Quantcast
Super Bock em Stock 2019: Três Novos Nomes

Super Bock em Stock 2019: Três Novos Nomes

Nero

Nova ronda de confirmações, com os nacionais Ganso e Yagmar, além do DJ set dos Friendly Fires, encerra os palcos no Coliseu dos Recreios e na estação do Rossio. Conhece aqui o percurso recente dos artistas.

O Super Bock Em Stock, está de regresso ao centro da capital. As confirmações têm vindo a ser feitas de forma progressiva e em diferentes fases já foram revelados nomes como Orville Peck e Marissa Nadler, Michael Kiwanuka, Curtis Harding, Balthazar e MEUTE. Agora, surgiram novas confirmações que completam as programações do palco do Coliseu dos Recreios e da sala Rádio SBSR. À sala Rádio SBSR, nas estação do Rossio, os nacionais Ganso e Yagmar juntam-se aos previamente confirmados Viagra Boys, MEUTE, Gator, The Alligator e Baleia Baleia Baleia. Para o Coliseu dos Recreios, a festa fica completa com mais um nome. O DJ set de Friendly Fires reúne-se com Michael Kiwanuka, Slow J, Curtis Harding, Sinkane e HAUTE. Eis o perfil de cada um dos artistas…

Depois de tomarem o país de rajada em 2015 com “Costela Ofendida”, e de cimentarem esse trabalho em 2017 com “Pá Pá Pá”, os Ganso estão de volta em 2019 com novo lançamento discográfico. “Não te Aborreças” e “Os Meus Vizinhos”, singles de apresentação desta nova etapa, já estão disponíveis. O segundo longa-duração do quinteto de rock alternativo lisboeta foi de novo produzido nos estúdios Cuca Monga, em Alvalade. Este novo disco denota uma maior maturidade no processo de composição da jovem banda, afastando-se dos riffs rasgados que marcavam os dois trabalhos anteriores, deixando espaço para uma abordagem mais contemplativa, assente em cadências mais relaxadas e ambientes mais complexos. Como preparação para o lançamento do novo álbum, a banda juntou-se aos Reis da República esta primavera para apresentar “EQUINÓCIO”, uma digressão nacional conjunta que passou por 12 cidades entre Abril e Junho de 2019.

O projecto Yagmar (You Actually Gave Me A Ride) começou no Verão de 2014 quando Daniel Sallberg (Suécia) e Luís Fernandes (Portugal) decidiram montar um estúdio numa casa abandonada. O objectivo era embarcar numas sessões descomprometidas de improviso e assim vir a criar composições que misturassem as influências de cada um deles, desde o indie rock até à electrónica, passando pelo kuduro. E foi nessa antiga serralharia em ruínas que o projecto começou a tornar-se uma banda. Entre danças, copos e graffiti, outros amigos juntaram-se à festa e o processo criativo tornou-se algo único. Entretanto o inevitável acontece: os Yagmar decidiram começar a gravar essas sessões. Mais tarde, inspirados pelos resultados e pelo cenário, consolidaram a sua linguagem musical. Com a boa influência do novo guitarrista e amigo Gastão Beaumont, surge o tema “Fugaz”, que dá o tom certo à banda. O primeiro EP, “Dez Fruta”, foi lançado em 2017 e nesse mesmo ano também partilharam o novo vídeo para o single “Fugaz” – segundo os próprios, “um ensaio sobre sexualidade e identidade, dependência e decadência”. Em 2019, a banda gravou o seu segundo EP, “Amargo”, e os singles “Violeta” e “Amarga Maria” (com lançamento previsto para Novembro).

Formados por três amigos de infância, os Friendly Fires nasceram do desejo de unir as inspirações do indie rock e do shoegaze à pulsão da melhor electrónica. E, diga-se, o objectivo tem sido cumprido com distinção. Antes de Friendly Fires, ainda na adolescência, Ed Macfarlane, Edd Gibson e Jack Savidge já tinham uma banda de pós-hardcore, os First Day Back. Com a entrada na universidade e o interesse crescente pela electrónica, o trio foi à procura de um outro som e foi assim que nasceu o projecto Friendly Fires, influenciado por nomes como Prince ou Carl Craig. Editaram o primeiro EP em 2006, “Photobooth”, e o segundo em 2007, “Cross the Line”. A popularidade cresceu, os convites também aumentaram e não demorou até que assinassem contrato pela XL Recordings. Singles como “Skeleton Boy” e “Jump in the Pool” elevaram a banda para um outro patamar, chegando um público cada mais heterogéneo. Depois do primeiro disco, o homónimo editado em 2008 e nomeado para um Mercury Prize, a banda continuou a aprimorar a sua linguagem no disco seguinte. “Pala” foi editado em 2011 e contou com a produção de Paul Epworth e Chris Zane, que contribuíram para polir o som dos Friendly Fires. Depois de alguns anos dedicados a outros projectos, regressaram em 2018 com a edição dos singles “Love Like Waves” e “Heaven Let Me In”, belos exemplares de uma pop tropical e contagiante. O terceiro disco, “Inflorescent”, chegou neste ano de 2019 e prova a boa forma da banda. Mestres em juntar indie, dream pop e música de dança, os Friendly Fires vêm mostrar o seu bom gosto ao Super Bock em Stock, num dj set eclético.

Recordar que o bilhete único, válido para os dois dias do Super Bock em Stock 2019, encontra-se já à venda em blueticket.pt e nos locais habituais, pelo preço de 45€, passando para 50€ nos dias do Festival.