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Viriatada de Setembro #4: Tim, Quatro & Meia, Jónatas Pires, Sarnadas, Mema, entre outros

Viriatada de Setembro #4: Tim, Quatro & Meia, Jónatas Pires, Sarnadas, Mema, entre outros

Redacção

De Tim aos Quatro & Meia, passando por Jónatas Pires, Sarnadas e Mema, esta é a Viriatada, o espaço que acolhe alguns dos lançamentos da música portuguesa desta semana.

Setembro chegou ao fim, mas há ainda muita música portuguesa nova para ouvir. Podes recordar a Viritatada de Setembro, nos seguintes links #1, #2, #3.

TIM – “20-20-20” // “E Mais Um Dia” é o mais recente single do álbum “20-20-20”, que podes ouvir no player, um tema em que, segundo o músico, a banda começa a ter alguma influência. «A canção tem que ver com uma espécie de queda em sonho, onde se encontra as pessoas que foram embora, que tiveram a sua hora. Estes últimos anos não foram muito felizes nesse sentido e a canção apareceu». Tim explica que “20-20-20″ podiam ser as três parcelas da soma que equivale aos seus 60 anos de idade. E são-no também. Mas são sobretudo a memória que Tim vai buscar «lá atrás, a uma marca de tabaco sem filtro, que nem era a da sua predileção, mas que lhe ficou gravada pela crueza e pela simplicidade da imagem e da mensagem que carregava consigo»: 20 cigarros, 20 gramas, 20 centavos. «Era aquilo e mais nada», recorda o vocalista dos Xutos & Pontapés. E foi nesse tabaco, nessa memória passada, que o músico se inspirou quando pôs em marcha o projecto do seu novo álbum em nome próprio. O álbum foi construído e trabalhado com os seus dois filhos, Vicente e Sebastião Santos, mais os amigos próximos José Moz Carrapa e Nuno Espírito Santo. «Foi composto por ambientes descomplicados e por um punhado de canções que se queria simples e directo. Sem tretas». “20-20-20” foi escrito entre o estúdio caseiro de Tim, um refúgio na Zambujeira do Mar e, num último momento, em Toronto, no Canadá.

JÓNATAS PIRES – “Eu Só Preciso” // É o regresso de Jónatas Pires às canções, como tiro de partida para um disco prometido. Inspirada nos «deambulantes dos subúrbios da vida e a bater o pé às palavras que Alfredo Duarte imortalizou na voz de Amália», esta primeira amostra «é uma prova de vida que se desfruta à prova de esforço». Num ano em que passou a ser «essencial acreditar que viver é possível», esta estreia em nome próprio procura lembrar cada ouvinte de que «a possibilidade de renascer para a vida supera a inevitabilidade das trevas». “Eu Só Preciso” foi gravado entre sessões caseiras e no Estúdio Vale de Lobos por João Eleutério, também responsável pelas misturas. A produção foi da responsabilidade de Silas Ferreira, cúmplice de Jónatas Pires n’Os Pontos Negros e noutras aventuras. Com o álbum a editar pela Sony Music Portugal agendado para breve, o single “Eu Só Preciso” é uma amostra «da maturidade e da riqueza das canções que irão marcar esta próxima etapa». O vídeo contou com realização de Tiago Brito e direcção de fotografia de David Caetano.

OS QUATRO E MEIA – “O Tempo Vai Esperar” // Os Quatro e Meia partilharam o videoclipe do novo single “O Tempo Vai Esperar”, tema que dá nome ao mais recente álbum de originais do grupo. «Lançamos o single e vídeo do tema ‘O Tempo Vai Esperar’, que nos alegra pela perspectiva sempre inocente de que temos o poder de esticar o tempo, em vez de o vermos fugir entre os dedos. É um vídeo que brinca com a temporalidade e com as nossas próprias vontades, que fala de emoção e de paixão, sem nunca esquecer que o tempo é precioso», explica a banda em comunicado. «O Tempo Vai Esperar» é o segundo registo de estúdio da banda de Coimbra conta com edição nos formatos físicos (CD e LP), podendo também ser encontrado em todas as plataformas digitais. O disco produzido por João Só é composto por 11 faixas, tem a participação especial de Carlão e Tatanka e tem carimbo da Sony Music. O vídeo foi realizado por Pedro Bessa e conta com os actores Bruno Bernardo e Mónica Duarte.

