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Viriatada de Outubro #4: Mariza, Rogério Charraz, Luísa Sobral e Zahara, Carluz Belo, entre outros.

Viriatada de Outubro #4: Mariza, Rogério Charraz, Luísa Sobral e Zahara, Carluz Belo, entre outros.

Mariana Matos

Esta é a Viriatada, o espaço que acolhe alguns dos lançamentos da música portuguesa desta semana.

Podes ouvir aqui a Viriatada #1 e, aqui, a Viriatada #2 de Outubro e por fim a Viriatada #3.

LUÍSA SOBRAL E ZAHARA – “Todo lo que no está”// “Todo lo que no está” é nova colaboração entre Luísa Sobral e Zahara. As duas artistas encontraram-se na cidade de Coruña, em fevereiro, para colaborar no Projeto La Residencia. O desafio tinha sido lançado a ambas pelo radialista Ángel Carmona, com o intuito de aproximar as duas compositoras, que tanto aprecia. Do encontro surgiu o tema “Todo Lo Que No Está”, composto e gravado em, apenas, três dias. O projecto contou ainda com a participação do músico espanhol Martí Perarnau IV nos teclados e do baterista Carlos Miguel Antunes, colaborador habitual de Luísa Sobral.

MARIZA – “Lágrima”// “Lágrima”, o mais recente tema da fadista Mariza, fará parte do seu próximo álbum “Mariza Canta Amália”, com data de lançamento a 20 de Novembro. Neste novo disco, a fadista interpreta canções de Amália Rodrigues, celebrando assim 20 anos de carreira, no ano em que Amália faria 100 anos de vida. “Lágrima” já está disponível em todas as plataformas digitais, bem como o vídeo do tema que é realizado por Enrique Escamilla.

ANTICICLONE – “Ilha de Pedra e Sal” // “Ilha de Pedra e Sal” é um projecto da residência artística Anticiclone, com a voz de Isabel Mesquita. Esta é uma canção que nasce de um encontro entre a música e a poesia, num acaso meteorológico e cultural no arquipélago dos Açores. Esta residência artística convidou a comunidade não só a assistir a um concerto, como também a participar em diversas palestras, workshops e jam sessions. Uma troca de experiências e conhecimento, da qual resultou esta canção insular. Este projeto é uma produção de Isabel Mesquita, que convidou Yami Aloelela, José Barros, Iúri Oliveira e Gonçalo Sousa a liderar as diferentes atividades da primeira edição do ANTICICLONE.

FAKE SNAKE – “Skull n’ Bones”// “Skull n’Bones” é o single de estreia de Fake Snake, projecto musical de Paulo Garim e é no fundo «o ponto de ignição para a construção de todo o projeto. Skull N’ Bones foi a catarse necessária para que Paulo Garim se desprendesse dos demónios do passado ajustando contas consigo e desprendendo-se do superficial até ficar apenas caveira e ossos ou seja as bases.» Musicalmente, “Skull n’Bones”  é a «perfeita aglomeração das diversas estéticas por onde o músico se moveu nos últimos 10 anos e que a simbiose de ideias com Daniel Carvalho (produtor e músico) transformou numa música.» Após um hiato de 5 anos, Paulo Garim decidiu registar uma parte do imenso número de gravações avulsas que habitavam no seu arquivo digital. Murmúrios quase imprevisíveis, acordes de ukulele, linhas de baixo que apenas na sua cabeça faziam sentido enquanto canções, mas que um desencanto com o “mundo da música” não permitia desenvolver. O seu primeiro álbum será lançado em 2021 e contará com a colaboração da cantora e compositora Nina Miranda (Smoke City) num dos temas.

SAINTHIAGO – “Não Desistas”// “Não Desistas” tema composto durante a quarentena, passa uma mensagem de perseverança e de luta por aquilo que ambicionamos e temos como objetivo. Sainthiago, nome artístico de Rui Santiago, é um jovem músico, produtor e compositor. Em 2018 lançou o primeiro single “Lay Down”, que marcou o começo e um ponto de viragem da sua carreira a solo. Em 2020, lançou o primeiro EP “Livre” que conta com 4 temas como “Amanhã” e “Outro Lado”.

