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Westway LAB 2020 ganha vida híbrida entre o Centro Cultural Vila Flor e o mundo digital

Westway LAB 2020 ganha vida híbrida entre o Centro Cultural Vila Flor e o mundo digital

Redacção

ACTUALIZAÇÃO: Concertos presenciais da 7ª edição do Westway LAB não irão concretizar-se por desaconselhamento da Autoridade de Saúde

A Oficina, cooperativa cultural vimaranense responsável pela organização do evento Westway LAB, foi desaconselhada pela Autoridade de Saúde a realizar os concertos com a presença de público, previstos para as noites de 15, 16 e 17 de outubro, no âmbito da 7ª edição deste evento, bem como a sessão do Cineclube de Guimarães agendada para o dia 18 de outubro.

Acatando a comunicação recebida ao final da tarde de hoje, e apesar de todas as diligências realizadas, tentando penalizar o mínimo possível o público que tinha a expetativa de assistir ao vivo e em segurança aos concertos do Westway LAB, A Oficina irá garantir a transmissão digital das atuações desta noite: Seiva, Valter Lobo e Ian. Estão ainda a ser encetados todos os esforços para garantir a transmissão gratuita dos concertos dos dias 16 e 17 de outubro, através das redes sociais.

A devolução do valor dos bilhetes poderá ser efetuada nos locais habituais de venda de ingressos d’A Oficina.

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De 14 a 17 de Outubro, o universo da música fica de olhos e ouvidos postos em Guimarães para uma edição que surge sob a forma de concertos ao vivo e conferências, keynotes e (mais) concertos transmitidos online.

O mundo mudou, mas o Westway LAB insiste em conviver com as formas do futuro. E a sua 7ª edição, situada excecionalmente em outubro, apresenta uma nova configuração híbrida que conjuga a experiência presencial com acesso digital a importantes conteúdos onde cabem concertos, conferências e keynotes.

O Westway LAB 2020 reunirá em Guimarães nomes e projetos artísticos como The Legendary Tigerman, Valter Lobo, Mão Morta Redux, Tó Trips, The Lemon Lovers, Miramar, Evols, Seiva e IAN, estes dois últimos em estreita colaboração com a plataforma Why Portugal. Tó Trips e Mão Morta Redux com a particularidade de musicarem ao vivo no festival, respetivamente, as suas bandas sonoras originais dos filmes “Surdina”, realizado pelo cineasta vimaranense Rodrigo Areias, e “A Casa na Praça Trubnaia”, obra-prima do cineasta soviético Boris Barnet, numa edição do Westway LAB que propõe um foco sobre filmes-concerto, promovendo a dimensão audiovisual como uma forte experiência imersiva a ser vivida nos dias do festival.

As conferências PRO – que contarão com a participação de nomes como Roberta Medina e Rob Challice – acontecem nos dias 15, 16 e 17 com transmissão digital, tal como os concertos de Julian Zyklus, Hickeys, Aka Neomi, Misia Furtak, Lily Arbor, Carnival Youth, Jack Found, Samuel Coelho, Anibal Zola, André Júlio Turquesa e Yosune.

O programa de concertos presenciais da edição de 2020 será mais reduzido que o habitual – com nove concertos protagonizados por artistas nacionais – e terá lugar, todo ele, no Grande Auditório do CCVF, sempre a partir das 21h30, com lugares marcados, havendo também a possibilidade de acompanhar a sua transmissão em direto nas redes sociais d’A Oficina e do Westway LAB. Paralelamente, também haverá lugar a outros onze concertos de projetos portugueses e internacionais via streaming, com difusão através de uma plataforma digital criada para o efeito pela AMAEI (Associação de Músicos Artistas e Editoras Independentes). As conferências PRO desta 7ª edição serão igualmente difundidas através da mesma plataforma digital, de forma a mostrar mais uma vez Guimarães ao mundo.

PROGRAMAÇÃO

Na primeira noite de atuações, a 15 de outubro, o festival integra concertos ao vivo de Seiva – uma das mais originais e internacionais bandas do panorama folk em Portugal, utilizando apenas instrumentos tradicionais e misturando-os com os seus temas originais, com eletrónica e eletricidade –, Valter Lobo – cantautor que se deu a conhecer com um “Inverno EP”, em 2012, que rapidamente o levou para palcos como o CCB e a Casa da Música, e que traz ao Westway LAB alguns temas inéditos a incluir no próximo disco previsto para 2020, para além de músicas dos seus álbuns anteriores – e IAN – violinista russa, nascida e criada em Moscovo que chegou a Portugal com 15 anos, sozinha com o seu violino, que a acompanha desde os 4 anos de idade. Sendo atualmente o primeiro violino na Orquestra da Casa da Música do Porto, o projeto IAN surgiu de forma natural no seu percurso e carateriza-se pela fusão de elementos pop, trip-hop e eletrónica com uma forte presença de instrumentos clássicos como piano acústico e violino, frutos da experiência clássica de Ianina Khmelik.