SHANGE – “Headspace REMIXED” // Shange é o nome artístico de Gonçalo Lemos e marca o início do seu percurso no mundo da música electrónica, após um trajecto entre vários projectos e diferentes sonoridades. Foi em Maio que saiu “Headspace”, o mais recente single do multi-instrumentista Gonçalo Lemos, com selo da Chilli Pepper Fields Records. Nesse tema, o aveirense «tentou fazer algo que soasse diferente de tudo aquilo que já criou» e, agora, a convite do músico, chegou a vez de Xavier, Laniakea, Lazer Mike e Vasco Completo mostrarem as suas próprias versões dessa viagem.

LHAST – “Amor´Fati” // É o primeiro projecto a solo de Lhast, onde o artista se assume como voz principal. O álbum contém 10 temas, entre os quais os galardoados “Saturno” e “JND” ft. 9 Miller, singles de Ouro e Platina respetivamente, e “Pluto”, com a participação de Lon3r Johny e que é o tema de apresentação do álbum. Além destes, destaque para os originais “2:22 (Interlude)”, “Pa’Cima”, “VI” e “11915”. O trabalho completa-se com os anteriormente lançados “2020” com Slow J; “Render” ft. Chyna; e “QE”. “Amor´Fati” pode entender-se como um elogio ao destino, um fazer as pazes com todas as contrariedades que a vida trouxe, traz e pode vir a trazer.

SARNADAS – “The Hum” // É o primeiro disco de Sarnadas, também Coelho Radioactivo e parte efectiva da Favela Discos. Consequência directa do seu trabalho com o disruptivo colectivo portuense, ao longo das quatro horas que se dividem em dois álbuns, dissipa-se o conceito de tempo em nebulosas camadas melódicas díspares, ora por via da sua sucessão ad infinitum, ora pelo ajuste circunspecto de elementos. Durante 15 peças de música esparsa, de tonalidades brilhantes, Sarnadas abdica de estruturas rígidas para criar trauteados de sintetizador que se relacionam num ambiente controlado, mas mutável. Em “The Hum”, o músico usa o encontro e desencontro das várias camadas para criar possibilidades melódicas, de forma a permitir que os detalhes surjam e induzam estados letárgicos, mas conscientes, entre o despertar e o sonho. Estas relações certas e incertas desdobram-se num granulado vapor sonoro que espoleta uma parada auditiva incessante. Sarnadas é uma das entoações inquisitivas de João Sarnadas, músico e artista transdisciplinar (Well, José Pinhal Post-Mortem Experience, Vive Les Cônes) e membro do colectivo Favela Discos. Sob este epíteto, polariza a sua expressão relativamente ao seu projecto solo Coelho Radioactivo, despindo o som de artifícios e focando-se na manipulação clínica de momentos pelo estender das melodias em longas camadas. O seu novo “The Hum” sintetiza o método de construção musical na busca de miragens e paisagens constantes, mas mutantes. O duplo álbum foi gravado ao longo de dois dias, reflectindo a necessidade de Sarnadas de suspender o tempo e procurar um novo método, onde a dependência de emissor ficou reduzida a um único sintetizador de três osciladores, montado pela sua colaboradora de longa-data Inês Castanheira. Este instrumento, aliado a uma mesa de mistura e a uma parafernália de pedais, libertou o músico para trabalhar momentos, modulá-los e adorná-los numa sucessão de imagens orgânicas catalisadas tanto pelo acaso, quanto pela intenção. O segundo capítulo do The Hum será lançado na Primavera de 2021.

