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Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, Acústica & Coração de Cristal

Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, Acústica & Coração de Cristal

Redacção

O Engenheiro Rui Ribeiro explica-nos a evolução de um projecto que teve como objectivo preservar a identidade do edifício do Pavilhão Rosa Mota (agora também Super Bock Arena), bem como assegurar a acústica para todos os tipos de eventos. Fotografias e imagens dos estudos acústicos acompanham esta compreensiva entrevista.

Depois de um rigoroso plano de intervenção e da implementação de mecanismos de engenharia inovadores, renasceu um dos edifícios mais emblemáticos da cidade do Porto. O parque do Palácio de Cristal foi demolido em 1951 para dar lugar ao Pavilhão dos Desportos. Este, em 1991, ganhou o nome Pavilhão Rosa Mota, de forma a homenagear a ilustre atleta e os seus espectaculares feito na década de oitenta. A maratonista conquistou a medalha de bronze nos Olímpicos de ’84, em Los Angeles, e o ouro em Seoul, um ano depois de ter sido Campeão do Mundo em Roma (1987). Foi ainda Campeã Europeia em três ocasiões.

Isto para dizer que se compreende absolutamente a resistência da Invicta em ver o nome da sua estimada “filha” desaparecer em prol de uma marca. Felizmente, o consórcio Círculo de Cristal, constituído pela Lucios e pela PEV Entertainment, foi sensível à vontade da população portuense e o novo espaço multi-funcional foi inaugurado no dia 28 de Outubro de 2019, com o nome Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota.

O novo espaço está dotado das mais modernas tecnologias e tem capacidade para acolher até oito mil pessoas em eventos culturais, desportivos e empresariais de grandes dimensões. Dada a proximidade do edifício a alguns dos marcos arquitectónicos mais emblemáticos da cidade, o Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota irá também actuar enquanto pólo de dinamização cultural.

Uma das grandes novidades do projecto é a criação de um Centro de Congressos, no piso -1, composto por um auditório em anfiteatro, com capacidade para 532 lugares, uma zona de exposição e quatro salas planas destinadas a eventos empresariais. Os eventos corporate podem ainda decorrer na arena, que conta com capacidade para 5.500 lugares sentados. As bancadas retrácteis são uma das inovações do Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, uma vez que permitem adaptar o espaço não só ao conceito do evento, como também ao número de pessoas previsto. Respeitando a arquitectura exterior, o edifício dispõe ainda de um restaurante com vista para o lago e jardins do Palácio de Cristal, cuja abertura está prevista para o primeiro semestre de 2020, e um food court de apoio à actividade. No primeiro e terceiro pisos é possível aceder às tribunas. Já os 23 camarotes estão localizados no segundo piso.

O projecto do Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota foi concebido salvaguardando práticas sustentáveis, com o objectivo de deixar uma pegada verde na cidade e no país.

O projecto do Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota foi concebido salvaguardando práticas sustentáveis, com o objectivo de deixar uma pegada verde na cidade e no país. Para tal, foram adoptadas medidas que prometem garantir uma maior eficácia energética e optimização dos recursos utilizados. Uma delas consiste na refrigeração natural das máquinas de controlo de temperatura recorrendo à utilização da água do lago dos Jardins do Palácio de Cristal, o que permite reduzir os consumos energéticos e gastos de água em cerca de 40 por cento. A substituição dos vidros existentes na cúpula do edifício por vidro duplo termo-laminado pelo interior e temperado pelo exterior permite tornar o edifício mais eficiente do ponto de vista energético. A adopção de sistemas de iluminação eficiente – como lâmpadas LED – e práticas responsáveis de tratamentos de resíduos são outras das opções sustentáveis adoptadas pelo novo espaço.