FILIPE FURTADO – “Uma Coisa Linda de Morrer”// Filipe Furtado divulgou “Uma Coisa Linda de Morrer” que faz parte do seu disco “Prelúdio”. O tema representa o fechar de um ciclo e o começo de outro. É algo mais sombrio, inspirado em paisagens e imagens de um certo caos, incerteza e dúvida ainda bem anterior à pandemia. “Uma Coisa Linda de Morrer” é também um «compromisso entre ser letrista e instrumentista. Há mais espaço para que a segunda faceta ganhe pulmão e que possa prevalecer sobre a palavra cantada, sem prejuízo da narrativa e da viagem sonora.» Nas próximas semanas o single e o restante álbum serão apresentados ao vivo pelo trio de Filipe Furtado, com 3 datas em Coimbra, em 3 salas e contextos distintos. Estas actuações estão integradas no ciclo “3 meses para o Futuro!”, produzido pela Blue House.

RITA ONOFRE – “Lugar Nenhum”// “Lugar Nenhum” é o segundo single de Rita Onofre e faz parte do seu EP “Casa”. A cantora e compositora tem apenas 24 anos e passou estes últimos a investir na composição em português. Rita Onofre lançou em Maio deste ano, o tema “Haja Sempre”, produzido por Choro, e editado de forma independente. E em Julho, brindou-nos com “ao pé de mim”, editado como parte dos Inéditos Vodafone 2020. O vídeo de “Lugar Nenhum” já está disponível no YouTube e o single está disponível nas plataformas digitais.

COASTEL – “Evergreen”// António Milheiro da Costa apresenta-se como Coastel. “Evergreen” é a primeira música deste projecto e pretende fazer um retrato surreal das experiências e pensamentos do músico. O seu mais recente tema virá acompanhado de vídeo e está disponível em todas as plataformas digitais. Com influências de «Eric Clapton, Tom Misch e Miguel Araújo, Coastel traz-nos através do seu indie pop, um desabafo romantizado de textos representativos de si mesmo.» Gravado nos Factory Studios e produzido por Johnny Barboza, “Evergreen” vem acompanhado por um vídeo realizado por Bruno Saraiva e com produção de Pedro Mata e Nilo Music.

INSTINTO 26 – “Sólido”// “Sólido” é o mais recente single do colectivo Instinto 26. Neste tema, cada um dos elementos do grupo mostra o quão complexo é ter uma relação sólida. Uma vez que é necessário haver discrição, calma e evitar preocupações ou desconfianças. No entanto, mesmo que as coisas não corram bem, cada um dos elementos do grupo estará sempre presente como um porto de abrigo.

ROGÉRIO CHARRAZ – “Quando nós formos velhinhos”// Este é o segundo single do novo trabalho de originais de Rogério Charraz, “O Coreto”, com lançamento marcado para o início de 2021. Com a cumplicidade de José Fialho Gouveia, que assina todas as letras de “O Coreto”, o novo disco é uma história escrita a quatro mãos, que conta ainda com a produção de outro nome da música portuguesa, Luísa Sobral. O vídeo da canção “Quando nós formos velhinhos” tem a participação especial de Eunice Muñoz e Ruy de Carvalho que retratam o amor, a longevidade, e a resistência dos dias.

DJ OVERULE – “Move Like That”// O quinto single do DJ Overule, “Move Like That” é uma fusão Drill/Trap com drops de Bass House e marca o início de uma série de lançamentos para o Dj e produtor Overule, que tem como objetivo misturar estilos musicais, de forma a criar o seu som característico. DJ Overule lançará um novo álbum completo no final deste ano, bem como um EP no início de 2021.

CARLUZ BELO – “Menino da Praia”// “Menino da Praia” é o álbum de estreia de Carluz Belo. Depois de uma série de singles editados, o disco do artista já está disponível para formato físico no bandcamp e em todas as plataformas de streaming. Segundo Carluz Belo, “Menino da Praia” é um álbum que «apresenta uma série de canções que, juntamente com os temas já lançados, completam um alinhamento em 12 capítulos, numa viagem por alguns dos meus territórios emocionais».

RUI DAVID E MIGUEL ARAÚJO – “Ateneu”// “Ateneu”, editada inicialmente no álbum “Contraluz” de Rui David, foi oferecida por Miguel Araújo e ganha, agora, uma roupagem bem diferente da original. A nova versão de “Ateneu”, de Rui David com Miguel Araújo foi gravada, misturada e masterizada por Bruno Pereira e conta com um vídeo realizado por André Tentugal.