MEMA – “Cidade de Sal” // É o EP de estreia da compositora, guitarrista e cantora portuguesa Mema. Vai ser editado dia 9 de Outubro em formato físico e digital, e já está em pré-venda aqui. Deste primeiro registo de estúdio já são conhecidos os singles “O Devedor”, “Perdi o Norte” e “Outro Lado”, cujo vídeo podes ver mais abaixo. No dia do lançamento vai ainda ser possível assistir à apresentação oficial do EP através de um showcase transmitido em exclusivo no YouTube oficial da FNAC, às 19h00. Mema diz-se representar «a desconstrução do folk, assim como a sua colisão com o indie electrónico e a música pop através de uma busca pela cultura e música tradicional portuguesa, conseguida graças à fusão de instrumentos como o adufe, a guitarra portuguesa e a flauta». É música electrónica «influenciada por Berlim e por artistas como Röyksopp, Fever Ray, Azam Ali, Baiuca, a pop entranhada pelas palavras sofridas de Lykke Li, pelo experimentalismo apelativo de Björk, por fortes artistas nacionais como Madredeus e António Variações».

SOLITÁRIO – “Golias” // Segundo single do EP “Temporal”, “Golias” fala dos «tempos estranhos que passamos, a magnitude desta pandemia e esperança de encontrar todas pessoas próximas bem, do outro lado da luta com este gigante». O primeiro Ep do projecto Solitário está agora disponível nos serviços de streaming através da distribuidora digital Level:UP. Solitário é o alter-ego de João Campos (Gula, Her name was fire) criado durante a quarenta como necessidade de tentar fazer sentido desta estranha nova realidade, através de novos caminhos musicais fora da sua zona da conforto. Deixando as guitarras de lado, mergulhou no mundo dos sintetizadores, até agora pouco explorados pelo mesmo, numa tentativa de reinvenção artística e reconexão com o prazer de descobrir novos sons e fazer música apenas pelo prazer de a fazer. Este trabalho move-se entre a pop sombria e industrial, ambientes negros contrastados com melodias pop. Seis reflexões sobre o que é viver no ano mais estranho que a humanidade alguma vez experienciou – A actual pandemia, as redes sociais, o passado e o quão negro o futuro pode parecer.

DISPIRITED SPIRITS – “Negatives of the Moon (on a Moonless Night)” // Projecto musical de Rodrigo Dias, um jovem de 17 anos que «pinta a lua numa paisagem reverberada com elementos de indie rock psicadélico, punk rock e música electrónica». O tema emerge da corrente temática atual do projecto, inspirada por elementos relacionados com a astronomia, transposto em letras introspectivas e metáforas de outro mundo. Tais temas líricos são acompanhados por instrumentos tradicionais do indie rock inspirado em Car Seat Headrest e Built to Spill, refinado por toques psicadélicos que lembram artistas como Tame Impala e The Flaming Lips. Não obstante, todos os elementos sonoros e líricos culminam em paisagens sonoras sui generis que ecoam pelas profundezas do espaço sideral, a partir do quarto do jovem fundador do projecto, que afirma neste tema que é possível ter uma galáxia inteira dentro do quarto (excerto original da letra: «An entire galaxy could easily fit in your room»). Juntamente com outros três jovens – Ryan Evans, Kelvin Evans e Gonçalo Feijão – o quarteto  foi, este verão, finalista do concurso Música Já 2020, organizado pelo IPDJ de Faro, tendo inundado o palco com a vivacidade da sua performance. Este single marca o início oficial deste projecto e antecede o seu primeiro álbum, que está a ser gravado e deverá ser lançado ainda este ano.

