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Os Pontos Negros celebram 10 anos de “Magnífico Material Inútil”

Os Pontos Negros celebram 10 anos de “Magnífico Material Inútil”

José Machado

Para celebrar os dez anos de “Magnífico Material Inútil”, os Ponto Negros vão voltar a reunir-se no próximo sábado, dia 15 de Dezembro, para tocar no MusicBox, bem no coração do Cais do Sodré. Espera-se um clima que contagie nostalgia e celebre, como diz a lírica da banda, os seus “tempos de glória”. O preço do bilhete é de 8€.

Eis o texto de acessoria de imprensa, de José Machado: «Como a pontuação, a música é uma linguagem. Os Pontos Negros, banda de Queluz que assumiu, um dia, que o nome era uma “pseudo homenagem” aos White Stripes, numa espécie de “Vai para trás de mim, Satanás” à portuguesa trouxe consigo, num fugaz período de cinco anos, um Pop Rock com tiques de Indie sustentado, à moda clássica, em duas guitarras como personagens principais acompanhadas de uma fusão de sons que, de tema para tema e de disco para disco, compunham as diferentes melodias abordadas pela banda. Isto apesar de dizerem que “não sabem ler escalas em clave de Sol e muito menos em clave de Fá”.

O disco mais mediático da banda terá sido, apesar do nome, o “Magnífico Material Inútil”, personagem principal da tão esperada reunião que está para vir. O tema “Contos de Fadas de Sintra a Lisboa”, ao som de um riff daqueles que ninguém se consegue cansar de ouvir, propõe uma reflexão não sobre um amor cliché entre um bad boy e uma burguesa, mas entre uma espécie de uma miúda pouco dada a “pseudo-intelectualices” e um burguês daqueles que wannabes muito cultural. A canção tornou-se um ícone por ter feito parte da soundtrack da série infanto-juvenil “Lua Vermelha” que interpretou demasiado à letra a expressão “Contos de Fadas”.

Pondo os pontos nos is, os Pontos Negros foram ganhando pontos entre a música nacional. De norte a sul, quem conhecia o trabalho que lançou Manuel Fúria não podia ficar indiferente a uma proposta musical inovadora. Todos ficaram com a sensação que os Pontos Negros desapareceram do mapa demasiado cedo.»