A noite sexta-feira, dia 16, começa com o filme-concerto “A Casa da Praça Trubnaia”, do cineasta soviético Boris Barnet, composto e musicado ao vivo por Adolfo Luxúria Canibal, António Rafael e Miguel Pedro, que se apresentam enquanto Mão Morta Redux, um formato reduzido que marca um regresso ao período em que o grupo era constituído por apenas três elementos. A ronda de atuações prossegue com The Lemon Lovers – nascidos em 2012 no Porto num ambiente de blues e rock n’roll, depois de se lançarem à estrada para conquistarem Portugal e a Europa regressam à edição fonográfica e trazem ao Westway LAB o terceiro disco homónimo – e Miramar, projeto que junta duas figuras de proa da música portuguesa: Frankie Chavez e Peixe, que, embora provenientes de diferentes latitudes e experiências distintas, ambos estão unidos pelo seu trabalho com a guitarra, instrumento na companhia do qual nos levarão a sítios onde nunca fomos e eles também não.

A última noite do festival (17 de outubro) abre com a música original de Tó Trips em “Surdina” – tragicomédia minhota realizada por Rodrigo Areias e escrita por Valter Hugo Mãe. De seguida, testemunha-se o regresso ao CCVF dos Evols para apresentar no Westway LAB o terceiro disco da banda, formada em 2008 com influência de toda a música psicadélica que se reinventa há quase 60 anos. A maratona de concertos desta edição termina ao som de The Legendary Tigerman – reconhecido pelo nome próprio de Paulo Furtado, artista que os últimos 20 anos vestiu muitas peles e galgou terreno nos 7 continentes –, projeto que se fez de muitas formações, muitos formatos para entregar o rock n’ roll como só ele sabe, em doses desmedidas de turbulência e agitação, regressando agora ao palco novamente sozinho, acompanhado apenas da sua guitarra, um kit de bateria e um kazoo, prometendo uma aparição muito especial no Westway LAB.

No que diz respeito às conferências, a decorrerem nos dias 15, 16 e 17 com transmissão digital, o Westway LAB acolhe como seu keynote speaker internacional 2020 o agente Rob Challice da Paradigm Agency (agente de Bon Iver, Warpaint, Kings of Convenience, Beirut, entre muitos outros), aqui entrevistado por Allan McGowan, e Roberta Medina (Better World: Rock in Rio) como keynote nacional. É também com renovado entusiasmo que o Westway LAB promove juntamente com a AMAEI a segunda edição da conferência Digital Music Days. Após o sucesso da sua primeira edição no CCB em novembro de 2019, a AMAEI apresenta esta segunda edição da sua nova conferência – focada nos assuntos mais atuais das grandes plataformas da música digital e do streaming –, este ano com o apoio da MERLIN e fazendo coincidir esta edição virtual do Digital Music Days com o Westway LAB, o que significa que os conferencistas de ambas as conferências beneficiam de duplo acesso aos conteúdos e sessões tanto do Digital Music Days como do Westway LAB.

A vertente profissional do Westway LAB 2020 terá como eixos as conferências Westway PRO, INES e WHY Portugal, contemplando ainda uma sessão GDA (Gestão dos Direitos dos Artistas) e Europe in Synch, projeto europeu lançado pela AMAEI. Num total de quinze conferências com profissionais da indústria da música (maioritariamente internacionais), encontram-se abrangidos temas como ‘A gestão de carreiras artísticas na Europa, ‘O futuro do jornalismo musical’, ‘O futuro das rádios públicas na Europa’, ‘Gestão de direitos de artistas’, entre variados outros tópicos deste universo com tanto por explorar.

O Westway LAB 2020 tem bilhetes diários para 16 e 17 de outubro com um custo de 12,5 euros, estando também disponível um passe para os 2 dias com o valor de 20 euros. Na compra deste passe geral, é oferecida uma máscara de proteção individual com a identidade gráfica desta edição do evento. O levantamento das máscaras poderá ser efetuado na bilheteira do Centro Cultural Vila Flor ao longo dos dias em que decorre o Westway LAB. Os concertos do dia 15 têm entrada gratuita e os bilhetes deverão ser levantados no dia do espetáculo, durante o horário de funcionamento da bilheteira do CCVF, sendo este levantamento limitado a dois bilhetes por pessoa.

Os ingressos para os concertos dos dias 16 e 17 podem ser adquiridos nas bilheteiras dos equipamentos geridos pel’A Oficina, como o Centro Cultural Vila Flor, a Casa da Memória de Guimarães, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães ou a Loja Oficina, bem como nas lojas Fnac, Worten e El Corte Inglés ou online em www.aoficina.pt e www.westwaylab.com, onde é possível conhecer todo o programa em detalhe. Os registos para assistir virtualmente às conferências profissionais incluem o acesso aos concertos e podem ser realizados aqui, sítio onde é possível consultar o programa completo de conferências.

De relevar a possibilidade de acompanhar a transmissão audiovisual de concertos nas redes sociais do Westway LAB, oferecendo assim a possibilidade a um público mais alargado assistir aos mesmos, esbatendo-se a limitação da lotação de segurança determinada. E de salientar ainda o compromisso da organização quanto ao cumprimento de todas as atuais normas de segurança da Direção Geral da Saúde, de modo a garantir a salvaguarda da saúde e segurança de todos os intervenientes como principal prioridade.