CONAN CASTRO – “Mohawk Valley Formula” // Aí está o segundo single dos Conan Castro and The Moonshine Piñatas tendo em vista a promoção do seu novo álbum, o segundo, “Shrimp Waterfall”, a ser editado em Novembro deste ano. Munidos de «um sentido de depravação divinal e dos padrões morais mais baixos disponíveis», os cinco Castros preparam-se para libertar canções «acerca da injustiça, do amor, mentiras, opressão, sexo, violência, magia negra, liberdade, frutos do mar, perseguições de carros e, é claro, problemas informáticos». Nasceram no final de 2014 no Barreiro, dizem-se praticantes de garage-punk-rock maníaco-febril e são compostos por Leite Castro e Lixo Castro (guitarras), Licor Castro (baixo), Lindo Castro (bateria) e Lama Castro (voz). O álbum de estreia, “Cataplana América”, foi lançado em 2017 pela editora Hey! Pachuco Records, seguindo-se em 2018 um Split LP com os Planeta Quadrado por intermédio da Monotone/Groovie Records. Em 2019, partilharam o palco com bandas como The Parkinsons e Asimov.

PALMERS – “GLA” e “One More Day” // Depois de um longo período sem concertos, os Palmers voltaram à sala de ensaios para gravar dois temas escritos na altura do último EP “Running Thoughts” (lançado em 2019 pela Ciudad Oásis). “GLA” e “One More Day” continuam o legado de «ritmos contagiantes» da banda caldense, adicionando agora «temática nostálgica» aos «sons rasgados» que praticam. “GLA” é sobre a primeira viagem que o grupo realizou, à cidade de Glasgow, na Escócia, e reflecte «o sentimento de procura por um lugar onde realmente nos sentimos confortáveis e com o qual nos identificamos». Já “One More Day” teve origem em «bloqueios criativos e falta de motivação» e «expressa o quotidiano e a acomodação mas também o desejo de não desistir porque no fundo todos os dias são uma nova oportunidade». Os dois temas são agora lançados em conjunto por se complementarem ao serem antagónicos: um fala da procura constante pela novidade e o outro reflecte a prisão da rotina apesar de haver uma vontade de a ultrapassar. A banda gravou as duas novas canções na sua sala de ensaio e é também responsável pela produção das mesmas. A masterização ficou a cargo de Pedro Adelino. Os Palmers formaram-se nas Caldas da Rainha em 2017, são compostos por Cláudia Brás (baixo, voz), Raquel Custódio (voz, bateria) e Vasco Cavalheiro (guitarra)e têm dois EPs já lançados – “Younger Days” em 2018 e “Running Thoughts” (pela editora espanhola Ciudad Oásis em 2019). As novas músicas terão edição física em cassete e já estão disponíveis aqui.

ANDRÉ AMARO – “Deixa O Amor Vencer” // André Amaro estreia o single “Deixa o Amor Vencer”, que sucede a “O Teu Lugar”, ambos parte do primeiro álbum a solo do artista, com data de edição prevista para o primeiro trimestre de 2021. Com letra e música de Boss AC e produzido por Diogo Piçarra, este tema «é um grito de modernidade e de reflexão». Com este novo tema, André Amaro pretende desafiar o ouvinte a olhar para si próprio «através de um espelho, reforçando o valor da igualdade», ao mesmo tempo que é um convite «à felicidade que se alcança com o amor, por nós mesmos e pelo outro». André Amaro estava no último ano de curso para se tornar engenheiro agrónomo, e de um dia para outro tudo mudou: concorreu com amigos a um programa de talentos televisivo e desde aí tem vindo a construir o seu caminho na busca da sua própria sonoridade.

