Quantcast
Stones não querem ser a banda sonora da campanha de Trump

Stones não querem ser a banda sonora da campanha de Trump

Filipa Bule

Os Rolling Stones não gostaram de estar associados às ideias de Trump, e emitiram um comunicado que proíbe a apropriação das canções da banda, por parte do candidato republicano.

«Nunca demos autorização para que Trump utilizasse as nossas músicas, e pedimos que pare imediatamente de o fazer», disseram.

Por este andar, Donald Trump vai ficar sem banda sonora para a campanha porque, surpreendentemente (ou não!), os Rolling Stones não foram os únicos a não querer esta associação ao republicano. Além de “You Can’t Always Get What You Want” ou “Sympathy for the Devil” da banda de Mick Jagger, Trump não vai poder fazer propaganda ao som de outros hits de músicos como Adele, Aerosmith – cujo vocalista (Steve Tyler), referiu que a associação a Trump poderá passar «uma má impressão da banda» -, Neil Young ou Twisted Sister. Também Michael Stipe, dos R.E.M. disse «não usem a minha música ou a minha voz para essa campanha que é uma farsa imbecil». 

E se a campanha de Trump dependesse só da banda sonora, parecia estar tudo perdido. Mas não é a primeira vez que algo parecido acontece na história da música, ou das campanhas políticas. Já antes outros políticos usaram, como habitual, músicas de bandas e músicos conhecidos que não se sentiram lá muito privilegiados:

– Em 1996, Bruce Springsteen não achou muita piada a que Ronald Reagan tenha usado “Born in the U.S.A” para se auto-promover.

– Bush também teve que parar de usar “Brand New Day” de Sting na sua campanha. E não é que Al Gore também a quis usar? Mas Sting também não gostou.

– Em 2008, os Sam Moore & Dave Prater não quiseram que “Hold On, I’m Coming”, ficasse associada à campanha de Obama.

– Em 2012, Tom Pretty queixou-se que Michele Bachmann tivesse usado “American Girl”, e Katrina and the Waves também não gostaram que a candidata usasse “Walking on Sunshine”.

Ao que parece, os candidatos políticos gostam de dar música às suas campanhas e atribuir-lhes, talvez, um significado diferente. Mas a verdade é que a lista de músicos e bandas que rejeitaram estar associados a campanhas políticas é extensa.