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Ministra da Cultura Apela A Que Continuemos A Ir A Espetáculos

Ministra da Cultura Apela A Que Continuemos A Ir A Espetáculos

Mariana Matos

A ministra da Cultura reforça que «todos os que fazem o dia-a-dia da cultura» estão «a viver dias particularmente difíceis».

No dia 9 de Novembro entrou em vigor o recolher obrigatório, nos 121 concelhos mais afectados pela Covid-19, a partir das 23h00 e que se prolonga até às cinco da manhã nos dias de semana. Já no fim-de-semana, o recolher passa a ser a partir da uma tarde e durará até às cinco da manhã.

São medidas que afectam 70 por cento da população portuguesa, principalmente os sectores da restauração, comércio e da cultura, sendo que muitos espetáculos se encontram adiados, devido a esta medida.

Durante uma audição na Assembleia da República, Graça Fonseca pronunciou-se relativamente a este assunto, referindo que «no espaço de 24 horas, centenas de salas anteciparam horários e não encerraram», por isso, «devemos, como cidadãos, dar resposta a este esforço de todos. É isso que também vai ajudar cada uma das pessoas que estão lá fora a manifestar-se» afirmou a ministra.

O apelo continuou com o pedido a que todas as pessoas continuassem a «ir ao teatro, ao cinema, a um espetáculo de música, a uma biblioteca».

Todas estas palavras, que deveriam de consolar os portugueses, eram proferidas enquanto centenas de profissionais desta área protestavam contra a falta de apoios e exigiam 1% do Orçamento do Estado para o setor.

No entanto, Graça Fonseca garante que, «tudo faremos em 2021, quer com este Orçamento do Estado, com o trabalho com outras áreas do Governo e com a cooperação de todas as entidades para que todas as pessoas do setor resistam a uma crise sem precedentes».

O sector da cultura exige ao governo medidas concretas para ajudar os milhares que estão em dificuldades. Ainda esta semana, o Marginália Bar, no Algarve, anunciou o encerramento de portas.