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Riding Pânico Disponibilizam Catálogo Completo nas Plataformas Digitais

Riding Pânico Disponibilizam Catálogo Completo nas Plataformas Digitais

Redacção
Vera Marmelo

Já podes ouvir a discografia completa dos Riding Pânico, que inclui os trabalhos “2007”, “Lady Cobra”, “Homem Elefante” e “Rabo de Cavalo” no Spotify, Apple Music, entre outras plataformas de streaming.

A banda de culto do underground nacional, agora constituída por Fábio Javelim (Paus), João Nogueira (Cruzes Credo), Makoto Yagyu (PAUS), Miguel Abelaira (Quelle Dead Gazelle), Shela e Zé Penacho (Marvel Lima), disponibilizou nas várias plataformas digitais, como Spotify Apple Music, Amazon Music, Deezer, todo o seu catálogo discográfico.

Dispara os players para poderes ouvir integralmente e em streaming o EP de estreia “2007” e “Lady Cobra” de 2008.


Depois, em 2013 chegou “Homem Elefante”. Não deixa de ser curioso que neste disco, mais afirmativo, a banda nos surja mais math rock que post rock. É como se um estado de espírito vago tivesse dado lugar a maior exactidão. Um controlo eficaz dos balanços e contrastes dinâmicos dos temas e do próprio disco. A própria sonoridade de produção responde a esta sensação estética de “Homem Elefante”. Onde o processamento das guitarras era mais etéreo, com recurso a chorus/reverb, agora vive mais do mundo de pitch shifters, e é mais exótico (“Código Morte” é mesmo sublime neste sentido).

Um maior trancar, quer a nível sonoro, quer executivo, da secção rítmica, permite um sentido consecutivamente mais directo (“Blueberry Surprise” ilustra perfeitamente esta ideia), isto sem incorrer em moldes rebatidos. Também a insistência numa identidade quase exclusiva no som de guitarra parece ser um veículo para esse objectivo. Maior identificação e consequente facilidade de recepção dos temas. É verdade que este álbum vive mais da sua agressividade que da capacidade de encantamento que ouvimos em “Lady Cobra”. No final, são formas de fascínio diferentes, mas se somos agarrados pelos movimentos hipnóticos de uma serpente, aqui somos arrasados pelo poder bruto de temas como “Parece que Perdeste Alguém”.

Já em 2017 chegou “Rabo de Cavalo”. Um disco onde o benjamim Miguel Abelaira oferece-nos uma prestação cirúrgica e dinâmica nas baterias, fazendo tricot com os pratos, pontuações sublimes com rimshots (“Louva-a-Deus”) e com um controlo frenético no bombo. E entre a miríade de harmonizações nas três guitarras, sobressai um baixo a uniformizar cabalmente a banda, transformando a excentricidade em riffs e a fantasia em groove.

Levam-nos numa viagem numa espécie de “Táxi Mágico” que, sem nunca abdicar da sua intensidade, só abranda de forma substancial a sua velocidade em “Pop Santeiro” e “Modelo e Detective”, até chegar ao destino que é “Terreiro do Espaço”, cujo final tem um peso sonoro esmagador, dizia a nossa review ao álbum que foi o destaque principal do coleccionável #2 da Arte Sonora, edição cujo núcleo é composto pelos Riding Pânico e o estúdio Haus e que podes adquirir, aqui.