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AS Podcast Powered By Shure IV: Tó Pica & Luís Simões, Passado Presente e Futuro

AS Podcast Powered By Shure IV: Tó Pica & Luís Simões, Passado Presente e Futuro

Nero

Impulsionada por uma parceria com a EARPRO e a SHURE, a Arte Sonora estreia-se no universo dos podcasts. Neste quarto episódio, juntamos Tó Pica e Luís Simões, para falar do recente álbum dos Saturnia, dos Shrine, dos Sacred Sin, de guitarras e amps e dos pioneiros anos do death metal português, no início da década de 90. Que viagem!

No final de Março de 2021, a Arte Sonora e a EARPRO, representante ibérica da prestigiada marca de microfones Shure, promoveram o webinar “SHURE MOTIV: Soluções de Microfones para Streaming & Home Recording”, sobre os diferentes modelos de microfonia digital da gama MOTIV e como são extraordinárias ferramentas para criadores como podcasters, vloggers, músicos ou jornalistas. Ainda podem encontrar o vídeo e áudio desse evento no artigo que lhe dedicámos.

À boleia dessa iniciativa, a Shure incitou-nos a desenvolver a parceria e criar um podcast Arte Sonora. Era algo que tardava e, com esse empurrão final, decidimos criar o “Arte Sonora Powered By Shure”. Para episódio piloto decidimos colocar frente a frente o Nero, o nosso actual editor, e a Tânia Ferreira, fundadora da Arte Sonora e primeira editora da revista.

No segundo episódio, entramos num tópico mais prático. Quais os melhores microfones para gravarem os vossos projectos, musicais ou de comunicação. Assunto de “pano para mangas” que procurámos simplificar. O que tentamos fazer também no terceiro episódio, no qual versamos sobre bons microfones de gamas mais económicas e o que é essencial “micar” na vossa sala de ensaios e depois, quando derem o pulo, em pequenas e médias produções, em palcos como o extinto Sabotage, o RCA Club ou mesmo o Musibox e todas as salas desse género.

Depois desses episódios, de certa forma, mais maçudos, convidámos o Luís Simões para nos falar do mais recente álbum dos Saturnia, o qual louvámos na nossa review. Partindo daí, juntou-se à conversa o Tó Pica. Entre ambos, partilham uma carreira em dois dos principais pilares do death metal português, os Shrine e os Sacred Sin.

Recordam o pioneirismo desses tempos em que o metal ainda era algo incompreendido no meio dos estúdios e engenharia de som, ainda que os metaleiros fossem uma comunidade muito mais apaixonada e coesa. por isso se partilham histórias sobre o lendário “Marshall da Célia”, sobre a chegada de uma carrinha de tintas, sobrelotada com headbangers à boleia, a Pernelhas (pequena localidade nos arredores de Leiria), e sobre a carrinha do Costa, essa ambulância, na sua função original, que transportou metade da cena heavy e do underground luso por todo o país naqueles anos, hoje reformada…

Mas ambos falam também sem rodeios das suas carreiras e de como, a certa altura, os espartilhos estéticos do metal os afastaram da cena e, curiosamente, os fez regressar. Simões assume a sua incompreensão e a injustiça na saída dos Blasted Mechanism, dos anos selvagens em que foi roadie dos Ena Pá 2000 e como gravou o mais recente LP dos Sacred Sin, “Grotesque Destructo Art” (2017), deixando ainda no ar que o futuro está aberto para os Shrine (sim, já ouvimos essa anteriormente, seu malandro). Tó Pica, fala-nos do seu trabalho a solo, do disco que está a preparar com a sua histórica banda e ofereceu-nos a ESTREIA EXCLUSIVA de um single para vindouro álbum semi-acústico, a lindíssima balada pós-grunge, “My Sun”.

Disparem o player (também disponível em Apple Podcasts e Youtube)!

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