – com aprovação assegurada com o apoio de PS, PSD, CDS-PP e PAN – anda a circular nas redes sociais um plano de desconfinamento que o gabinete do primeiro-ministro já garantiu ser falso.

O referido mapa de desconfinamento progressivo prevê, no sector da Cultura, a abertura de bibliotecas e arquivos a 15 de Março, museus, monumentos, palácios, galerias de arte e similares a 5 de Abril, e cinemas, teatros, auditórios e salas de espectáculos a 3 de Maio, mediante algumas regras: lugares marcados, lotação reduzida, uso obrigatório de máscara, testagem à entrada e distanciamento físico.

Num comunicado emitido pelo gabinete de António Costa é garantido que a falsificação do documento vai ser comunicada ao Ministério Público.

«Este documento não tem qualquer veracidade, não é da autoria do Governo, nem se baseia em qualquer trabalho preparatório, pelo que às informações constantes do mesmo não deve ser atribuída qualquer credibilidade. Pela desinformação e falsas expectativas que tal documento pode gerar, com o inerente risco para a saúde pública, esta falsificação será objecto de comunicação ao Ministério Público».

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