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Idanha-a-Nova classificada como Cidade da Música pela UNESCO

Idanha-a-Nova classificada como Cidade da Música pela UNESCO

Redacção

A Rede de Cidades Criativas foi criada pela UNESCO para promover o desenvolvimento social, económico e cultural de cidades de países desenvolvidos e de países em desenvolvimento. Idanha-a-Nova candidatou-se e ganhou agora a distinção de “Cidade da Música”.

A Rede de Cidades Criativas foi criada pela UNESCO em 2004 e procura desenvolver a cooperação internacional entre cidades que identificaram as indústrias criativas como um factor estratégico para o desenvolvimento sustentável. A adesão a esta Rede de Cidades, que hoje integra já 41 cidades, é enquadrada em um dos sete temas: literatura, cinema, música, artesanato e arte popular, design, artes digitais e gastronomia.

Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova em declarações à Agência Lusa refere «Sentimo-nos muito honrados com esta decisão. Este é o reconhecimento da cultura de Idanha-a-Nova e do investimento que temos feito nesta área.» Esta nomeação «vem confirmar que apresentamos uma candidatura com argumentos muito fortes, mesmo sendo Idanha-a-Nova uma vila e não uma cidade».

Idanha-a-Nova localiza-se no distrito de Castelo Branco e é a vila que acolhe o mítico Festival Boom. Em 2014, o Boom foi  responsável por trazer ao concelho 132 festivaleiros de nacionalidades diferentes e foi reconhecido pela ONU como exemplo de uma nova “nova consciência” com uma forte vertente ecológica.

Idanha-a-Nova tem também como símbolo o Adufe, um verdadeiro símbolo da identidade local, sendo um bom exemplo da preservação das tradições que caracterizam o Município de Idanha-a-Nova. Embora antigamente pudesse ser encontrado noutras regiões do país, este género de pandeiro bi-membranofone só aqui mantém ainda hoje alguma vitalidade e projecção. Feito de pele de ovelha ou cabra montada numa armação quadrada de madeira, forma uma caixa de ressonância estreita, dentro da qual são colocadas sementes, areias, soalhas ou mesmo caricas, para enriquecer o seu som peculiar. Tocado por mulheres – as adufeiras – é feito principalmente no Centro de Artes Tradicionais e na oficina de José Relvas.