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Documentário Woodstock: Vê a nova versão do filme de forma gratuita

Documentário Woodstock: Vê a nova versão do filme de forma gratuita

Rodrigo Baptista

“Woodstock – 3 Days of Peace, Love and Music” vai estar em exibição única no Cinema Ideal em Lisboa no dia 31 de Julho.

Às 19H00 de dia 31 de julho será realizada no Cinema Ideal, Lisboa, a projecção na íntegra da nova versão restaurada, expandida com 27 minutos de imagens inéditas e com o áudio remasterizado do filme/documentário de Michael Wadleigh. 

A projecção será aberta de forma gratuita ao público. Para assistir às sessões basta os interessados enviarem um e-mail para festivalwoodstock50@gmail.com com a indicação do nome completo e quantidade de lugares pretendidos. Limitado aos lugares disponíveis.

O realizador Michael Wadleigh e uma equipa de rodagem, de que faziam parte Martin Scorsese e a montadora Thelma Schoonmaker, filmaram, com 16 câmaras, quase 20 mil metros de película, para produzir uma crónica ampla e explícita do evento e que foi fulcral para que o festival e a Woodstock Nation ou Geração Woodstock se tornassem lendários e parte incontornável da história e da mitologia norte-americana. Filmando com grande proximidade e intimidade os artistas e os concertos, o filme de Wadleigh não se resume a uma mera filmagem de atuações musicais. É, sobretudo, um documentário sobre uma comunidade que tão brevemente ali se formou e que parecia ser o começo de alguma coisa maior, ou tão-somente o seu fim. O que mais impressiona neste filme é a capacidade de Wadleigh transportar o espectador para dentro do recinto e transmitir-lhe a sensação do que foi realmente ali estar. Wadleigh não se coíbe de mostrar, além das atuações e dinâmicas em torno do palco, as reações e interações dos músicos e do público, dezenas de pequenos episódios e situações que foram sendo testemunhadas em Bethel e que demonstravam bem o espírito do Woodstock: a paz, o amor, as drogas, o sexo, a liberdade. Mantendo uma estrutura tendencialmente cronológica, da preparação do recinto aos despojos do fim do festival, a montagem do documentário, a cargo de Scorsese e Schoonmaker, introduz um inovador elemento estético e narrativo: o splitscreen. A partição da imagem em vários ecrãs simultâneos proporciona uma visão global e prismática dos eventos, colocando vários apontamentos em diálogo, em jeito de contraponto, comentário ou ironia, ao mesmo tempo que possibilita comprimir a narrativa, ao sobrepor ações e acontecimentos.

Estreado logo em 1970, numa versão de 185 minutos, Woodstock foi amplamente elogiado pela crítica e pelo público, tendo recebido o Óscar de Melhor Documentário, além da nomeação para Melhor Montagem e Melhor Som (algo inédito para um documentário).