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AS10 Pedais 2017

AS10 Pedais 2017

Nero

Não existe “pedais a mais”. Eis a fornada deste ano que comprova essa ideia.

Pedais electrónicos ou analógicos, de sintetização, modulação, distorção ou compressão. Pedais boutique e pedais de série, caros e baratos. Todos os anos se repete a fornada de novos pedais, muitos tratando-se apenas de réplicas ou clones de circuitos lendários, outros inovadores, uns tornam inesquecíveis e indispensáveis e outros apenas estatística. Estes são os 10 modelos que consideramos mais marcantes este ano.

A EHX tem partido tudo com os Organ Machines (B9 e C9), o Key9 Electro Piano Machine e, no ano passado, o Mel9. Agora, estreou o Synth9 Synthesizer Machine. O novo pedal possui novo sons de sintetização vintage: OBX, Profit V, Vibe Synth, Mini Mood, EHX Mini, Solo Synth, Mood Bass, String Synth e Poly VI. Basicamente, pelo nosso lado, enquanto a Electro Harmonix os continuar a “mandar cá para fora”, vão continuar a fazer parte das nossas preferências.

Acabado de ser apresentado, entre mais uma série de pedais bastante económicos da TC Electronic, o Eyemaster Metal Distortion é uma unidade de força bruta, com apenas dois potenciómetros. Volume e Gain. O pedal foi desenhado como uma homenagem ao som do death metal sueco (e particularmente aos Entombed, acrescentamos nós). Não é transparente e não se enquadra bem numa mistura. Não é complexo, nem faz mais “cenas”. É uma máquina sacrílega de decadência.

A BOSS diz que o RV-500 é o mais poderoso e versátil processador de reverb que alguma vez produziu. Se considerarmos que a marca disse o mesmo (e cumpriu) do DD-500, podemos acreditar na afirmação. Esta multifacetada máquina de criação possui uns espantosos AD/DA de 32-bit aos quais se juntam um processamento de ponto flutuante 32-bit/96kHz e imensa “programabilidade”. E com operação true-bypass ou buffered-bypass seleccionável, podem escolher-se as melhores definições para satisfazer as necessidades de qualquer configuração.

Outro modelo da potente gama 500, o MD-500 conta 28 algoritmos diferentes incluídos, com parâmetros extensivos de programação , apresentando uma palete sonora quase infinita para criação. E com um processamento AD/DA de 32-bit de ponto flutuante e frequência de amostragem de 96 kHz, o resultado é uma qualidade sonora pristina. Os efeitos do MD-500 incluem muitos novos tipos de Prime e ainda recriações sónicas autênticas de clássicos vintage como o CE-1 Chorus Ensemble, Dimension D da Roland, script phaser dos anos 70s, tri-chorus dos anos 80s, e inúmeros outros.

O Cock Fight Plus possui um design tradicional de wah e dois filtros diferentes no circuito. Por um lado temos, precisamente o circuito de um pedal wah normal e depois há ainda um filtro de formato para os sons “vogais”. Além disso, pode ser acrescentado um efeito fuzz antes ou após a secção de filtro do pedal (ou removido totalmente do sinal).

O DigiTech CabDryVR Dual Cabinet Simulator é um pedal com uma selecção de 14 respostas de impulso de colunas de guitarra e baixo. Permite operação directa a partir da pedalboard ou pré para a mesa de mistura, monitores ou DAW, sem necessidade de uma coluna real. Possui um par de entradas e saídas, um deles com opção dry path. O controlo CabDryVR Cabinet Tuning Size transforma o pico de ressonância da coluna para criar sons e tamanhos de colunas personalizados. Os níveis de saída independentes permitem equilibrar o volume de cada coluna na mistura.

O DigiTech FreqOut Natural Feedback Creator permite conseguir um feedback “maneirinho” e natural em qualquer volume, com ou sem distorção. O FreqOut é indicado para situações onde o volume necessita de ser moderado (desde o treino em casa ou palcos pequenos). Mas claro que pode ser operado em volume de mega concerto, para focar feedbacks descontrolados nos harmónicos pretendidos. Para isso apresenta os controlos Onset (delay antes do início do feedback), Gain (nível de feedback para equilibrar com o sinal limpo), Dry On/Off.

O coração do EarthQuaker Devices Data Corrupter é o circuito CMOS Phase Locked Loop (PLL) IC. De forma resumida, o PLL “pega” no sinal e analisa-o, comparando a sua fase e frequência com um oscilador e gerando uma resposta proporcional às suas diferenças que depois devolve ao oscilador. Desta forma, o oscilador “tranca” o sinal de entrada e gera uma frequência sintetizada. Simplificando a questão, o Data Corrupter transforma o sinal da guitarra (amplificando-o brutalmente) num fuzz com um formato de onda quadrada antes da sua multiplicação e modulação. O pedal acrescenta ainda harmónicos ao sinal. Um modulador de frequências permite criar pitch-bends no modo Glide ou efeitos laser no modo Vibrato, enquanto que um interruptor rotativo elege um dos oito programas no Master Oscillator, uma espécie de sistema nervoso central do pedal.

O KONGPRESSOR é um compressor com um bypass assombroso – vão esquecer-se que está na pedalboard! Activado, o seu circuito Class A, é transparente quanto baste, mas é inegável que torna o som mais robusto. O resultado é ficarem com um corpo sonoro bem preenchido e massivo, carregado de punch. Os controlos permitem configurar a velocidade de ataque e resposta, o brilho e o nível de compressão, além do volume do efeito.

Após uma década, a Fulltone aprimorou a sua obra-prima, com o OCD V2. As principais melhorias são o novo buffer de output, capaz de manter a consistência sonora, independentemente do que se acrescenta à cadeia do sinal, e ter mais sustain, e a nova secção de input 2N5457 JFET, com uma configuração Class A, que aumenta a impedância anterior de 330K para um monstruoso mega de ohms.