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Promotores De Espectáculos Agendam Manifestação Para Campo Pequeno

Promotores De Espectáculos Agendam Manifestação Para Campo Pequeno

Redacção

A Associação de Promotores de Espectáculos, Festivais e Eventos (APEFE) marcou uma “Manifestação pela Cultura” para o próximo sábado de manhã, dia 21 de Novembro, em Lisboa.

A manifestação irá decorrer dentro do Campo Pequeno a partir das 10h30 e como se de um espectáculo se tratasse, cumprindo as regras impostas pela Direcção-Geral de Saúde e com a capacidade do recinto limitada a duas mil pessoas. A garantia é dada por Sandra Faria, da APEFE, que convidou «associações e movimentos formais e informais do sector», bem como artistas a juntarem-se ao protesto.

Com a maioria dos espectáculos adiados ou cancelados, as salas de espectáculos foram encerradas em Março, quando foi decretado o primeiro estado de emergência, tendo reaberto a partir de 1 de Junho, mas com normas de higiene e segurança.

Agora, com a entrada em vigor do segundo estado de emergência e o decreto de um novo recolher obrigatório, desta vez parcial, salas de espectáculos um pouco por todo o país viram-se obrigadas a alterar horários ou a adiar programação, de modo a conseguirem sobreviver.

Para a APEFE, esta decisão «é uma grande machadada no sector». Sandra Faria explica: «Não compreendemos, porque se as regras são cumpridas exemplarmente nas salas, e se as salas são seguras – e são mais seguras do que ir ao supermercado -, como é que os supermercados podem estar abertos e as salas de espectáculos não, dentro daqueles horários, quando a circulação é organizada, quando há distanciamento social entre as pessoas, quando é obrigatório o uso de máscara?», questionou Sandra Faria, da APEFE, em declarações à agência Lusa.

Para aquela responsável, o sector da Cultura, que «já está a viver uma tragédia em 2020, vê essa tragédia agravada com estas restrições dos fins-de-semana».

Também a Plateia – Associação de Profissionais das Artes Cénicas sublinhou que, «incompreensivelmente, o anúncio das medidas restritivas não foi acompanhado por um anúncio de medidas de apoio aos trabalhadores e às actividades mais afectadas».

Por fim, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, Audiovisual e Músicos (Cena-STE), Rui Galveias, já havia considerado que a limitação de circulação ao fim de semana era «mais um prego no caixão» do sector da Cultura, que já está «numa situação dramática».

Lê o manifesto QUEM ASSUME A DECISÃO DE ACABAR COM A CULTURA, aqui.