Morrissey Despedido Da BMG
Morrissey vai deixar de editar pela BMG. O ex-Smiths atribui a decisão a um novo executivo da editora que quer diversificar o catálogo de artistas.
Em Março deste ano, a BMG lançou o álbum “I Am Not A Dog On A Chain” e, desde então, a etiqueta mudou a sua posição quanto ao trabalho com o controverso cantor-compositor inglês, alegadamente devido a um novo executivo da BMG que foi trazido a bordo nos últimos meses.
«O novo executivo da BMG anunciou novos planos de ‘diversidade’ dentro da lista de artistas da BMG, e todos os lançamentos/reedições projectados de Morrissey foram eliminados», lê-se num comunicado publicado no website de Morrissey.
Sem surpresas, o ex-Smiths não está muito satisfeito com as notícias, tendo escrito uma breve declaração na qual culpa a BMG por negligenciar a habilidade musical em favor da aparência. «Esta notícia está perfeitamente de acordo com o horror galvânico implacável de 2020. Seríamos criticamente insanos se esperássemos algo de positivo».
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«Os meus três álbuns com BMG foram os melhores da minha carreira, e eu fico ao lado deles até à morte. Foi um período crucial na minha vida e agradeço à equipa anterior da BMG e a todos os envolvidos por isso. Ainda é importante para mim fazer música à minha maneira, e não gostaria de estar num selo que dita tão especificamente como os seus artistas se devem comportar – especialmente quando a palavra ‘talento’ nunca é notoriamente mencionada», diz ainda Morrissey.
Esta não é, de resto, a primeira vez que Morrissey é despedido de uma editora. Em 2014, o artista foi abandonado pelo Capitol/Harvest depois de algumas diatribes relacionadas com as suas posições políticas relacionadas com a extrema-direita e os seus frequentes comentários racistas, o que levou inclusivamente muitos dos seus fãs a virarem-lhe as costas.