Quantcast
Os Amps de “Master Of Puppets”

Os Amps de “Master Of Puppets”

Redacção

Aclamado por muitos como “O” álbum dos Metallica, “Master Of Puppets” marcou também uma nova era sónica na banda através do seu arrojado rig de amplificação de guitarras, que misturava Mesa/Boogie e Marshall.

“Master of Puppets” foi lançado originalmente a 3 de março de 1986, pela Elektra Records, e tornou-se o primeiro álbum dos Metallica a conquistar a marca de Platina no mercado norte-americano. O álbum recebeu 6 Platinas nos Estados Unidos e vendeu mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo.

Em 2016, o álbum tornou-se o primeiro álbum de metal a ser integrado no registo discográfico da Biblioteca do Congresso dos EUA para preservação, uma honra que é dada a todas as obras «com uma importância significativa a nível cultural, histórico e estético».

Se quisermos aproveitar as palavras de Mike Portnoy, elucidativas sobre a capacidade da banda nessa época: «Os primeiros dos Metallica tinham todos instrumentais e estavam todos praticamente enraizados em Cliff [Burton]. Quando chegaram a “Master Of Puppets”, “Orion” era a sua obra-prima instrumental e tinham aperfeiçoado a fórmula. Foi tão bem executado e podia-se dizer que toda a secção clássica do meio veio de Cliff, porque a orquestração do baixo era tão insana. Quando Cliff morreu, John Petrucci, John Myung e Kevin Moore estavam em minha casa quando soubemos. Lembro-me de que ouvimos “Orion” e chorei como um bebé. Atingiu-me mesmo com força. Penso sempre nesta canção como a sua obra-prima».

O àlbum marcou uma nova era de poder sónico na banda. No início, tanto Kirk Hammett como James Hetfield, usavam Marshall até, no “Master Of Puppets”, terem experimentado os Mesa Boogie Mark IIC+, ainda que nesse álbum as secções de preamp dos modelos estivessem ligadas a poweramps Marshall. Vejamos…

O Mesa-Boogie Mark IIC+ (re-wired como pre-amp) tem a reputação de ser um dos melhores amps da marca, muito aproximado ao clássico Mark I, graças aos seus canais de ritmo principalmente. O Mark IIC tinha um sistema de foot switch bastante silencioso e, na época, a novidade das modificações no circuito de reverb. Foi o último modelo da gama Mark II a ter um canal lead tão sensível e a contar com um circuito de tão grande qualidade nos componentes no loop de efeitos.

Portanto, neste álbum Os Metallica ligavam os prés dos Mesa à secção de potência dos clássicos Marshall JCM800 2203. Haverá amp de 100 watts na história da Marshall mais aclamado que este? Derivado do lendário cabeço Plexi, foi um dos primeiros amps da Marshall a ter o controlo Master Volume. Epítome de simplicidade e poder desenfreado, o JCM800 é um single channel completamente valvulado sem reverb ou outros efeitos no circuito. Nas colunas, uma clássica parede 4×12 da Marshall.

A partir daí fidelizaram-se com os Boogie, com Hetfield a usar por vários anos as cabeças Triple Rectifier e os preamps TriAxis, além disso, nos sons limpos o músico usou bastante o famoso Roland JC-120, o Jazz Chorus. Já Hammett usou, até 2007, os Dual Rectifier da Boogie que trocou pelo seu Randall de assinatura, o RM 100KH.

Enfrentamos tempos de incerteza e a imprensa não é excepção. Ainda mais a imprensa musical que, como tantos outros, vê o seu sector sofrer com a paralisação imposta pelas medidas de combate à pandemia. Uns são filhos e outros enteados. A AS não vai ter direito a um tostão dos infames 15 milhões de publicidade institucional. Também não nos sentimos confortáveis em pedir doações a quem nos lê. A forma de nos ajudarem é considerarem desbloquear os inibidores de publicidade no nosso website e, se gostam dos nossos conteúdos, comprarem um dos nossos exemplares impressos, através da nossa LOJA.