Viriatada Agosto #4: Fogo Fogo, Jéssica Pina, Zé Manel, Gisela João, Entre Outros

Aqui fica mais uma ronda de Viriatada, o espaço que a AS dedica aos lançamentos da música portuguesa.

A música nacional merece ser partilhada. Existem novos lançamentos todos os dias, todas as semanas, todos os meses, e qualidade é coisa que não falta! A nossa rubrica Viriatada reúne alguns dos destaques da música portuguesa todas as semanas. Poupamos-te o trabalho, só tens de visitar a Arte Sonora, conhecer, ouvir e partilhar.

JÉSSICA PINA – “Vento Novo” // Jéssica Pina acaba de editar o primeiro avanço para o seu novo EP. A música intitulada “Vento Novo” apresenta a trompetista portuguesa num momento em que também se apresenta no canto. O EP com título homónimo do single conta com quatro inéditos e tem data de edição prevista para 8 de Outubro. “Vento Novo” é um EP que surge «num ambiente de inspirações, influências e mudanças. A tour Madame X inspirou-me a arriscar, a libertar um lado mais artista e a soltar a voz como seguimento do seu dom no trompete. Juntando influências da música R&B e das minhas suas raízes africanas, Vento Novo é o início de um novo “eu”, embalado por tempos de mudança e onde o medo de criar algo novo ficou de fora», explica Jéssica Pina. Depois de Madonna a ter convidado para o palco da digressão MADAME X worldtour, a compositora, instrumentista e cantora portuguesa tem conquistado com actuações por cidades como Chaves, Vila Real, Ourém, Lisboa e mesmo em Madrid. Agora é altura da apresentação do primeiro momento inédito e o vídeo da música “Vento Novo” é realizado por João Pedro Moreira (Dino D’Santiago, Branko, Regula) sendo que o texto da música tem assinatura de Rita Vian. Originária de Alcácer do Sal (Alentejo), Jéssica Pina traça agora um novo caminho em que a sua voz faz também parte da sua imagem de marca, além do reconhecido talento com o trompete.

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HUGO NEGRELLI – “Loose Frame Tales” // Hugo Negrelli é um guitarrista, cantor e compositor luso-francês, que desde cedo foi exposto a várias influências musicais por parte dos pais. Aos 15 anos, interessa-se pelo blues – influência determinante para seguir uma carreira na música. Desde então, explorou diferentes estilos e géneros musicais, entre os quais jazz, R&B, funk, country, gospel, folk e clássico. Frequentou a Escola de Música e Jazz de Mafra e, posteriormente, passou pelo JB Jazz, paralelamente ao percurso universitário em Ciências da Comunicação, na Universidade de Lisboa. De seguida, concluiu o curso de Creative World Music na Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa, e frequentou recentemente os cursos de áudio e guitarra na London Music School. Entra agora no panorama musical com o seu primeiro projecto a solo, “Loose Frame Tales”, um disco com 10 temas em que o autor junta as suas diversas influências musicais. Neste projecto visitado por baladas poéticas folk, temas de jazz, blues e fusão, Negrelli junta três línguas – inglês, português e francês. «“Loose Frame Tales” é uma viagem com a guitarra e uma voz ao leme. A harmonia veste o horizonte, a melodia dita o movimento e a acção. Uma viagem musical e poética com várias etapas… em cada paragem uma nova paisagem. É como se a música fosse emoldurada individualmente, cada uma com vida própria. Um repertório variado onde veremos paisagens desde as baladas poéticas folk, até aos horizontes da fusão blues – jazz».

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GISELA JOÃO + DJ RIDE – “Vai – Remix” // Numa altura em que acaba de lançar o seu novo disco “Enro”, DJ Ride, um dos mais conceituados DJs portugueses, assina a remistura de “Vai”, o terceiro Lado B do álbum “AuRora” de Gisela João, já disponível em todas as plataformas de streaming. Nesta nova roupagem, “Vai” ganha asas e aventura-se por novos território sonoros que o original já procurava aflorar. Não é a primeira vez que Gisela João edita remisturas. Em 2019, por exemplo, “Fado Para esta Noite”, do seu álbum “Nua”, ganhou nova dimensão ao ser remisturado por Xinobi e reeditado como single. Por sua vez “Vai”, remisturado por DJ Ride, é o terceiro Lado B extraído do álbum “AuRora”, depois de nas últimas semanas Gisela João nos ter revelado os dois primeiros nas remisturas dos temas “Saia da Herança” pelo produtor Holly e “Louca” pelo músico dos Snarky Puppy, Justin Stanton.