Uma das preocupações na concepção do novo Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota foi assegurar a acústica do espaço, indispensável para receber todo o tipo de eventos. Ao longo de toda a estrutura da cúpula foi colocada uma multi-camada com mais de 40 centímetros de lã de rocha, assim como uma tela acústica que cobre os gomos da cúpula (espaços entre pilares). Esta tela foi devidamente recortada e adaptada a cada óculo de forma a evitar qualquer impacto visual. Os 768 óculos que fazem parte da cúpula do edifício – uma das imagens de marca – mantêm-se, com o objectivo de preservar a identidade arquitectónica exterior.

Foi sobre esta vertente que conversámos com o Engenheiro Rui Ribeiro, da Amplitude Acoustics, que nos explicou as intervenções de reabilitação, as quais pudemos testemunhar, posteriormente, numa visita ao Porto e à renovada arena.

Qual é a capacidade máxima da sala? A sua delimitação obedeceu a que critérios?
Para espectáculos, a capacidade da sala é de 8.500 pessoas, com a possibilidade de adaptação do espaço a diferentes modelos: colocação de palco (central ou lateral) e moldura de público (que poderá ocupar a “arena” central ou não e ter mais ou menos lugares de bancada). Nos eventos desportivos, é possível receber 5.500 pessoas, adaptando a sala a diferentes modalidades: Andebol, Ténis, Basquetebol e Voleibol. Em congressos e seminários, a capacidade é de 4.700 pessoas, com adaptação para formação de uma ou mais salas de reunião e sala de refeições. Desde uma fase tão embrionária quanto a de preparação da proposta de concurso, no início de 2015, foi identificado o desempenho acústico como factor crítico de todo o processo de Reabilitação, Requalificação e Exploração do então Pavilhão Rosa Mota/Palácio de Cristal. Atendendo ao novo uso e exploração prevista foi definida uma estratégia que passava por garantir que a resposta acústica da sala fosse adequada, pois iria impactar de uma forma indelével na experiência do público. Do ponto de vista de condicionamento acústico, a estratégia de desenvolvimento de projecto considerou o contexto conferido pelo objecto arquitectónico a reabilitar: edifício de elevado valor patrimonial e simbólico que importava preservar; e edifício cujo uso inicial, e espaços que o compunham, não correspondiam às necessidades do novo programa de utilização. Este contexto implicava que o ponto de partida não fosse uma “folha em branco”, mas sim um edifício que, para o novo programa de utilização, apresentava uma volumetria excessiva, uma forma desadequada e um problema de reverberação (com um elevado decaimento, em particular às baixas frequências) que era conhecido, reconhecido e um dos motivos fundamentais para a inexistência de promoção de concertos e similares num passado recente. Estava assim definido, do ponto de vista acústico, o “Triângulo das Bermudas” ou, se preferirem, a “Circulatura do Triângulo”!

A acústica da sala responde melhor a algum tipo específico de espectáculo?
Dada a capacidade e dimensão do espaço, o objectivo principal foi sempre adaptar a resposta acústica para sistemas de amplificação, assegurando uma utilização o mais versátil possível. Esta versatilidade não se limita a géneros musicais, mas também a configurações, razão pela qual, por exemplo, não é evidente qual a “parede de fundo de palco”. Para este objectivo, tornou-se evidente que, durante um espectáculo, seria ideal que a resposta do espaço fosse linear, isto é, não existam distorções em frequência, introduzidas pela resposta da sala. Em música amplificada, como um concerto pop/rock, a sala deve possuir uma resposta linear ao longo do espectro, com um maior controlo das baixas frequências de modo a garantir as melhores condições para o sistema electroacústico e para os técnicos que os operam. No entanto, um dos eixos definidos para a intervenção de condicionamento acústico foi evitar a criação de um espaço tendencialmente “anecoico”, pois isso iria impactar negativamente na experiência do público, na comunicação biunívoca entre palco e audiência e na vivência do espaço. Um dos factores de maior complexidade, ao longo de todo o processo, foi o de garantir um equilíbrio entre as necessidades que os diferentes intervenientes (músicos/artistas, técnicos de som e público) têm para um espaço desta natureza.

