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Roger Waters Em Novo Ataque a David Gilmour

Roger Waters Em Novo Ataque a David Gilmour

Redacção

Roger Waters continua a alimentar o seu enorme ressentimento contra David Gilmour e mantém ataques ferozes ao seu antigo companheiro nos Pink Floyd e à sua esposa, Polly Samson. Segundo Waters, a edição da remasterização de “Animals” tem sido adiada porque Gilmour pretende obter mais reconhecimento nas composições do que o que merece realmente.

É cíclico. De tempos a tempos Roger Waters vocifera contra David Gilmour, contra o protagonismo que este ganhou nos Pink Floyd e torna a abrir as feridas de um dos maiores feudos da música moderna. Desta vez, Waters publicou notas que acompanham a remasterização do álbum “Animals”, alegando que o seu ex-companheiro de banda as queria eliminadas por questões de crédito musical.

O antigo baixista/vocalista do Pink Floyd afirma que o guitarrista/vocalista Gilmour queria a verdadeira extensão das suas composições e contribuições artísticas enterradas porque pretendia «reclamar mais crédito do que lhe é devido».

Waters pormenorizou numa mensagem no seu website ontem (31 de Maio) que Gilmour «não contesta a veracidade» das notas, que colocam Waters no centro da concepção do projecto, composição de canções e design de arte de capa, mas que Gilmour «quer que essa história permaneça em segredo».

«O que precipitou esta nota é que existem novas misturas em Stereo e 5.1, de James Guthrie, do álbum de 1977 dos Pink Floyd, “Animals”. Estas misturas definharam por não terem sido lançadas devido a uma disputa sobre algumas notas que Mark Blake escreveu para acompanhar este novo lançamento e que ajudei a escrever com algumas correcções», observou Waters na sua mensagem. «Gilmour vetou o lançamento do álbum, a menos que estas notas de capa sejam removidas. Ele não contesta a veracidade da história descrita nas notas de Mark, mas quer que essa história permaneça em segredo».

E continua de forma bastante concludente: «Esta é uma pequena parte de uma campanha contínua da equipa Gilmour/Samson [Polly, esposa de Gilmour] para reclamar mais crédito para Dave pelo trabalho que fez em Pink Floyd do que o que lhe é devido. Sim, ele foi, e é, um bom guitarrista e cantor. Mas, nos últimos 35 anos, ele tem contado muito sobre quem fez o quê nos Pink Floyd quando eu ainda estava no comando. Há muito ‘fizemos isto’ e ‘fizemos aquilo’, e ‘eu fiz isto’ e ‘eu fiz aquilo’».

Waters continuou a publicar as notas de Blake, que não constarão do lançamento remasterizado do 10º álbum da banda, há muito adiado. Noutro local da publicação, Waters referiu que tem estado a trabalhar nas suas memórias, nas quais revelará mais casos em que Gilmour reclamou demasiado crédito.

Num exemplo destacado pela Ultimate Classic Rock, Waters cita uma entrevista em que Gilmour explicou uma vez como um loop de abertura de caixa registadora foi editado em conjunto pelos dois músicos para o single clássico de 1973 da banda ‘Money’. Waters afirma que Gilmour nem sequer estava na sala quando o efeito foi criado. «A história completa do que realmente aconteceu está nas minhas memórias! Portanto, espero que isso aguce os vossos apetites, e os de David e Polly», escreveu Waters.

A última reviravolta nesta lavagem de roupa suja surge depois de Waters ter acusado Gilmour de o “banir” do website do grupo e das contas dos meios das redes sociais.

Gilmour e Mason, membros sobreviventes da última formação da banda, ainda não teceram qualquer comentário, mas no final de 2019 Gilmour foi bastante claro sobre aquilo que significou a saída de Waters em 1985«Todos sabíamos que o Roger iria sair. Ele não estava feliz, nós também não. Sempre soube que queria seguir em frente, o Nick parecia desejar isso também. Falei com Rick durante uma folga, na Grécia, e conversamos sobre seguir em frente e ele também queria».

Depois de abordar as discussões com Waters, recorrentes nos seus últimos anos nos Pink Floyd, Gilmour, adianta: «Tinha a certeza que as editoras gostariam de lançar um álbum nosso. Obviamente, não ter o Roger foi algo diferente, mas em algumas formas, sentimo-nos livres. As tensões dos dois álbuns anteriores, especialmente em ‘The Final Cut’, já não estavam mais ali. Éramos apenas nós juntos, a compor e gravar. Havia um sentimento de liberdade e optimismo».

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