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FMM Sines: oito novas confirmações

FMM Sines: oito novas confirmações

Tiago da Bernarda

A 18ª edição do Festival Músicas do Mundo realizar-se-á entre 22 e 30 de julho.

A organização do FMM Sines confirmou mais oito nomes que irão integrar o alinhamento da próxima edição. De 22 a 30 de julho, o Festival Músicas do Mundo volta a agregar, pela 18ª vez, alguns dos nomes mais interessantes da world music actual.

Imed Alibi
É um percussionista que procura um som de fusão partindo de uma base de ritmos do Magrebe e do Médio Oriente. Dança-se num espaço de fronteiras porosas entre Oriente e Ocidente, onde ritmos sufis e berberes se confundem com beats eletrónicos, dub, investidas rock. Gravou um álbum de originais, “Safar”, com produção de Justin Adams, editado em 2014.

Speed Caravan
Projeto do rocker argelino Mehdi Haddab, mestre do alaúde elétrico. Depois da presença no Festival Músicas do Mundo em 2009, com “Kalashnik Love”, este regresso a Sines faz-se com um novo disco, “Big Blue Desert”, segundo álbum de originais do grupo, que será lançado no final de abril. As bases deste disco foram gravadas em Dakar por Haddab e pelos seus companheiros Pascal Teillet (baixo) e Skander Besbes (guitarra e computador). Em relação a 2009, haverá no concerto de Sines uma nova componente trazida por este álbum, a dos ritmos senegaleses do sabar e do mbalax, que se juntam ao rock e à música norte-africana para criar uma mistura que augura grande potência ao vivo.

Islam Chipsy & E.E.K.
Islam Chipsy, teclista pioneiro do chaabi elétrico, usa a escala oriental para criar formas sonoras do outro mundo, apoiado pelo poder percussivo de Khaled Mando e Mahmoud Refael em duas baterias musculadas. “Live at the Cairo High Cinema Institute (2014) ” e “Kahraba” (2015) são os seus registos em disco, onde se ouvem alguns clássicos da música egípcia reconfigurados pelo génio de um criador e performer incendiário

Bachar Mar-Khalifé
Cantor, compositor e multi-instrumentista franco-libanês. Nasceu em Beirute, em 1983, numa família de músicos que teve de exilar-se em Paris devido à guerra. A par da carreira na música clássica, iniciou um trajeto na fusão, em agrupamentos que cruzam jazz, world music, eletrónica e hip-hop. Lançou três álbuns: “Oil Slick” (2010), “Who’s Gonna Get the Ball… (2013) e “Ya Balad” (2015).

Vardan Hovanissian & Emre Gültekin
Este duo tenta erguer uma ponte cultural entre nações com uma história comum onde ainda pesa a memória dos massacres ocorridos há mais de 100 anos. Vardan toca duduk, instrumento de sopro que é um símbolo da Arménia, e Emre canta e interpreta três instrumentos de cordas – o saz, o baglama e o tanbur. Para o seu primeiro disco como duo escolheram o título “Adana”, a cidade que mais sofreu com a tragédia de 1915. A escolha simboliza a esperança de um futuro em que seja possível uma convivência mais serena entre duas culturas com muito mais em comum do que a dor que as mantém separadas.

Alaverdi
É um quarteto vocal que dá continuidade a uma das mais ricas tradições polifónicas do mundo, a que tem raízes na Geórgia, no Cáucaso. Faz parte de uma nova geração de cantores que se entrega à missão de dar presente e futuro a uma expressão inscrita na lista de Património Imaterial da Humanidade da UNESCO. Do jogo de vozes entre os quatro cantores – Nuzgar Kavtaradze, Bidzina Murgulia, George Abashidze e Mikheil Javakhishvili – resultam harmonias de dançam entre o baixo mais profundo e o falsetto mais celestial. Além de cantar, tocam uma panóplia de instrumentos de cordas e sopros.

Dakh Daughters (na foto)
São um grupo de atrizes ucranianas transformadas em personagens de um “cabaret freak” onde todos os registos são possíveis: performance teatral, recital clássico, concerto punk. Os rostos pintados de atrizes do cinema mudo acrescentam às suas personagens um dramatismo que as ajuda a pôr de pé, em cada canção, um pequeno espetáculo subversivo.

Trad.Attack!
Banda estónia que cria folk de sensibilidade contemporânea inspirada em velhas gravações de folclore. Os membros do grupo são três amigos que cresceram em convívio com a música. Sandra Sillmaa pegou pela primeira vez aos 13 anos no instrumento que marca com distinção o som da banda, a gaita-de-foles estónia. Jalmar Vabarna, guitarrista e vocalista, pertence à minoria étnica dos Setos e é bisneto de uma das mais famosas cantoras de folclore do país. Tõnu Tubli aprendeu a tocar metais com o pai músico e tornou-se um dos bateristas mais requisitados da Estónia. Lançaram o seu disco de estreia, “AH”, em 2015, e receberam alguns dos mais importantes prémios de música do seu país.

Os bilhetes para a próxima edição do FMM Sines ainda não se encontram disponíveis. Aguardamos informações sobre o preço do passe geral.

CARTAZ
Imed Alibi
Speed Caravan
Islam Chipsy & E.E.K.
Bachar Mar-Khalifé
Vardan Hovanissian & Emre Gültekin
Alaverdi
Dakh Daughters
Trad.Attack!
Billy Bragg
The Unthanks
The Comet is Coming
Alibombo
Bixiga 70
BNegão & Seletores de Frequência
Graveola
Juana Molina
Los Pirañas
Systema Solar