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ENTREVISTA | ELECTRIC MOON: O segredo deste rock psicadélico é o amor

ENTREVISTA | ELECTRIC MOON: O segredo deste rock psicadélico é o amor

António Maurício

A banda alemã reúne-se com o ex-baterista, revela o segredo da música psicadélica e apresenta-se no Sabotage dia 5 de Maio.

Os Electric Moon nasceram em 2009, pelas mãos de Komet Lulu (baixo), Sula Bassana (guitarra) e Pablo Carneval (bateria). O trio alemão que se alimenta principalmente de rock psicadélico e krautrock vem apresentar a sua extensa experiência de palco no Sabotage, dia 5 de Maio. Uma pequena conversa com a banda esclareceu o regresso do baterista Pablo Carneval, os métodos de gravação ou o equipamento utilizado ao vivo.

O baterista Pablo Carneval voltou recentemente a integrar a banda. Como é que isso aconteceu e como está a química em grupo?
Pablo: O Dave e a Lulu pediram-me para tocar alguns concertos com eles e fiquei muito feliz. Tocámos os concertos e ficamos todos satisfeitos com o resultado. Gosto muito de ambos e gosto imenso do tempo que passo eles a cozinhar, andar, jogar super nintendo… e claro, a tocar música. Estou muito feliz e satisfeito por voltar a tocar.
Dave/Sula: Estávamos novamente sem baterista e perguntámos ao Pablo se queria voltar a juntar-se a nós depois destes anos todos, e ele disse que sim! Ficámos tão felizes! Existe uma grande amizade entre nós e uma grande química na produção musical. Gostamos imenso dele, é um sentimento 100% fantástico!

Qual é o segredo para a gravação de música psicadélica? Pensam na composição anteriormente ou é baseada em tentativa-erro?
Pablo: Acho que não existe nenhum segredo. É tudo baseado em Amor e Respeito e Amor outra vez. Sim, às vezes existe uma ideia mas às vezes é apenas a tentativa-erro, que também é muito divertido.
Lulu: Sim, às vezes temos uma ideia na cabeça e vamos apresentá-la aos outros e tocamos com base nessa ideia, mas na maior parte do tempo apenas deixamos acontecer. E, como o Pablo disse, tudo se resume a uma ligação que é feita de amor e respeito. É um sentimento mágico…

Podem mencionar o “principal” equipamento utilizado em digressão?
Pablo: Bateria e um sample pad.
Dave/Sula: Guitarra e uma effectboard pequena, que é forte o suficiente para fornecer a possibilidade de fazer sons completamente espaçosos.
Lulu: Necessito do meu fuzz. E alguns delays, phasers, efeitos desse tipo.

É legitimo afirmar que existem diferenças entre a audição dos vossos álbuns de estúdio e a presença nos vossos espectáculos ao vivo?
Dave/Sula: Claro! No estúdio temos a chance de trabalhar sobre o material gravado, com produção, overdubbing, etc. Ao vivo somos “apenas” os três no momento, e dependemos da energia e do sentimento que sentimos dentro e à volta da banda.
Lulu: Sim, é uma grande diferença. O processo ao vivo está a acontecer em conjunto com as pessoas, e a audiência dá-nos imensa energia que se reflete no som. Por isso, cada concerto é sempre diferente.

O que é que sabem/conhecem sobre música Portuguesa?
Pablo: Não muito. Conheço os 10000 Russos e acho que os Peixe:Avião são de Portugal.
Dave/Sula: Conhecemos 10000 Russos, Saturnia, Dreamweapon, Talea Jacta.