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ANDRÉ CARVALHO – “Uitwaaien” // «Traduzir o intraduzível através de música que escrevi para o meu novo trio». É desta forma que o contrabaixista e compositor André Carvalho define o seu novo e quarto álbum “Lost in Translation”, cujo primeiro single é “Uitwaaien”. De origem holandesa, “Uitwaaien” é uma palavra intraduzível que significa “sair para passear num dia ventoso, com o intuito de espairecer e relaxar a cabeça”. «Quando escrevi este tema inspirado nesta palavra homónima, imaginei algo contemplativo mas ao mesmo tempo com uma certa tensão, já que o significado de Uitwaaien remete para uma acção libertadora. Usando um tempo lento, desenvolvi várias secções contrastantes em que as melodias principais são calmas, em oposição à secção de solos que é inquietante e áspera». O vídeo que acompanha o tema foi filmado pelo realizador Pedro Caldeira durante a sessão de gravação que se realizou no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço em Dezembro de 2020. O álbum sai dia 15 de Outubro pela editora americana Outside in Music e conta com os apoios da Fundação GDA, Antena2, Companhia de Actores e do Teatro Municipal Amélia Rey Colaço. Gravado, misturado e masterizado pelo engenheiro de som Tiago de Sousa com quem André Carvalho trabalhou nalguns dos seus discos anteriores, o artwork foi desenvolvido pela designer Margarida Girão. “Lost in Translation” sucede a “The Garden of Earthly Delights” (Outside in Music, 2019), inspirado no famoso quadro homónimo de Hieronymus Bosch.

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ISAAC PIMENTA – “O Que Sou” // “O Que Sou” é o título do mais recente single de Isaac Pimenta, que já está disponível nas plataformas de streaming, contando com cerca de 3k de streams no Spotify. Com produção própria, o artista pretende com esta música exprimir «as dificuldades que existem em ter sucesso no sector artístico em Portugal, através de uma letra que dá ênfase às várias tentações que podem surgir, aos caminhos desviantes, aos rumos sem destino. A letra refere também a esperança em cada passo que é dado, em cada meta conquistada, pois quando se ama o que se faz, nunca se desiste, apesar de todas as adversidades». Isaac Pimenta é um jovem músico, compositor e produtor português, de 24 anos, natural de Alcanhões, Santarém, atualmente a viver em Braga. Começou a cantar, compor e a tocar viola aos 13 anos. Em 2013, foi finalista do Biggs Talent Show, promovido pela Universal Music Portugal, e pelo canal Biggs. Em 2018, apresentou-se em miniconcerto na Masterclass da Antena 1/SPA, e lançou o primeiro álbum “Sonho”, com 10 faixas inspiradas em temas como a guerra da Síria ou a eleição de Donald Trump. É licenciado em Ciências Musicais pela FCSH–UNL e terminou o curso de Produção e Criação Musical na ETIC com Distinção. Em 2019 participou no The Voice Portugal, chegando à fase das batalhas. Em 2020 lançou o EP “Segredos”. «O ano de 2021 não podia ter começado melhor, com o lançamento do single “Desfecho”, que conta com um videoclipe esteticamente bastante apelativo, com realização de Carlota Góis. Para além de “Desfecho”, o artista também já lançou outros dois singles e promete não ficar por aqui, sendo sempre fiel àquilo que é».

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ZÉ MANEL – “Realidade” // Depois de ter lançado o EP “Expectativa” a 30 de Outubro de 2020, um disco libertador, urbano e que marca uma renovação sonora e lírica do artista, num manifesto de amor próprio e empoderamento, Zé Manel lança agora um outro EP, “Realidade”. São nove temas com a produção a ser assumida por S.Pedro, Tiago Saga, Beatoven, B.mywingz e pelo próprio, bem como um dueto com Joana Alegre. «Uma visão mais visceral, crua e intimista do avesso do músico, dos seus medos, inseguranças e fragilidades», diz o músico. O single de avanço foi o tema “Santa Úrsula”, uma homenagem de Zé Manel à santa do mesmo nome «Santa Úrsula é a santa homenageada a 21 de Outubro, e de alguma forma, sendo uma data que marcou a minha história de vida, acabou por lhe ficar associada. Talvez por isso a minha gata se chame Úrsula. Sempre fui uma pessoa de simbologias e naturalmente nostálgico, pelo que utilizei esses marcos para calendarizar o meu percurso e crescimento».

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MALABOOS – “TudôNada” // “TudôNada” é o título da segunda faixa do álbum “Nada Cénico”, dos Malaboos. Foi o último tema a ser construído pela banda: «a sua composição surge dum processo de corte e costura, da junção de várias ideias quer rítmicas, melódicas e harmónicas, com o intuito de tentar criar uma música partida, mas funcional», explicam. O título da música, assim como o vídeo, revelam «a vontade e ambição da banda de alcançar grandes feitos e a sua luta constante como seres criadores de arte e a instabilidade vivida dentro das suas quatro paredes». O tema foi gravado, misturado e masterizado no ADRIFT Studio, por André Gonçalves. O vídeo é realizado por Rodrigo Fernandes e editado por Pedro Oliveira. “Nada Cénico”, primeiro longa duração da banda, foi editado dia 28 de Maio de 2021 e «é o resultado de um período de metamorfose da banda, que hoje apresenta uma forma mais sólida e assumida».

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FOGO FOGO – “Ca Ta Da” // Os Fogo Fogo, projecto que celebra as influências e tradições de raiz lusófona com origem na cultura musical cabo-verdiana e que reúne Francisco Rebelo (baixo), João Gomes (teclas), Edu Mundo (bateria), Danilo Lopes e David Pessoa (vozes/guitarra), revelam “Ca Ta Da”, o segundo single que antecede a edição do seu primeiro disco de originais – “Fladu Fla” – a 17 de Setembro e com pré-venda já disponível. “Ca Ta Da”, que em português significa “Assim não dá” ou “Não vai dar”, celebra «a essência dos valores humanistas, de como o imaterial é a força, o sustém para a vida em sociedade (cada vez mais exigente e maquinal), com a musicalidade festiva a que os Fogo Fogo já nos habituaram». O vídeo oficial é uma animação da responsabilidade de Nuno Mendes que também remete para a capa do álbum, através da utilização de algumas das ilustrações da mesma, a qual foi feita pelo conhecido artista urbano, Vhils. A banda actua já no próximo domingo, 29 de agosto, em Loulé, no Festival InterMedio 2021, na Cerca do Convento do Espirito Santo, no qual irão apresentar ao vivo os dois singles já editados “Hora Di Bai” e “Ca Ta Da”.

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PEDRO DE TRÓIA feat. RUI REININHO – “Carrossel” //  Em contagem decrescente para a edição do segundo disco a solo – “Tinha de Ser Assim” -, Pedro de Tróia e Rui Reininho cantam juntos em “Carrossel”, enquanto se despistam na estrada, num vídeo ilustrado por Silas Ferreira.  A canção imersa em prosa, que nos foi dada a conhecer recentemente, ganha agora vida pelas mãos de Silas Ferreira, que tornou Pedro de Tróia e Rui Reininho desenhos animados, numa viagem em círculo, com direito a brindes e choques frontais. O single “Carrossel” é a segunda canção revelada de “Tinha de Ser Assim”, depois de “Gosto Tanto de Ti”, do disco com edição agendada para o mês de Outubro. Em breve será anunciada a data e local do concerto de apresentação, assim como outras novidades.