As cadeiras (modelo “Porto”) são exclusivas em Portugal e foram concebidas para a Super Bock Arena. Como surgiu a ideia e o design, quais são os materiais utilizados e qual é a principal vantagem de as ter na sala?
Um dos principais problemas em controlar a acústica de salas com esta dimensão, na ordem das dezenas de milhares de metros cúbicos, é o tempo de reverberação excessivo. Este parâmetro acústico é directamente dependente do volume e tipo de superfícies que revestem o espaço. O design das cadeiras surgiu como uma forma de aumentar a área de superfícies absorventes na sala, com recurso ao revestimento parcial com materiais fonoabsorventes, enquanto introduz uma difracção significativa à passagem do som (contribuindo para uma distribuição energética, ao longo do tempo e no espaço, mais linear). Durante a fase inicial de projecto, aquando da definição de critérios e dimensionamento das soluções construtivas, foi definido o valor objectivo para o coeficiente de absorção sonora das cadeiras, na condição ocupada e desocupada. Durante a fase de concepção e preparação do protótipo da cadeira, em colaboração com o fabricante, foram definidas as características geométricas e de materiais para o seu fabrico. Posteriormente foi produzido um número limitado de cadeiras para que pudessem ser ensaiadas em laboratório (previamente à instalação). Desta forma foi possível identificar e controlar, antes da respectiva instalação, a contribuição que as cadeiras teriam na resposta acústica da sala. Uma das principais vantagens da estratégia seguida é garantir que, mesmo com a sala sem público, existem áreas de absorção sonora nos diferentes planos. Isto é bastante importante durante os ensaios e o soundcheck dos eventos, para garantir que a diferença entre a sala vazia e a sala com público é, tanto quanto possível, controlada, facilitando e encurtando os tempos de adaptação aos diferentes intervenientes e utilizadores da sala.

Que materiais foram especialmente aplicados para melhorar a acústica da sala?
Em projectos desta magnitude são sempre necessários vários tipos de materiais, com funções distintas. A leitura do espaço foi, desde o início, uma preocupação, pelo que é possível afirmar que o tratamento acústico é quase invisível. Maioritariamente, foram utilizadas diferentes densidades e espessuras de lã mineral, que proporcionam absorção sonora, conjugadas com painéis ranhurados e perfurados, que criam diferenças de impedância e introduzem dispersão da energia sonora. Cumulativamente, foi também necessário minorar o efeito da forma geométrica, com a introdução de um painel rígido na cúpula, que pretende reduzir alguma da concentração de energia em determinados pontos. Acrescem ainda os cortinados que configuram o palco ou permitem a separação da sala, em diferentes dimensões e capacidades.

 

Todas as vossas necessidades estavam presentes em Portugal ou fizeram encomendas internacionais?
Dada a dimensão do edifício e a imponência da nave principal era imperioso definir soluções expeditas para actuação nas mais diferentes superfícies e salvaguardando a viabilidade de todo o investimento. Assim, foram desenvolvidas algumas soluções dedicadas para este projecto com base em matérias primas e fornecedores nacionais. Todavia, o processo de tomada de decisão e selecção destas soluções teve por base uma análise de custo-benefício constante, acompanhada por vários ensaios em laboratório de provetes das diferentes alternativas. A título indicativo, para a intervenção na cúpula foram previamente testadas, em laboratório, quatro opções em diferentes configurações (14 no total). Acresceu ainda que durante a fase de construção, em momentos chave, foram realizados ensaios de caracterização acústica para permitir o controlo do processo, actualização e validação dos modelos de cálculo. Durante as últimas fases de construção, a periodicidade de ensaios foi mensal (ou até pontualmente semanal), o que permitiu que pequenos ajustes fossem introduzidos no decorrer da obra. Esta metodologia veio a comprovar-se fulcral no desempenho final do espaço e no controlo do investimento. Uma das dificuldades em obras desta dimensão, com várias equipas a trabalhar em simultâneo, é a capacidade de aprovisionar recursos, que muitas vezes sofrem alterações de detalhe, de forma célere, seja por novas condicionantes em obra ou necessidade de adaptação das soluções. Excepção feita às cadeiras, todas as soluções foram facultadas por fornecedores nacionais, o que beneficiou, e muito, todo o processo. É importante também salientar e saudar o trabalho e empenho de todos os elementos da equipa, não só da equipa da Amplitude Acoustics, mas de todos os intervenientes desde equipa de projecto, fiscalização, construção e Sócios responsáveis por este desafio, sem os quais o resultado nunca teria sido possível.

