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Super Bock em Stock 2019: Kevin Morby e Viagra Boys Entre as Primeiras Confirmações

António Maurício

O Super Bock em Stock, o festival urbano com mais de 10 salas, regressa à Avenida da Liberdade, em Lisboa, no mês de Novembro.

O Super Bock em Stock volta a ocupar a Avenida da Liberdade e arredores em 2019. O festival voltará a anunciar mais de 50 concertos em mais de 10 salas, sempre entre a paisagem urbana de Lisboa. Para esta edição de 2019, a organização já confirmou os quatros primeiros nomes: Kevin Morby, Viagra Boys, Ghostly Kisses e Nilüfer Yanya.

Se há dúvidas quanto ao futuro da música folk, estas dissipam-se quando se ouve Kevin Morby. Herdeiro de Dylan e de tantos outros trovadores norte-americanos, Kevin faz parte de uma geração de cantores folk que inclui nomes como Angel Olsen ou Kurt Vile. Antes da carreira a solo, o senhor Morby viveu bons momentos em grupo, indispensáveis para o seu crescimento artístico, primeiro nos Woods e depois na dupla The Babies, com Cassie Ramone.

A sua ética de trabalho descansa os fãs: já sabem que não é preciso esperar muito para ouvir canções novas. E 2019 é ano de mais um disco. “Oh My God” explora as inquietações espirituais de Kevin Morby, cada vez mais maduro, e num constante diálogo com referências como Lou Reed ou Bob Dylan (a fase gospel, neste caso).

Tudo começou quando seis rapazes começaram a desenvolver a sua própria linguagem, além daquilo a que convencionalmente se chama punk rock, sem nunca negar essa tradição. Formados em 2015, os Viagra Boys são influenciados por nomes como Buthole Surfers, Suicide, Dead Kennedys, entre outros. Nestes últimos quatro anos tornaram-se uma referência do melhor rock escandinavo.

Apesar de o nome da banda ter uma conotação sexual, a escolha aproxima-se mais de uma crítica ao papel do homem na sociedade. A reputação no circuito underground rapidamente se transformou na atribuição de um Grammy sueco. Em 2017 começaram a trabalhar no primeiro disco. “Street Worms” foi editado no ano seguinte e confirmou todas as melhores expectativas.

Apesar de já escrever músicas na sua cabeça desde os seis anos, e na guitarra desde os 12, a verdade é que ainda levou algum tempo para que Nilüfer Yanya ganhasse coragem para mostrar todo o seu talento. Felizmente a timidez desapareceu e hoje é uma das maiores promessas da música indie. A sua música sabe namorar o jazz e a soul como poucas, sem nunca perder o apelo pop que a distingue.

O seu disco de estreia, “Miss Universe”, editado em março deste ano, é, sem dúvida, o passo mais ambicioso até aqui. Trata-se de um álbum conceptual dedicado à ansiedade, paranoia e outros transtornos psicológicos. A velocidade da vida moderna é escrutinada numa espécie de fluxo de consciência que confirma a apurada sensibilidade artística da jovem britânica. Influenciada por nomes tão diferentes como Amy Winehouse, Nina Simone ou os Pixies, Nilüfer consegue trabalhar todas essas referências ao serviço da arte que quer fazer.

Podemos dizer que Ghostly Kisses é o sonho musical da cantautora canadiana Margaux Sauvé. Começou a tocar violino quando tinha apenas cinco anos de idade, seguindo os passos de uma família de músicos. Mas só mais tarde é que chegaram as suas próprias canções. Em 2017 a canção “Such Words” alcançou mais de 50.000 plays no Spotify.

Em 2017 editou o primeiro EP, “What You See”. Canções como “Empty Note” e “Roses” estavam lá para provar toda a sua elegância. O segundo EP chegou em 2018. “The City Holds My Heart” foi produzido por Louis-Étienne Santais e é inspirado em algumas texturas sonoras indie dos anos 90. A voz suave de Margaux paira sobre diferentes baterias, sintetizadores, arranjos de cordas e camadas de piano, protagonizando momentos de rara beleza.

O bilhete único válido para os dois dias do Festival encontra-se já à venda em blueticket.pt e nos locais habituais, pelo preço de 40€ até 31 de agosto, passando para 45€ a partir do dia 1 de Setembro e 50€ nos dias do Festival.

Cartaz

Kevin Morby
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Ghostly Kisses