Quantcast
Qual é o Mais Rico dos Pink Floyd?

Qual é o Mais Rico dos Pink Floyd?

Redacção

Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason e os falecidos Richard Wright e Syd Barrett foram as mentes principais na criação da reputação lendária e da música dos Pink Floyd. Com mais de 250 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo, o dinheiro não parece ser a causa para tanta guerra desde a saída de Roger Waters. No entanto, qual deles é o mais rico?

Formados em Londres, em 1964, por Roger Waters, Richard Wright, Syd Barrett, e Bob Klose, os Pink Floyd tornaram-se uma das maiores bandas da história. Ao longo da sua carreira, que durou mais de três décadas, lançaram 15 álbuns de estúdio e 4 álbuns ao vivo, além de inúmeras compilações, EPs, singles e esplendorosas reedições de catálogo. Três anos depois da sua formação, com o comportamento de Syd Barrett a tornar-se cada vez mais errático, Mason convidou David Gilmour a juntar-se à banda.

Em 1985, deu-se uma das cisões que mais abalou a indústria da música. Roger Waters abandonava os Pink Floyd e Nick Mason e Richard Wright, também eles membros fundadores da colossal banda optavam por seguir a sua actividade com David Gilmour. Waters iniciou uma carreira a solo (mais vezes focada em trabalhar sobre os álbuns da sua fase na banda) e os Pink Floyd gravaram “A Momentary Lapse Of Reason” e “The Division Bell”. Depois, em 2014, ainda seria editado “The Endless River”, partindo dos outtakes de “The Division Bell”, para homenagear o falecido Richard Wright.

O enorme cisma entre Roger Waters e os restantes membros sobreviventes dos Pink Floyd, nomeadamente David Gilmour e Nick Mason, está para continuar. A ironia com que o baterista reagiu, há dias, às recentes afirmações de Roger Waters de que tinha sido intimidado por outros membros da banda é apenas mais um de muitos episódios de um longo feudo, que dura desde que Waters deixou a banda. Todavia, com mais de 250 milhões de discos vendidos em todo o mundo, desde o primeiro “The Piper At The Gates of Dawn”, editado em 1967, e com “Wish You Were Here”, “The Wall” e “The Dark Side Of The Moon”, em ordem ascendente, entre os álbuns mais vendidos de sempre na história da música, o dinheiro não parece ser o motivo para as discussões. Ou então, é esse o motivo…

Vejamos, a partir de 2021, o valor patrimonial (net worth) dos Pink Floyd ascende a algo como 350 milhões de dólares. Depois, cada um dos músicos, considerando a sua carreira na banda e a solo, tem o seu próprio valor patrimonial. Estes dados são uma estimativa “por alto” e dizem respeito à música e não se considera aqui exemplos como a luxuosa colecção de carros de Nick Mason. Portanto, e considerando apenas os dados gerais que podem ser reunidos numa pesquisa pelo Google, entre Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason, e os falecidos Syd Barrett e Richard Wright, qual deles o mais rico?

Entre a fundação da banda e a sua saída em ’85, Roger Waters liderou os Pink Floyd em 12 dos 15 álbuns que a banda editou, desde o referido “The Piper At The Gates Of Dawn” até “The Final Cut”, de 1983. A solo, editou quatro álbuns. O primeiro foi “The Pros And Cons Of Hitch Hiking”, em 1984, e o mais recente é “Is This The Life We Really Want?”, de 2017. É também, talvez por operar a solo há já quatro décadas, o mais propenso dos músicos em questão (excluindo obviamente Barrett e Wright) a fazer digressões globais. Em 2018, passou por Lisboa com a tour Us+Them. Em 2021, o seu valor patrimonial ascende 310 milhões de dólares, que o tornam uma das rockstars mais ricas do planeta.

Nascido em 1944, em Birmingham, Nick Mason é o único músico a ter gravado todos os álbuns da discografia dos Pink Floyd. A solo editou, em 1981, “Nick Mason’s Fictitious Sports” que, para todos os efeitos, é um álbum algo obscuro e cujo sucesso comercial ficou aquém das expectativas. Em 1985, editou “Profiles”. Há quam o consideres um disco a solo e há quem o considere como o primeiro disco colaborativo com Rick Fenn. Juntos criaram ainda algumas bandas sonoras para o cinema britânico durante a década de 80. Ainda menos conhecidos são os trabalhos do baterista com o trompetista jazz Michael Mantler. Em 2018, criou o colectivo Nick Mason’s Saucerful Of Secrets, para levar para a estrada a música dos primeiros anos dos Pink Floyd. A pandemia acabou por travar um pouco o projecto que, todavia, tem uma digressão planeada e com passagem em Portugal, em 2022. Actualmente, o seu valor patrimonial está cifrado nos 180 milhões de dólares.

É esse também o valor de David Gilmour. O guitarrista apenas não consta no primeiro álbum dos Pink Floyd. A solo tem uma carreira bastante prolífica, iniciada em 1978, cujo capítulo de estúdio mais recente é “Rattle That Lock”, de 2015. Fruto do seu icónico som de guitarra, os seus álbuns ao vivo são amplamente celebrados. Talvez devido à magnitude cinematográfica de concertos como o de Pompeia ou Gdansk. Também é certo que Gilmour é muito mais reclusivo e pouco propenso a embarcar em digressões à escala global. Se por um lado, aumenta o valor desses concertos que são captados e editados em formatos audiovisuais, também reduz o rendimento financeiro que uma digressão em larga escala pode proporcionar. Todavia, como referido, com um valor patrimonial de 180 milhões de dólares, não parece que ande a passar mal…

Com a carreira, tal como Nick Mason, maioritariamente ligada aos Pink Floyd, Richard Wright não figura em “The Final Cut”. Tendo falecido em 2008, também não gravou “Endless River” – Mason e Gilmour usaram coisas que “saltaram” de “Division Bell” e colocaram Wright nos créditos do último álbum da lendária banda. O teclista gravou dois álbuns a solo: “Wet Dream” (1978) e “Broken China” (1996).  Também gravou o segundo álbum a solo de Syd Barrett, o trabalho homónimo de 1970. Em 2021, o net worth e Richard Wright chega aos 70 milhões de dólares.

Por fim, o “Crazy Diamond”. Syd Barrett liderou a banda no primeiro álbum e já só teve uma participação parcelar no segundo, “A Saucerful Of Secrets”, sucumbindo progressivamente ao uso excessivo de drogas psicotrópicas. Na sua curta carreira musical, gravou editou ainda dois álbuns a solo e uma série de singles. A banda prestou-lhe homenagem no tema “Shine On You Crazy Diamond” e no imponente e dramático álbum conceptual “The Wall”. Barrett, cuja última entrevista conhecida data de 1982, morreu em 2006, vítima de cancro pancreático. O seu valor patrimonial está cifrado nos cinco milhões de dólares.