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AS10: performances musicais dos Óscares

AS10: performances musicais dos Óscares

Tiago Varzim

A noite mais importante do ano para a Sétima Arte é, anualmente, brindada com actuações dos melhores artistas internacionais. Uns mais nervosos, outros mais à vontade. Uns com melhores condições sonoras de que outras, seja dita a verdade.

Agora é inevitável, pelo alcance da emissão dos Óscares, considerar algumas destas actuações como as mais memoráveis para a cultura contemporânea. A Arte Sonora escolheu 10 das muitas interpretações nos Óscares para que te prepares bem para a emissão de dia 22 de fevereiro!

1. Adele – Skyfall (Óscares 2013)
Anunciada por Jennifer Lawrence, a intérprete britânica chegou e conquistou. A entoar a theme-song do mais recente filme do James Bond, “Skyfall”. Esta foi a primeira vez que Adele interpretou o tema de 007  acompanhada por uma orquestra ao vivo. A somar a uma atuação já por si só emocionante, Adele somou, ao Grammy e ao Golden Globe, um Óscar de Melhor Canção com “Skyfall”. A noite não poderia ter corrido melhor à artista britânica, ora espreita:

2. Bruce Springsteen – Streets of Philadelphia (Óscares 1994)
“Streets of Philadelphia” foi a primeira música que Springsteen escreveu de propósito para um filme. No mesmo ano em que actuou nos Óscares, em 1994, venceu na categoria de Melhor Canção Original. A música “Streets of Philadelphia” pertencia filme sobre SIDA protagonizado por Tom Hanks: “Philadelphia”. Calma, esta é uma balada para se ouvir sem grande distracção à volta:

3. Celion Dion – My Heart Will Go On (Óscares 1998)
1998 foi o ano de “Titanic”. O filme tornou-se um clássico, visto vezes sem conta, e um dos filmes mais bem sucedidos de sempre. Para ajudar, Celine Dion interpretou a balada fortíssima que ficou no ouvido de todos (os fãs e os não-fãs): “My Heart Will Go On”. O tema venceu o prémio de Melhor Canção Original, tal como a equipa de James Cameron venceu a maior parte dos principais prémios dos Óscares desse ano. Na interpretação que fez na cerimónia, Celine Dion montou uma performance à medida do evento e do blockbuster que representava: uma orquestra gigante, toda de branco, é o fundo desta balada crescente iluminada pelo fumo branco e pela voz de Celine que se apresentou simples, sem distracções. A única distracção é mesmo o poder da voz da cantora:

4. Bon Jovi – Blaze Of Glory (Óscares 1990)
Em 1990, os Bon Jovi não ganharam o prémio de Melhor Canção Original, perdido para Madonna e a sua “Sooner or Later” do filme “Dick Tracy”. No entanto, a banda fez-se notar em palco com “Blaze of Flory”, mais uma balada, que foi escrita para “Young Guns II”. Com um cabelo que Jon Bon Jovi não deve querer recordar agora, o cantor esforçou-se na voz e, apoiado pela sua banda, foi bem sucedido em trazer um pouco mais de rock n’roll aos Óscares.

5. Bjork – I’ve Seen It All (Óscares 2001)
Apenas pouco mais de dois minutos. Foi esse o tempo que Bjork demorou para ficar na história dos Óscares. Apesar de parecer nervosa, a cantora islandesa deu nas vistas pelo vestido quando interpretou “I’ve Seen It All” do filme “Dancer in the Dark”, onde a cantora passa ao papel de actriz. Muito simples, a música vive da simplicidade da orquestra e da interpretação peculiar de Bjork. Críticas à parte, a verdade é uma: a cantora marcou pela diferença.

6. U2 – The Hands That Built America (Óscares 2003)
Tal como os Bon Jovi, os U2 trouxeram o rock n’roll ao palco da cerimónia da 7.ª Arte. A banda irlandesa interpretou “The Hands That Built America”, a canção de “Gangs of New York” do realizador Martin Scorsese. Dando protagonismo total à voz de Bono, que se sobressai durante toda a performance, “The Hands That Built America” fala de imigrantes nos EUA, em especial dos irlandeses, daí a importância do momento.  Nem a banda nem os vídeos atrás a passar se sobressaem: o protagonismo vai mesmo todo para a voz de Bono.

7. Les Miserables – Medley (Óscares 2013)
Os Óscares de 2013 foram o primeiro e talvez único momento em que vimos, ao vivo, o elenco de “Les Miserables” todo junto a cantar as várias canções do filme que ficará para sempre na memória dos fãs de musicais. Hugh Jackman, Anne Hathaway, Russell Crowe, Amanda Seyfried, Eddie Redmayne, Samantha Barks, Aaron Tveit, Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter subiram ao palco para interpretar, entre muitas outras canções, “Suddenly”, o tema que estava em competição para Melhor Canção Original. “One Day More” também lá está, ora espreita:


8. Shirley Bassey Goldfinger (Óscares 2013)
Não é todos os dias que se faz 50 anos. Para fazer um tributo aos 50 anos de James Bond, Shirley Bassey interpretou a eterna canção ligada aos filmes: “Goldfinger”. Brilhante (em vários sentidos), Bassey não perdoou e fez sucesso perante o público dos Óscares com a balada fortíssima de 1964. Esta foi a primeira vez que a escocesa actuou na cerimónia da 7.ª Arte. A cantora foi precedida de um vídeo comemorativo com imagens dos vários filmes:

9. Bob Dylan – Things Have Changed (Óscares 2000)
“Things Have Changed” foi escrita para o filme “Wonder Boys” e o resultado foi positivo: a canção ganhou o prémio de Melhor Canção Original em 2000. No mesmo ano, Bob Dylan interpretou “Things Have Changed” a seguir a ter ganho o Óscar a partir da Austrália.

10. Michael Jackson – Ben (Óscares 1973)
Com apenas 14 anos, Michael Jackson já andava nos grandes palcos. Em 1973, o cantor actuou na cerimónia com a canção “Ben”, uma balada produzida para o filme com o mesmo nome. Jackson não ganhou o Óscar de Melhor Canção Original, mas o tema teve tanto sucesso que foi número 1. “Ben” foi o primeiro hit de Michael Jackson a solo, ainda quando estava nos Jackson 5.