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Ex-Executivo do Spotify Critica Artistas que Pedem Melhores Pagamentos

Ex-Executivo do Spotify Critica Artistas que Pedem Melhores Pagamentos

Redacção

«O problema era distribuir música. Não dar dinheiro, ok?». Esta foi a resposta de Jim Anderson, ex-executivo do Spotify, ao ser questionado pela compositora Ashley Jana numa conferência sobre música e royalties.

Depois de nos últimos anos a discussão acerca do pagamento de royalties provenientes das plataformas de streaming se ter intensificado, com o levantamento de muitas vozes de alguns nomes importantes como Paul McCartney ou Robert Plant, entre tantos outros, eis que o ex-executivo do Spotify Jim Anderson se manifestou sobre o assunto.

O antigo responsável da maior plataforma de streaming do mundo da actualidade fez algumas afirmações polémicas durante a participação numa conferência da indústria da música em Nova Iorque.

Segundo o Digital Music News, durante a conferência, Jim foi questionado pela compositora Ashley Jana sobre o modelo de pagamento do Spotify. A artista apontou que a Apple Music aumentou recentemente os seus royalties, enquanto as taxas do Spotify continuam a valer uma pequena fração. Jim Anderson surpreendeu tudo e todos com a sua resposta.

«Então devemos falar sobre essa coisa de ser mimado. Quer dizer, eu tenho um problema com os comentários de Taylor Swift. Tenho um problema com isso, e vamos chamá-lo de mimo. Quer dizer, eu considero-me um artista porque sou um inventor, ok? Agora, eu distribuo livremente as minhas patentes por nada. Nunca colecciono royalties sobre nada. Acho que Taylor Swift não precisa de 0,00001 mais de um stream. O problema é o seguinte: o Spotify foi criado para resolver um problema. O problema era este: pirataria e distribuição de música. O problema era divulgar a música dos artistas. O problema não era pagar às pessoas».

Exaltado, o ex-executivo do Spotify ainda reforçou o objectivo da empresa em distribuir música: «O problema, o problema era distribuir música. Não dar-te dinheiro, ok? O problema era distribuir música». Enquanto decorria a polémica, o atual CEO da plataforma, Daniel Ek, continuava em silêncio, à margem e determinado em comprar um clube de futebol com os rios de dinheiro que vai fazendo com a música de tantos e tantos artistas espalhados pelo mundo fora.

Como Taylor Swift foi citada pelo ex-executivo da plataforma de streaming, vale a pena recordar que a cantora removeu as suas músicas do Spotify em 2014, antes de regressar ao serviço de streaming apenas em 2017. Inicialmente, a artista alegou que não iria disponibilizar as suas músicas na plataforma pois «a música não deveria ser de graça». Porém, quando decidiu voltar, Swift disse que estava a fazê-lo como «agradecimento aos fãs» por o seu disco “1989”, de 2014, ter vendido mais de 10 milhões de cópias.