ZÉ MANEL – “Expectativa”// “Expectativa” é o mais recente projecto de Zé Manel. O EP já se encontra disponível em todas as plataformas digitais e segundo o artista, trata-se de uma «necessidade» de olhar para ele próprio «de forma contemporânea e capaz de se ajustar a um universo mais urbano», é ainda «fierce, determinado e um canalizador de força e amor-próprio», acrescenta. O novo álbum é um disco autoral e busca uma identidade para Zé Manel. De “Expectativa”, já foram lançados os singles “Pessoas Reais” e “Pressa”.

 B QUEST ft. CÁLCULO – “Altitude”// O primeiro single do rapper B Quest chama-se “latitude” e faz parte do seu álbum de estreia “Meia Noite & Tu”, com lançamento previsto para o início de 2021. Foi produzido por B Quest e conta com a co-produção de St. James Park e Cálculo. Este último participa também na música, trazendo um refrão que vem resumir de forma eficaz tudo aquilo que a faixa aborda.

THEO – “Snake eyes”// O Homem por trás de THEO é João Gonçalves, nascido em Caldas das Taipas Guimarães. Sempre motivado pelo gosto pela música, isso ficou mais marcado pelo Grunge dos anos 90. Foi vocalista e guitarrista de algumas bandas da região e, no projecto THEO, procura criar música mais à sua imagem. Companheiro também de outra paragens, ele conta com o apoio de Pedro Conde na criação dos temas. O seu álbum de estreia está previsto até ao final do ano. “Snake Eyes” é o segundo tema a ser conhecido depois de “SmokingGun”.

PHOENIX CLOVE – “Nightfall”// Depois de “Polar Effect”, os Phoenix Clove apresentam-se com “Nightfall”, o seu mais recente single. São a banda oficial da edição de 2018 do Rock in Rio Academy e a primeira banda de rock a colaborar com o único coro de Língua Gestual Portuguesa, o “Projeto Mãos que Cantam”.  “Nightfallfoi produzido e gravado nos estúdios Poison Apple e à semelhança de “Polar Effect”, o tema foi criado ao longo de 2018, tendo sido apresentado ao vivo em diversos momentos. Em 2019 começou o processo de produção com a ajuda de Vasco Ramos, tendo sido gravado e masterizado por Tiago Canadas e mixado por João Medeiros. Com este novo single, a banda procurou criar um ambiente misterioso e sinistro, explorando uma sonoridade baseada em solos de guitarra agressivos.

TRAÇO – “Sempre”// TRAÇO é uma banda do Porto que, por muito que queira resumir toda a sua história e ideias, não consegue. São quatro amigos a tentar pensar no mesmo, porque na verdade vêm todos de estilos diferentes. Passaram anos fechados numa sala até se aperceberem que finalmente tinham bom material para se expressar ao vivo. O terceiro single da banda já chegou «com o formato “Sempre”. Sempre que podem, gravam. Sempre que lhes apetece, lançam. Sempre que tocam ao vivo, curtem.» Foi captado, produzido e misturado pelo João Martins. A masterização é da autoria do teclista da banda, Miguel Moura. Esta é para os fortes de espírito e fracos do coração, portanto nada melhor do que ter a graphic designer Catarina Lima (@lima_cat_) a ilustrar todo o pensamento à volta da música.

MALABOOS – “Corte”// São uma banda formada há três anos por Diogo Silva. Já com dois EP editados, e em formato 3.0, afirmam-se como uma banda de Post/Art Rock (em formato trio), sendo fruto duma dinâmica de quem se foi desenvolvendo como grupo, com um entendimento musical e uma ligação pessoal muito vincados. O trio prepara-se para gravar aquele que será o próximo álbum e primeiro longa duração, “Nada Cénico”, em que os dois singles de apresentação “TRIP(E)” e “CORTE”.

SARA VIDAL – Descante aos Noivos // Sara Vidal apresenta o seu terceiro single do novo disco “Matriz”, que com ele aprofunda as suas origens na tradição musical portuguesa sob a perspectiva da condição feminina. Um pouco por todo o país, era costume fazer-se o descante aos noivos, seja na véspera do casamento ou no próprio dia à noite, que consistia em cantar, de forma espontânea, alguns versos dedicados aos noivos ou recém-casados, que depois tinham de retribuir com comida, especialmente carne. Esta tradição também tem outras designações, como “parabéns”, “serenata aos esposados” e “comporta”, cantado só a vozes ou acompanhados por um acordeonista, adufes ou almofarizes, consoante a região. Este arranjo, com produção musical de Manuel Maio e Rui Ferreira, tem por base a recolha feita em Proença-a-Nova por José Alberto Sardinha e Vítor Reino, em 1989, incluída no disco “Portugal raízes musicais” (1996).