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Spotify divide artistas.

Spotify divide artistas.

Timóteo Azevedo

O Spotify continua a causar alguma discussão na indústria da música. Moby criticou posição de Thom Yorke (Radiohead Atoms for Peace) em relação ao Spotify. Thom já respondeu.

Thom Yorke faz parte da facção de artistas que apregoa contra o Spotify. À semelhança de  David Byrne ou do vocalista dos FoalsYannis Philipakkis, que chegou a afirmar que preferia que “roubassem um disco dele do que o ouvissem no Spotify”, Thom manifestou-se recentemente contra o serviço que o Spotify presta, acusando-o de ser um esquema amigável para as grandes editores, e bastante prejudicial para as bandas emergentes.

Moby disse em entrevista que o vocalista dos Radiohead parecia “um velhote a berrar com comboios rápidos”, a propósito da posição de Thom em relação ao Spotify.  “Os artistas que se adaptam ficam na boa. Um músico que faça discos, tours, que passe música, que faça re-misturas, que faça música para videojogos e filmes está na boa. Eu adoro o Thom Yorke, mas quando o oiço a queixar-se do Spotify, eu penso: “és tal e qual a um velhote a berrar com comboios rápidos””.

Thom Yorke respondeu a Moby pelo Twitter: “Sou um ludita [alguém contra a revolução tecnológica] com 45 anos e tenho orgulho nisso”.

O Spotify tem vindo a suscitar algum debate no meio musical, havendo artistas que o defendem, ou ignoram, e artistas que o atacam. A acusação mais recorrente é a de que o Spotify é uma empresa que ganha dinheiro à custa do trabalho de outros. Artistas mais pequenos, por exemplo, não receberão qualquer compensação por o seu trabalho estar no Spotify, “não é bom para artistas novos”, afirmaram os Placebo, manifestando a mesma opinião que Thom.

Há vários artistas que não disponibilizam a sua música no serviço, seja bandas mais recentes, como os Black Keys, que não disponibilizaram o último álbum, ou bandas clássicas como os Beatles ou Led Zeppelin. Apesar de o Spotify “ser mais justo para as editoras do que para os artistas”, como disse Patrick Carney, baterista dosBlack Keys, há editoras que escolhem não aderir ao serviço, como a casa de nomes como Jim O’RourkeBill Callahan e Joanna Newsom, a editora Drag City.