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Pussy Riot: elemento detido após manifestação na Bielorrúsia

Pussy Riot: elemento detido após manifestação na Bielorrúsia

Redacção

O grupo de punk rock feminista russo Pussy Riot afirma que Kiryl Masheka foi detido na capital bielorrussa durante os protestos desencadeados naqueles país depois dos polémicos resultados das eleições presidenciais de 9 de Agosto.

As Pussy Riot anunciaram que um dos seus membros está actualmente detido numa prisão em Minsk, Bielorrússia, depois de anteriormente o terem dado como desaparecido. O grupo diz que Kiryl Masheka, que descrevem como “camarada, amigo e membro de Pussy Riot“, foi detido durante os protestos em Minsk que foram desencadeados pelo resultado disputado da votação presidencial de domingo, 9 de Agosto.

Alexander Lukashenko, que está no poder desde 1994, foi declarado vencedor pelos funcionários eleitorais, mas tanto a ONU como os EUA rejeitaram a votação, declarando não ter sido livre nem justa, enquanto a principal figura da oposição bielorrussa, Svetlana Tikhanovskaya, também reclamou a vitória.

Como relata a BBC News, 6700 manifestantes foram detidos desde que as manifestações, apesar de o governo da Bielorússia ter prometido libertar todos os detidos.

Num post publicado no Facebook da banda, as Pussy Riot referem que Masheka foi detido enquanto assistia aos protestos de Minsk. “A última vez que Kirill entrou em contacto foi na noite de 9 de Agosto. A 11 de Agosto encontrámos o seu nome na lista de detidos do centro de direitos humanos de Vyasna“, explicou o grupo. Mais tarde, acrescentariam, numa actualização ao post original, que desde então tinham tido conhecimento de que Masheka estava detido no centro de detenção de Okrestino, que a banda afirma ser a “pior prisão de Minsk“.

No post original, as Pussy Riot afirmam: “O que está a acontecer na Bielorrússia deve ser gritado em voz alta a todo o mundo. Durante vários dias, houve novas provas de crueldade absolutamente selvagem. Os bandidos de Lukashenko tomam as pessoas pacíficas como reféns, espancam-nas, torturam-nas e mantêm-nas em condições desumanas. É impossível olhar para as filmagens da tortura dos detidos a não ser com um sentimento de horror. Pensem nisso, monstros, estão a torturar pessoas desarmadas. O nosso coração vai agora para o povo da Bielorrússia. Orgulhamo-nos da vossa coragem e da vossa infinita fortaleza. Acreditamos que possam vencer esta batalha“.

No mês passado, as Pussy Riot partilharam uma canção que foi inspirada pela recente onda de protestos Black Lives Matter, que podes ouvir no player abaixo: