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Viriatada de Novembro #2: Rua das Pretas, Sérgio Godinho, Chico da Tina, Dillaz, entre outros

Viriatada de Novembro #2: Rua das Pretas, Sérgio Godinho, Chico da Tina, Dillaz, entre outros

Mariana Matos

Esta é a Viriatada, o espaço que acolhe alguns dos lançamentos da música portuguesa desta semana.

SÉRGIO GODINHO- “Com Um Brilhozinho nos Olhos”// “Com Um Brilhozinho nos Olhos” com a colaboração da Orquestra Metropolitana de Lisboa, já está disponível em todas as plataformas digitais, sendo que este tema é o primeiro retirado do próximo disco de Sérgio Godinho, “Ao Vivo No São Luiz”. A canção “Com Um Brilhozinho nos Olhos” é uma das mais icónicas de Sérgio Godinho, tendo feito originalmente parte do álbum “Canto da Boca” lançado em 1981, um dos mais bem-sucedidos da carreira do cantautor português. Esta versão que agora podemos ouvir conta com a participação da Orquestra Metropolitana de Lisboa dirigida pelo maestro Cesário Costa; do pianista Filipe Raposo, também responsável pelos arranjos para a orquestra; e d’Os Assessores, sob a direcção de Nuno Rafael.

CHICO DA TINA- “VianaViceCity”// Chico da Tina lançou um novo single, “VianaViceCity”, tema que deveria fazer parte de “Minho Trapstar”, álbum lançado em 2019, mas acabou por não ser incluído porque tanto Chico como KESLLEY não se sentiram à vontade com o beat original. “VianaViceCity” é produzida por Keslley.

DILLAZ- “Galileu”// Já foi lançada a nova música de Dillaz e chama-se “Galileu”. O novo tema fará parte do mais recente álbum do rapper, a ser editado em 2021, devido à pandemia. “Galileu” chega depois de “Conto”, single que também fará parte do novo trabalho do rapper. O instrumental é de Spliff, a  guitarra de Henrique Carvalhal e a mistura e masterização por Here’s Jhonny.

INÊS HERÉDIA- “I Would Do It Again”// Inês Herédia regressa com o seu mais recente single “I Would Do It Again”, tema que já está disponível em todas as plataformas digitais. A música é baseada numa história verídica de amor que aconteceu durante o confinamento, no início deste ano. Assim sendo, “I would do it again” nasce e morre para que a vida deixe de ser cinzenta, ou seja, uma mulher apaixona-se por outra ao vê-la dançar pela janela, deixando assim que essa dança e amor, a salve. “I would do it again” é a história de amor de quem acaba sozinho mas voltava atrás e vivia tudo outra vez.

RUA DAS PRETAS- “À Sombra do Meu Chapéu”// “À Sombra do Meu Chapéu” é o primeiro single do álbum que está para vir “Um copo de fado, dois de Bossa”. Rua das Pretas abre agora um novo capítulo com o álbum “Um copo de fado, dois de Bossa”. O disco foi produzido e gravado pelo vencedor de Grammys Hector Castillo, (Lou Reed, Björk, Philippe Glass, David Bowie), com um estúdio móvel montado no palacete do Príncipe Real onde a comunidade Rua Das Pretas instalou residência. O lançamento é uma parceria entre a lisboeta 7 Colinas Music e a brasileira Discos de Loop.

DYSTOPIC L.- “Symphony of dystopia”// O segundo álbum de Dystopic L, o alter ego de Lázaro Pereira, é projecto composto por 16 musicas divididas em 4 tempos: Defeat,  Domestication, Caos, e  Rehumanization; cheias de ambientes obscuros, texturas ruidosas  e ritmos psicadélicos. “Symphony of dystopia” pretende dar continuidade à narrativa distópica dos trabalhos anteriormente lançados em diversas editoras como: Devotion Records (Lukas Freire), Revolt Recording (Kontal), Synthesis Records (Dj Pepo), Anaøh (Fixon) e Monocline Records (Re:Axis). O álbum foi editado pela editora Dystopic Tales, label criada pelo próprio e já se encontra em pré-venda no bandcamp.

JOÃO TAMURA ft. BEIRO- “Bixho”// “Bixho” é a primeira colaboração de João Tamura e Beiro. O tema é escrito e interpretado por João Tamura, mas produzido, misturado e masterizado por Beiro. “Bixho” é uma viagem através das sombras da noite na cidade cruel, guiada pelos versos de João Tamura e pelos baixos e guitarras de Beiro. O single antecipa um universo de futuras colaborações da dupla – que serão desvendadas em breve.

FOXY ROCKET- “Damage Me”// O tema “Damage Me” é o sucessor de “Remember to Forget”, canção de estreia da banda, lançada no mês de Outubro. Continuando a missão de querer trazer a música rock ao patamar principal, os Foxy Rocket estreiam o seu segundo single “Damage Me”. Com um registo acelerado, aguerrido e sentido, o grupo procura inspirar os seus ouvintes a serem honestos consigo mesmos. «A “Damage Me” mais do que um tema para abanar a cabeça, é sobre afirmação pessoal» diz Evie, que dá a voz à música. «Quem somos realmente e o que queremos e, claro, dizer ao mundo – a quem nos quiser ouvir – que não temos medo.» Esta canção será acompanhada por um vídeo da performance da canção ao vivo a lançar no dia 17 de Novembro no Youtube, e posteriormente sairá o vídeo oficial. Em 2021, continuarão a sair novos conteúdos e singles da banda, até ao do próprio álbum. «É frequente ver conteúdo a sair todo de uma assentada» comenta o guitarrista Miguel Nicolau, «nós estamos a tentar trazer algo novo e com valor para os nossos fãs quase todas as semanas, para que eles nos possam acompanhar a cada passo da nossa aventura.» Produzidas no HAUS, cada canção pega em conceitos emotivos e distintos.

URBAN TALES FT. GIL LOPES- “Tu Cais”// “Tu Cais” é o novo single da banda Urban Tales e conta com a participação de Gil Lopes, vocalista dos Doomsday Hymn. A parceria resultou numa música «com várias nuances e explosões musicais, inseridas numa temática de dor, frustração e arrependimento.» Gil Lopes, dá cor a uma música com a sua «voz limpa e gutural, mostrando toda a diversidade e dinâmica que a música tem e pretende incutir no ouvinte.» A música foi escrita e produzida por Marcos César, enquanto que a distribuição está a cargo MR Diffusion.

JOANA GUERRA- “Chão Vermelho”// A cantora e violoncelista Joana Guerra lança agora o seu quarto álbum de originais “Chão Vermelho”. O sucessor de “Cavalos Vapor”, com a colaboração do violino de Maria do Mar e a percussão de Carlos Godinho, chega-nos agora com dez faixas que oscilam entre a «beleza encantatória e a liberdade da experimentação». A artista já colaborou com nomes de diferentes géneros musicais como Scout Niblett, Surma, The Alvaret Ensemble, Pop Dell’Arte, assim como a projectos de dança, performance e teatro, de Madalena Victorino a Clara Andermatt, entre outros. Dia 5 de Dezembro haverá uma listening party na loja Chasing Rabbits das 12:00 às 13:00.

CHERRY- “The Good Breakup”// Cherry está de regresso com o álbum “The Good Breakup”. Depois de singles como “Cold Wind”, “Black Sugar” e “Move On” a passar nas rádios nacionais e presentes nas playlists da MTV Portugal e do Canal Alma Lusa, a cantora prepara-se para lançar o sucessor de “London Express” a 20 de Novembro.

UniVersus ENSEMBLE- “Quietude”// UniVersus Ensemble é um grupo musical criado no seguimento da edição e publicação do projeto “UniVersus”, da autoria de José Manuel Freire, levado a público, em 2012, composto por uma obra literária e por uma obra musical. Para além da unidade inerente à génese das duas obras, a componente musical, reveladora de várias influências de linguagens, encontra-se a trilhar o seu caminho no sentido de conquistar o seu espaço no panorama musical português. Nos inúmeros concertos realizados são apresentados alinhamentos de temas originais que se afiguram como ilustrações sonoras das matérias abordadas no seu livro. O género musical desenvolvido é revelador de várias influências de linguagens, encontrando-se patente a formação clássica dos músicos que integram este Ensemble e, em particular, a natureza jazzística de algumas linhas desenvolvidas. Nos tempos conturbados que atravessamos, fica o desafio para quem procura momentos de alguma intimidade que permitam vivenciar domínios de verdadeiro arrebatamento e introspeção. Vê, em baixo, o mais recente vídeo, UniVersus Ensemble, “Quietude”.

BISPO- “Aviola II”// Bispo está de volta com “AVIOLA II” numa versão acústica. Esta é uma nova abordagem à sentida homenagem que o rapper fez à sua avó em “Mais Antigo”, o seu último disco, que atingiu o galardão de Ouro.

GPU PANIC- “Just Go”// Depois da colaboração com Moullinex em “Running in the Dark”, é a vez de GPU Panic se dar a conhecer em nome próprio. O artista lança agora o seu mais recente single “Just Go”, pela editora Discotexas. O vocalista dos Salto começou a experimentar um caminho a solo em 2016 enquanto GPU Panic e, depois de dois EPs, esta será a sua primeira faixa a interpretar as suas próprias letras. «É num cubo de vidro, onde os sentimentos e o tempo permanecem preservados e inalterados, que o novo single de GPU Panic “Just Go” nos leva numa viagem energética e acelerada.» “Just Go” é o primeiro lançamento do produtor em nome próprio desde o EP “Sand Haze” em 2017. Estreando-se também como cantor em “Running in the Dark”, o último single de Moullinex, esta será a sua primeira faixa a interpretar as suas próprias letras numa voz sussurrante que nos impulsiona o movimento de “ir” mas ao mesmo tempo, a intensidade do caminho pode-nos levar a questionar a escolha. O cubo de vidro que nos traz “Just Go” é representado numa capa em 3D desenvolvida pelos Girina Studios em colaboração com o designer Lourenço Providência. Este single abre também o caminho para mais lançamentos de GPU Panic num futuro bem próximo e, por isso, a viagem por paisagens misteriosas não acaba aqui.

BMRNG- “Estou Bem”// BMRNG (sigla para o nome boomerang) está de volta com o novo single “Estou Bem” que conta com a produção de Ricardo Ferreira. Com letra e música da sua autoria, “Estou Bem” aborda a dualidade entre o ser e o parecer, questão com a qual a própria banda se deparou. «Depois de vivenciarmos experiências muito intensas e termos ganho um programa televisivo bastante competitivo, que exigiu uma entrega total de identidade, as nossas expectativas ficaram num pedestal um pouco irreal e sofremos a famosa descida “ao mundo real”. Com este tema queremos que entendam que isso é normal seja qual for o estilo de vida que vivemos e que se possam identificar connosco.» Sucede ao single de estreia “Boomerang”, tema escrito, gravado e produzido pelo reconhecido produtor Bernardo Costa.

GOHU- “Terra da Faina”// Depois de se ter dado a conhecer durante o último ano, Gohu editou o seu primeiro álbum de originais “Terra da Faina”, produzido pelo brasileiro Emerson Martins da Bamba Music. O álbum tanto abraça o indie pop eletrónico, como abre respiros para sons orgânicos que convidam a uma maior intimidade. Como single de lançamento, Gohu apresenta “Sopra o Vento”, uma colaboração com S. Pedro. “Terra da Faina” é uma dicotomia. Terra e Água que simbolizam o seu Portugal. Um país cuja terra sempre foi pequena demais para os sonhos de quem a habita. Cujo mar é até hoje um horizonte ampliado e cada onda na praia, um sussurro seduzindo à descoberta. O álbum é uma forma de Gohu se manter conectado ao país onde nasceu. Nas músicas, podem encontrar nostalgia, reconhecimento pelos que ama à distância, agradecimento pelo que esta “Terra da Faina” lhe deu e claro, ritmos para um bom “forrobodó”. O álbum já está disponível em todas as plataformas de streaming e pode ser ouvido, aqui.

TIAGO SOUSA- “Oh Sweet Solitude”// “Oh Sweet Solitude” é o novo álbum de Tiago Sousa. Trata-se de um projecto só de piano e já está disponível tanto em formato digital, como também em livro de pautas. O projecto foi gravado, em apenas um dia, no estúdio Timbuktu, em Lisboa. Para Tiago Sousa, “Oh Sweet Solitude”, «é uma continuidade, uma extensão, do trabalho que tenho feito até agora. Ampliado por uma noção mais clara dos elementos que me interessam e dos alicerces que são necessários na composição musical. Somados a um maior protagonismo dado à espontaneidade e ao imprevisto. É uma versão minha mais confiante e menos obcecada pelo controlo

TOMÁS ADRIÃO- “Dia Mau”// Tomás Adrião desafiou todas as superstições e decidiu lançar o seu novo single, “Dia Mau”, na sexta feira, 13 de Novembro. O tema é escrito e composto pelo próprio Tomás Adrião, bem como LEFT., Tainá e João Repolho. Sobre este novo tema, Tomás Adrião explica: “Acredito cada vez mais que ser positivo é uma escolha. E esta música passa exatamente essa mensagem, que na teoria parece muito simples, mas que na prática pode ser complexo de executar. Mas é uma aprendizagem constante que eu tento seguir na minha vida.
E foi exatamente esse o contraste que eu quis criar nesta música. Uma letra que conta coisas negativas, acompanhada por uma música animada e positiva. “Dia mau” é uma música para tornar os dias maus em dias melhores. Para se dançar à chuva, ou até para tornar o tempo que temos em tempos melhores.
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PAZ ATÓMICA- “Salvação”// Paz Atómica é Vítor Pinto e “Salvação” é o seu single de estreia. A voz dos extintos O Abominável, parte integrante dos Malibu Gas Station e participante assíduo no projecto David From Scotland, apresenta-se agora a solo. “Salvação” fala sobre esta era actual, onde a sociedade enfrenta o seu maior fluxo de informação e desinformação, o peso de tudo o que se passa num dia, reflecte-se duramente na sanidade mental de qualquer indivíduo.