A zona da sala que mereceu maior atenção durante todo o processo foi, sem dúvida, a cúpula, dada a sua dimensão e forma geométrica (que introduz fenómenos muito complexos e com maior incerteza na sua previsão)

Qual foi a zona da sala onde a intervenção acústica foi mais intensa e completa?
A nave principal… Por um todo! Embora provavelmente não seja imediato à primeira vista, praticamente todas as superfícies interiores da nave principal foram alvo de tratamento acústico. No entanto, a zona da sala que mereceu maior atenção durante todo o processo foi, sem dúvida, a cúpula, dada a sua dimensão e forma geométrica (que introduz fenómenos muito complexos e com maior incerteza na sua previsão). A preocupação em manter uma leitura estética que não alterasse a imagem do espaço, as limitações estruturais a nível de carga ou a dificuldade acrescida dos trabalhos em altura, fosse na montagem momentânea ou em trabalhos futuros de manutenção, obrigou a soluções de baixo peso, fáceis de aplicar e esteticamente coerentes com o espaço.

A enorme cúpula apresenta que tipo de problemas para a acústica geral da sala?
O principal problema da cúpula é a introdução de grandes níveis de energia, concentrados, que podem ser prejudiciais na nossa experiência auditiva quando não são devidamente tratados. Isso levou a que utilizássemos diferentes materiais, como já descrevemos anteriormente, e fosse introduzida uma concha reflectora, no corolário da sala, que tem como principal objectivo quebrar a forma geométrica, introduzindo ao mesmo tempo dispersão, distribuindo alguma da energia gerada nesta zona por toda a sala e evitando que existam pontos de foco evidentes. Por outro lado, tratando-se de um elemento em betão, ainda com uma espessura significativa, confere isolamento acústico (fundamental para a protecção da envolvente próxima), mas não permite que a energia se dissipe para o exterior, como acontece na maioria deste tipo de espaços.

Simulação da distribuição dos níveis de pressão sonora antes e após a intervenção modelados para uma dada fonte sonora e para o mesmo instante. Código de cores indica uma diferença de cerca de 25 dB entre cores quentes e frias.

Nos testes de som executados antes e depois da intervenção, qual foi o foco de estudo principal?
A sala apresentava uma reverberação excessiva e reconhecida, sobretudo às baixas frequências, como referido. A forma circular da sala também tornava a imagem auditiva confusa, onde podíamos ter alguém a falar à nossa frente e o som chegar-nos pelas costas. Estas características tornavam a sala muito desconfortável em qualquer cenário e quase inutilizável em eventos musicais. Existiam já critérios-objectivo, que foram definidos entre a Amplitude Acoustics e o Consórcio internamente desde a fase de concurso que remonta a 2015. As medições acústicas que foram levadas a cabo inicialmente permitiram-nos ter uma fotografia global do existente e identificar uma série de problemas-chave, já elencados, e que se centravam em três grandes vértices: o volume (muito elevado), a forma geométrica, com todos os problemas que as formas abóbadas representam, e o tempo de reverberação às baixas frequências, que se alongava para além dos 10 segundos. Um desafio à dimensão e história deste espaço! As medições foram realizadas recorrendo a instrumentação dedicada à caracterização da resposta acústica de salas. Para tal, entre outras, foi utilizado um sistema com recurso a um tetra-mic que permite a captação espacial e temporal do sinal acústico. Complementarmente, e tendo em conta uma volumetria inicial próxima dos 90.000 m3 e a necessidade de excitar uma gama alargada de frequências (incluindo as baixas frequências), recorreu-se não só a fontes do tipo dodecaédricas, como também a PA com subwoffers com capacidade de gerar os níveis sonoros suficientes para garantir a correcta excitação da sala e a necessária relação sinal-ruído. Após as medições iniciais foi modelada e validada a sala existente, com recurso a ferramentas de cálculo próprias e softwares de modelação e previsão acústica (ex.: CATT Acoustics).

