Quantcast
RAMMSTEIN: Falámos com o guitarrista Paul Landers

RAMMSTEIN: Falámos com o guitarrista Paul Landers

Redacção

Em 2009 os Rammstein deram um concerto no Pavilhão Atlântico, a AS recorda a entrevista com Paul Landers.

Como é que funcionam enquanto banda? 
Nós trabalhamos sempre em conjunto, não existe um compositor principal na banda.É tudo trabalhado e feito em conjunto, claro que alguns de nós trazem uma base para as novas músicas, mas depois é tudo feito entre todos. Se alguém quer assumir a composição total de um tema, os outros ficam muito mal dispostos! Até agora é  esta unidade criativa que tem ditado as músicas de Rammstein e tem corrido bastante bem assim!

Olhando para trás, revisitando toda a vossa carreira, conseguem identificar qual o ponto de viragem? 
Não sentimos nenhum momento especial de viragem na nossa carreira. A nossa carreira teve uma progressão muito gradual, as coisas foram acontecendo… Lembro-me de termos estado há muitos anos em Portugal numa sala muito pequena e hoje em dia estamos aqui [Pavilhão Atlântico] numa sala muitíssimo maior. Isto tem a ver com muito trabalho e dedicação que desenvolvemos todos estes anos, mas é realmente compensador. Trabalhámos sempre muito! Claro que podemos isolar alguns pontos muitíssimo importantes, como o convite do David Lynch para participar no “Lost Highway” ou a participação no “Triple X”, que serviram para nos expor a um novo tipo de público e obter uma maior exposição; mas no fundo não passou de suscitar a curiosidade.

Os Rammstein são hoje um dos expoentes máximos do Rock Industrial. Ouvindo as vossas músicas consigo imaginar algo de Laibach, não só musicalmente mas também a nível de imagem. Sentem-se de alguma forma ligados aos Laibach? São uma das vossas referências? 
Os Laibach são mesmo uma referência para os Rammstein. Gostamos todos muito deles e ainda hoje dia isso se reflecte na nossa música. Por exemplo a primeira música do nosso último álbum, “Rammlied”, tem um riff muito inspirado neles.

Trabalhamos sempre em conjunto, não existe um compositor principal na banda.

Todos vocês vinham de outros projectos musicais e de estilos diferentes. O que é que vos uniu? 
Gostamos todos de estilos muito diferentes, mas quando nos juntámos houve algumas razões que nos fizeram criar uma nova banda. Estávamos insatisfeitos com as bandas onde tocávamos, mas não as queríamos deixar. Os Rammstein começaram por ser uma banda paralela onde todos decidimos que era a banda onde podíamos fazer tudo o que quiséssemos! Passado algum tempo começámos a perceber que nos sentíamos todos muito bem juntos e mais satisfeitos aqui do que nas outras bandas e decidimos avançar a sério. Outra coisa muito importante foi todos nós termo-nos separado das nossas mulheres, o que nos deu muito tempo para tocar! Mas não se preocupem que agora já todos temos mulher. (risos)

Uma vez que já  vieram tantas vezes a Portugal, o que é que conhecem do nosso país?
Os Moonspell, a comida portuguesa, o galão, que agora é muito famoso em Berlim, e claro, o Vasco da Gama!

Foto: Carina Martins