ARY RAFEIRO – “Beira da Piscina” // Este novo tema, disponível aqui, renova o laço de Ary Rafeiro e Marcos Best. É uma canção com toque acústico que consagra o estado de espírito dos artistas, «após tantas dificuldades e quedas no chão da vida ambos sentem que estão prontos a mergulhar numa nova fase… à beira da piscina». Produzido pelo próprio Ary e Blaeckfull, que já assinou a produção de canções de Estraca, Murta, Kelly Veiga, Carlão, Harold, entre outros, foi misturado/masterizado por 2f U-Flow cujo currículo inclui grandes sucessos de artistas como Anitta, Ludmilla, Snoop Dogg, Papatinho ou Orochi. «É um tema essencial para um dia de boa vibe onde se planta com positividade sonhos de um futuro melhor e se alimentam os sorrisos que a alma tem escondidos. A receita é simples: a ginga do violão leva-nos diretamente ao Brasil acompanhada das rimas de Ary Rafeiro, enquanto a voz forte de Marcos Best nos traz a presença de um RAP romântico abençoado pela voz de Blaeckfull aka Ruben Carrigton num refrão que fica no ouvido e que nos dá vontade refrescar o corpo…e a alma».

DIOGO XOCÓ – “Concerto Eterno Para Ruas Etéreas” // O compositor brasileiro radicado em Portugal apresenta um guia musical para «o espectáculo que é a cidade de Lisboa», onde reside. Um espectáculo para ouvir em pontos escolhidos especialmente para cada canção. A qualquer momento do dia ou da noite, é possível utilizar um mapa para encontrar as coordenadas geográficas que compõe o álbum e ir ver e ouvir os locais na cidade de Lisboa onde a arte de rua se faz presente. Durante duas horas, é possível passear pelo trajecto sugerido e ouvir a Rádio Surreal. Nela, encontramos a programação, criada especialmente para a ocasião, e ouvimos as canções de Diogo Xocó pelos 4Km da caminhada – desde o alto da Graça até à margem do Rio Tejo. Diogo Xocó nasceu em Aracaju, mas aproveitou as ruas ensolaradas de Lisboa para compor, aprimorar e apresentar as suas canções. Os links para o mapa e postais encontram-se aqui.

FILIPE DA GRAÇA & JOÃO GAMBINO – “Talvez Aqui”// “Talvez Aqui” é a colaboração de Filipe da Graça com o colega de longa data João Gambino. Um disco acompanhado de um filme, e de um website interactivo sobre a história desta colaboração, disponível para escuta nas plataformas usuais e para visualização no website do projecto. Este é um «disco pessoal e honesto, sobre a memória, a amizade, a distância e a cumplicidade de dois amigos separados em corpo, mas nunca em espírito. Cada canção marca um momento diferente desta história, retratada nos vários andamentos do filme, e no website com um arquivo multimédia que inclui, entre outros: as ideias das canções que enviámos um ao outro, os encontros em vários países, as sessões de gravação, a história das pessoas que colaboraram connosco, os eventos que nos levaram aqui, etc.» O filme é composto de imagens das suas vidas capturadas nos últimos 14 anos entre vários países, por «amigos, familiares, e por nós próprios. Viajamos pelo nosso passado, presente e futuro, pelos locais onde nos encontramos, enquanto cantamos um para o outro. Ouvimos os temas que gravámos entre Londres e Lisboa, entre viagens e locais, na procura um do outro e do que nos une.»

A R C T W E E N – “Dance of the Spheres”// O produtor portuense editou o seu novo EP “Dance of the Spheres”, pela primeira vez, com selo Discotexas e define Arctween na «perfeição: a fusão de sonoridades electrónicas com a simplicidade de instrumentos como a bateria e o violoncelo.» Foi desde muito jovem que Tito Romão estabeleceu uma grande ligação com a música. Para além de ter aprendido a tocar bateria, aprendeu também piano e violoncelo e rapidamente começou a experimentar produzir os seus próprios beats e a desenvolver um sentido de estruturação musical. A constante procura por ritmos e música dos vários cantos do planeta, deu origem a uma sonoridade distinta numa fusão perfeita entre a natureza humana e o pulsar das máquinas que tão bem caracterizam o produtor.