E depois dessa primeira fase?
Este processo foi evoluindo e adaptado ao longo da sua execução, com vários levantamentos acústicos a acontecerem em momentos-chave, como por exemplo numa fase inicial após a remoção das bancadas, ou após a limpeza de todo o betão da cúpula, que estava revestido com um material muito absorvente às altas frequências, ou mais tarde após a conclusão do revestimento da cúpula. Este controlo permite uma comparação contínua com as previsões, de forma a garantir que as opções de projecto primeiro e depois a instalação de soluções evoluía no sentido pretendido. Nas últimas fases de obra, além da verificação dos critérios de projecto, tentamos ainda compreender o comportamento da sala com a utilização de sistemas de PA, o que levou a afinações de detalhe. Esta fase final foi muito importante, porque conciliamos as ferramentas de previsão de cálculo, que são aproximações da realidade, com informação real da evolução da sala. Assim, em tempo útil, pudemos analisar os vários elementos que fariam parte do dia-a-dia do espaço, integrando e optimizando-os em diferentes configurações, com a introdução de elementos direccionados para a resposta final da sala. Após a inauguração do espaço, temos também abordado directamente técnicos e músicos para avaliar os resultados de forma mais qualitativa. No final, aquilo que permite avaliar o sucesso do projecto, não são só os valores numéricos dos parâmetros acústicos medidos por equipamentos, mas sim o que os nossos ouvidos nos indicam e a experiência que nos fica na memória. Até agora, as críticas dos vários intervenientes que têm passado pela sala têm sido francamente positivas.

Tetra mic utilizado durante as medições. Foto: Isabel Cardoso

Fonte sonora e esquema de PA utilizado na fase de caracterização acústica inicial. Foto: Isabel Cardoso

Distribuição tridimensional dos vectores de intensidade sonora para o intervalo temporal de interesse (IRIS Software)

Como comunicam com os técnicos de som que trabalham a sala?
Nesta primeira fase a comunicação tem sido directa. Temos acompanhado os momentos de soundcheck, ouvido os concertos e estado em contacto directo antes e depois de cada momento chave com os principais intervenientes. Esta abordagem tem-se demonstrado muito valiosa, pois permite construir uma aprendizagem da resposta da sala e comprovar alguns conceitos e premissas definidas inicialmente. Estamos a recolher e sistematizar informação para que, findo este período inicial, possamos partilhar um guia e informação dos principais aspectos acústicos a ter em linha de conta.

Há algum lugar da sala que ofereça melhor experiência de som em relação a outros: o sweet spot?
Com uma capacidade de cerca de 8.000 lugares não temos propriamente um “sweet spot”, mas sim “sweet areas”! Com a intervenção implementada foi obtida uma distribuição sonora uniforme e generalizada na sala, permitindo uma maximização do alinhamento entre a qualidade acústica e a estrutura de preços de bilhetes estabelecida para cada espectáculo. Conseguiram-se assim grandes áreas nas quais a qualidade sonora de cada espectáculo pode ser desfrutada e complementada com a proximidade e linhas de vista que a geometria da sala permite.