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Father John Misty lança canção-protesto contra extremismo e retórica

Father John Misty lança canção-protesto contra extremismo e retórica

Tiago Varzim

Donald Trump foi eleito o próximo presidente dos EUA a 8 de novembro. Pouco antes, o músico norte-americano lançou uma música anti-Trump, mas esta semana voltou à carga com “Holy Hell”, um tema que critica o extremismo e a retórica do populismo.

As pessoas têm o poder de fazer mudar o Mundo. É esta a mensagem positiva do ‘inferno’ retratado no novo tema do artista norte-americano. Numa altura em que ainda continuam os protestos contra a eleição de Trump, critica-se o colégio eleitoral (sistema de eleição) e visto que se sabe que Hillary Clinton venceu o voto popular por mais dois milhões de votos, Father John Misty reflete sobre os perigos dos extremismos.

A balada ao piano “Holy Hell” começa logo por anunciar que o futuro não será de prosperidade: «The future ain’t looking so bright». Sente-se a melancolia e o desespero, ainda que com calma, na voz do músico norte-americano.

Father John Misty fala de uma retórica «muito eficaz» usada por «pervertidos» que querem lucrar com essa brecha da democracia. «It’s just some highly effective rhetoric/ Used by perverts who get off on it», ouve-se. Mas o artista deixa uma mensagem de esperança a terminar: «O Mundo não acaba se nós quisermos…»

O artista fez um cover, a 6 de novembro, da canção “Trump’s Pilot” de Tim Heidecker, uma letra escrita durante a Convenção Republicana onde Trump foi glorificado como o candidato do partido. A canção imaginava como seria se um avião com o empresário dentro fosse destruído.