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Há Fado na RTP2 com Marco Oliveira e Aldina Duarte

Há Fado na RTP2 com Marco Oliveira e Aldina Duarte

Redacção

Se gostam de Fado e não têm programa para o serão de domingo, 6 de Junho, apontem na agenda: a RTP 2 transmite um programa sobre Marco Oliveira às 23h e outro dedicado a Aldina Duarte às 23h30.

“Nenhum de Nós” é o primeiro single do novo álbum de Marco Oliveira, “Ruas e Memórias”, o terceiro álbum do cantautor. Gravado no estúdio Valentim de Carvalho entre 4 e 18 de Novembro de 2019, este disco permanecerá como a última produção musical em estúdio de um dos mais importantes artistas da cultura portuguesa: José Mário Branco.

Dividido em duas partes – azul claro de dia e azul escuro de noite (versos de Ary dos Santos) –, o álbum inclui fados tradicionais com a poesia de Manuela de Freitas e Ana Sofia Paiva, também responsáveis pela produção artística e vários temas originais, bem como temas do próprio Marco Oliveira. José Mário Branco, além da produção musical, assina os arranjos e a direcção musical de “Ruas e Memórias”. Com Ricardo Parreira na guitarra portuguesa e Carlos Barretto no contrabaixo, este disco propõe «uma narrativa poética e musical na primeira pessoa através do quotidiano de uma cidade em constante impermanência. Uma dedicatória de amor a Lisboa».

Marco Oliveira, «um dos mais representativos fadistas e cantautores da sua geração», move-se entre o Fado e outros universos da música popular urbana, «numa rara versatilidade»: além de intérprete, é poeta, compositor e instrumentista. O programa que a RTP 2 lhe dedica este domingo, 6 de Junho, começa às 23h.

Às 23h30, também da RTP2, Aldina Duarte num programa especial sobre o álbum “Roubados”. Em 2019, no ano em que celebrou 25 anos de carreira, Aldina Duarte fez «um disco improvável», num trabalho que não tem nenhuma letra escrita por ou para si e que não inclui nenhuma melodia do Fado Tradicional. Aldina Duarte assume antes a reconstrução e desconstrução de 12 fados originais feitos para alguns dos fadistas mais importantes da história do Fado, com arranjos da sua inteira responsabilidade, aos quais chama versões, num disco com o título “Roubados”.

Sabendo que estes originais são insuperáveis, Aldina arrisca e ousa todas as alterações de modo a trazê-los para a singular autenticidade fadista, «numa busca de verdade que é uma constante nas suas interpretações, recorrendo ao jogo rítmico na divisão dos versos, que sempre a fascinou, usando e abusando do contratempo (o chamado “roubado” na gíria musical dos fadistas), realçando a música das palavras no seu sentido e na sua poesia, afirmando a sua visão destas histórias cantadas». Aldina Duarte nunca se ouviu cantar assim! Abre um novo caminho, só seu, por dentro do fado.