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Danko Jones Chama «Pedaço de Caca de Cão Nacionalista Branco» a Jon Schaffer

Danko Jones Chama «Pedaço de Caca de Cão Nacionalista Branco» a Jon Schaffer

Redacção

Danko Jones não se conteve e atacou fortemente o guitarrista dos Iced Earth, Jon Schaffer, que estava no grupo que invadiu o Capitólio dos EUA em Janeiro. O músico canadiano chamou a Schaffer «um pedaço de caca de cão nacionalista branco» e disse que «os Iced Earth são um simulacro de banda».

Na sexta-feira, 19 de Março, o Juiz Magistrado dos EUA Zia Faruqui ordenou que Schaffer fosse detido sem caução por seis acusações criminais federais relacionadas com o seu alegado envolvimento na insurreição de 6 de Janeiro no Capitólio dos EUA. O juiz decidiu que Schaffer representa um perigo para a comunidade. O advogado de Schaffer, por sua vez, argumentou que os comentários do seu cliente foram retirados do contexto e que ele sabe que usou de mau julgamento no dia 6 de Janeiro, pedindo novo julgamento.

Na sequência desta decisão judicial, Danko Jones publicou o seguinte texto no Twitter: «Jon Schaffer usou de mau senso porque é um pedaço de caca de cão nacionalista branco. Os seus companheiros de banda aplaudiram-no porque os Iced Earth são uma banda terrível. O seu pedido de novo julgamento prova a sua patética fraqueza». O canadiano acrescentou, entretanto: «Os IcedEarth são um simulacro de banda».

No dia 6 de Janeiro, o vocalista dos Iced Earth Stu Block aparecera nas redes sociais a apoiar as imagens sombrias de Washington durante o motim em Capitol Hill, escrevendo um post no Facebook, entretanto já apagado: «Oh, está a acontecer! A história está em construção. Enviando amor aos meus amigos nos EUA e em todo o mundo!».

Mais tarde, Stu Block pediu desculpa pelo seu post, escrevendo: «A minha publicação foi absolutamente incompreendida e não foi bem pensada da minha parte». Um mês mais tarde, o baixista Luke Appleton anunciou a sua saída da banda.

Pouco tempo após a audiência de sexta-feira, o advogado de Schaffer apresentou uma «moção para alterar a ordem de detenção», alegando que «o governo não conseguiu estabelecer o perigo de Jon Schaffer para a comunidade através de provas claras e convincentes», acrescentando: «O Sr. Schaffer tem 53 anos de idade. Não tem condenações penais. Não tem um problema de abuso de substâncias ou de saúde mental. Não tem antecedentes de violência e não foi violento em 6 de Janeiro de 2021. Entrou no Capitólio com spray de pimenta. Não ameaçou ninguém. Deixou o Capitólio após aproximadamente sessenta segundos e regressou a casa em Indiana».

Durante a audiência de sexta-feira, os advogados do governo apresentaram exposições que consistiram numa entrevista em vídeo que Schaffer deu em Novembro de 2020 num comício pró-Donald Trump em que expressava as suas opiniões políticas e ainda fotografias tiradas em 6 de Janeiro, mostrando-o dentro do Capitólio dos Estados Unidos com uma lata de “spray pimenta” na mão. Segundo a WUSA9, o juiz citou os comentários de Schaffer na entrevista em vídeo – «Se alguém quiser trazer violência, penso que há aqui muitos de nós prontos para isso».

O advogado de Schaffer argumentou por sua vez que o músico não foi responsável pela insurreição e foi encorajado pelo ex-presidente Donald Trump. «As pessoas têm o direito de acreditar no mais alto funcionário eleito», disse em declarações à Indiana Public Media. «O meu cliente não é responsável pelo que aconteceu a 6 de Janeiro».

Schaffer está detido na prisão do condado de Marion há quase dois meses, após se ter rendido à polícia a 17 de Janeiro. Acredita-se que Schaffer seja uma das pelo menos 400 pessoas que estão a ser investigadas por funcionários do FBI por causa do seu papel na insurreição. Mais de 250 casos criminais foram até agora arquivados. As acusações incluem acesso não autorizado, roubo, danos a bens do governo e agressão a agentes da lei.