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TRAÇO – “Submerso” // “Submerso” é o primeiro EP de Traço, quatro temas que prometem «transmitir ao ouvinte toda a energia que tem vindo a acumular desde a última vez que tocou ao vivo». Totalmente gravado, produzido e editado pelos membros da banda, este trabalho é «o que mais orgulho traz aos quatro amigos portuenses – a criação que realmente expõe toda a sua alma». Os Traço são: Tiago Santos e Inês Costa (Azul) na voz, Jorge Corujas na guitarra, João Guimarães na bateria, Miguel Moura nos teclados. A produção é de Jorge Corujas e João Guimarães. Mistura e masterização de Jorge Corujas.

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BEJAFLOR feat. SREYA – “Baile” // Desde o início da pandemia que Bejaflor tem dado vazão aos seus vagueios musicais. Depois de explorar vertentes pop e modernas de outros géneros, como o shoegaze de “Nanar”, passando pelo folk/singer-songwriter de “Naturalismo” (feat. Luís Severo), ao fado tradicional “Feias”, chega agora a vez de nos dar “Baile”, um hyperfunk carioca em colaboração com a Sreya.

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DANNY – “End Of The Line” // Já está disponível o novo single de Danny, “End of The Line”, que conta com a participação de VCR (membro do grupo portuense G821). O videoclipe realizado por Mestria também já está disponível para ver aqui. “End of The Line” é «uma representação do motto que o artista adoptou de forma a conseguir alcançar os seus objectivos». Danny traz a já habitual sonoridade do Afrobeat, contando ainda com a mistura de Hip-Hop, trazida pela voz de VCR. “End of The Line” é o segundo single do artista a ser lançado em 2021, depois do lançamento de “Lock Me Up”. Danny, artista portuense de 23 anos, começou a sua caminhada na música com «o desejo e ambição de criar algo que transmitisse boas vibes às pessoas que o ouvissem». Estreou-se em 2020 com o tema “Why You Nervous” numa vertente de hip-hop/rap. Contudo, apercebeu-se que pretendia envergar por outras sonoridades, nomeadamente o AfroBeat e o Reggae, estilos que o artista acompanha desde sempre, contando já com três singles nesse registo, nomeadamente, “Wine Pon Me”, “Lock Me Up” e agora “End of The Line”.

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TÚLIO AUGUSTO – “Solilóquios” // “Solilóquios” é o título do mais recente trabalho do músico luso-brasileiro e professor nos conservatórios de Seia e Castelo Branco, Túlio Augusto. Este disco com 10 temas envolve reflexões sobre «a impermanência, simplicidade e mistérios da vida. Numa analogia à palavra, as músicas buscam verbalizar o que se passa na consciência e articular com a realidade ao redor. Como um diálogo platónico, “Solilóquios” discorre sobre o amor e a perfeição como aquilo que nos falta, mas também como aquilo que nos move», explica o também investigador e doutorando em Música pela Universidade de Aveiro. Todas as obras de “Solilóquios” são originais e transitam principalmente entre o jazz, o blues e a música brasileira. Além deste disco, Túlio Augusto editou recentemente álbum “Interior“, com músicas para meditação.

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NAMORADOS DA CIDADE – “Tempo” // Namorados da Cidade é um projecto de originais nascido em 2015. Foi no palco do Templários Bar que começaram a surgir as primeiras apresentações de novos temas, com riffs de guitarra e sons de teclados arrojados e coros bem presentes, que passaram a caracterizar a sonoridade da banda. “Tempo” é o novo álbum e já está disponível nas plataformas digitais. João Soares é o autor do tema “Sem Querer (Ou Intencional)”, o single de apresentação. A produção do álbum é de Miguel Camilo. O primeiro disco, “Namorados da Cidade”, foi lançado em Fevereiro de 2018 com as participações especiais de Simone de Oliveira e Maria João Abreu. A distribuição digital também esteve a cargo da Farol Música. Em Maio de 2018, o tema “Caminho”, em dueto com a actriz Maria João Abreu foi sincronizado na banda sonora da novela “Vidas Opostas”. Os Namorados da Cidade são: Miguel Cruz (voz), João Soares (guitarra e vozes), Diogo Marques (teclas), Manuel Rosa (baixo e vozes) e Jon Jon (bateria e vozes).