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Stig Pedersen: Viagem Pelo Estranho Mundo dos Baixos Personalizados dos D.A.D.

Stig Pedersen: Viagem Pelo Estranho Mundo dos Baixos Personalizados dos D.A.D.

Nuno Sarafa
Inês Barrau

Quando se completa um ano desde o último concerto dos dinamarqueses em Portugal, lembrámo-nos de fazer uma visita guiada pelos estranho mundo dos baixos personalizados de duas cordas utilizados por Stig Pedersen nos D.A.D..

Quando se formaram na Dinamarca, no início da década de 1980, chamavam-se Disneyland After Dark, mas mudaram o nome para D.A.D. para evitar um possível processo judicial da The Walt Disney Company. Formados por Jesper Binzer, Stig Pedersen, Jacob Binzer, Laust Sonne, Peter Lundholm Jensen e Lene Glumer, alcançaram o primeiro sucesso internacional em 1989 com o álbum “No Fuel Left For The Pilgrims” e foram sempre conhecidos não só pelo seu rock, mas também por usarem, por vezes, trajes ou decorações de palco, no mínimo, diferentes.

Para dar um exemplo, em meados da década de 1990, o baixista Stig Pedersen vestiu-se de toureiro e tocou com um baixo em forma de azeitona. Uma biografia no website da banda menciona outros exemplos, incluindo quando exibiam um peixe gigante de sete metros de comprimento com luzes que se assemelhavam ao peixe na capa do seu álbum de 1995 “Helpyourselfish”.

Agora, e numa altura em que se celebra um ano desde a última passagem da banda nórdica por Portugal – Hard Club (Porto) e Capitólio (Lisboa), onde trouxeram a sua “A Tour For The Loud” -, a AS recorda os (estranhos) baixos usados por Stig Pedersen, todos com apenas duas cordas (Mi e Lá). Porque, como explica o técnico de equipamento dos D.A.D. Troels Bjorn no vídeo que podes ver mais abaixo, confirmando ainda o paredão de TC Electronic e Ampeg, «four strings are for pussies».

Os instrumentos são construídos pela Sandberg Guitars e, na sua maioria, parecem usar pickups tipo Delano PMVC4 FE/M2 4 String Precision Size Split Coil, mas parecem versões da própria marca. Todavia, não o podemos afirmar com certeza, o mesmo acontecendo com os restantes specs. Tudo meio secreto. A Sandberg, se assim o decidirem, aceitas encomendas maradas de bom gosto e também tem um serviço de personalização aos seus modelos de produção normal.

A Cruz de Ferro da Prússia, do Império Alemão e do III Reich, com cabeça de avião alemão da I Grande Guerra é o segundo baixo mais utilizado por Pedersen nos seus concertos. Troels Bjorn diz que talvez seja por isso que a banda toca tantas vezes na Alemanha.

O modelo com a caveira de vaca, também muito utilizado por Pedersen, até porque representa o logótipo dos D.A.D.

“The car bass” é um baixo construído a partir de peças de um Opel antigo, neste caso, o corpo do baixo é feito a partir da peça que sustenta o farolim traseiro de um carro.

O perturbador Jazz Bass, com um corpo com desenho de uma gigante cabeça de baixo e a cabeça tem a forma de um corpo JB.

O modelo foguetão, também ele um ícone, muito utilizado por Pedersen, tem já 35 anos de idade. Terá este baixo ido à Lua?

Este é o mais recente modelo, o baixo iPhone, que tem dado muito que falar por esse mundo fora. A grande particularidade deste baixo é que o ecrã funciona mesmo, sendo inclusivamente utilizado para projectar imagens durante os concertos dos D.A.D.

Finalmente, podes assistir ao vídeo em que o técnico de equipamento da banda dinamarquesa explica tudo o que precisas de saber sobre o gear utilizado por Stig Pedersen. Reforçando que o backline usado no memorável concerto no Hard Club não corresponde às dimensões do que é apresentado neste vídeo.

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