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Os Pixies apresentaram em Lisboa uma autêntica maratona de canções

Os Pixies apresentaram em Lisboa uma autêntica maratona de canções

Rodrigo Baptista
Inês Barrau

Na bagagem ainda trouxeram o seu mais recente álbum de estúdio, “Beneath The Eyre”, editado em Setembro.

Abarrotar é a palavra que melhor descreve a sala do Campo Pequeno durante o concerto de ontem dos Pixies. Os fãs não se fizeram rogados e receberam a banda de Boston de braços abertos após um hiato de três anos do nosso país. Nesta tour, os Pixies têm optado por estender as suas setlists para mais de 30 músicas (algumas chegam mesmo às 40) e Lisboa não foi excepção. O concerto revelou-se longo e dono de densidade e intensidade, com uma duração de mais de duas horas, que não deixou espaço para muito falatório.

A primeira parte do concerto ficou a cargo de Blood Red Shoes. Vê aqui a fotoreportagem.

O concerto dos Pixies manteve sempre um formato bastante corrido onde a ausência de tempos mortos foi notória. A alternar com as malhas do novo álbum, que foi quase tocado na sua totalidade, estiveram os maiores clássicos da banda, as mais celebradas foram “Where Is My Mind?” e “Gigantic”, presentes no álbum de estreia, “Surfer Rosa” (1988), e ainda “Wave of Mutilation”, “Debaser” e “Tame”, de “Doolittle”.

No final do concerto, o público demonstrou-se rendido perante a performance avassaladora que Black Francis (praticamente não abdica da sua Tele, sonorizada por um rig Vox Amplification) e companhia lhes proporcionaram e aplaudiu o grupo de pé, retribuindo o carinho que a banda lhes transmitiu através da sua música. Uma coisa é certa, os Pixies não precisam de muitas palavras para demonstrarem o que valem – a sua música já faz isso por eles.

No Campo Pequeno, a música certamente falou bem alto. Em baixo podes ver a galeria de fotos.