Quantcast


Blackstar Blackfire 200

Inês Barrau

Outra novidade apresentada pela Blackstar na edição da NAMM 2012 de Verão foi o seu primeiro amplificador de assinatura, o Blackfire 200. Baseado no modelo Series One 200 da marca, o Blackfire 200 foi desenvolvido em colaboração com o guitarrista Gus G. (Ozzy Osbourne, Firewind) e carrega a assinatura deste.

O Blackfire 200 é uma central capaz de debitar som a 200 watts de potência, num circuito de amplificação completamente válvulado. O sinal é amplificado por um total de 9 válvulas, distribuídas por 4 válvulas ECC83/12AX7 e uma ECC82/12AU7 na pré-amplificação e 4 válvulas KT88 na amplificação de potência.

As válvulas dão voz a 4 canais distintos – Clean, Crunch, Fire e Fury. Clean e Crunch são as opções de tom limpo, com Clean a proporcionar o tom mais limpo de todos e Crunch a possiblitar um pequeno sabor a saturação. Os canais de overdrive Fire e Fury devem o seu nome a um tema favorito entre os fãs de Firewind, “The Fire And The Fury“. São os canais de ganho alto do amplificador, com Fire a oferecer um tom clássico de distorção pesada e Fury a proporcionar o máximo de saturação que é possível retirar do amplificador.

Cada canal dos quatro tem um potenciómetro de ganho e volume. A equalização de graves, médios e agudos é feita por par de canais, com os canais Clean e Crunch a partilhar uma das etapas de equalização e os canais Fire e Fury a outra. No final dos controlos tradicionais encontramos o potenciómetro de ISF (Infinate Shape Feature), uma função presente em todos os amplificadores Blackstar que permite moldar os médios para um tom mais tipicamente britânico ou americano (ou algo no meio). Segue-se a secção de Master, onde podemos definir a ressonância, a presença e o volume final.

O Blackfire 200 apresenta também outra função exclusiva, presente nos amplificadores Series One. O último potenciómetro é a definição de potência utilizada pelo amplificador, através de um sistema de proprietário da Blackstar chamado de DPR (Dynamic Power Reduction). O DPR pretende ultrapassar um dos problemas enfrentado por todos os que tocam com amplificadores valvulados, o facto de o amplificador ter o melhor tom quando as válvulas estão puxadas ao máximo. Essa saturação impregna o tom de distorção e compressão feitas pelas válvulas de potência, o que geralmente significa volumes elevados. Baixando o volume, perde-se o tom. O DPR funciona como um redutor de potência que permite a redução continua até a um mínimo de 10% da potência original, o que neste caso significa 20 watts de um total de 200 watts, mas sem perda da distorção e compressão que se ouve quando o amplificador está no máximo. A Blackstar também avança que não funciona como um atenuador convencional, na medida em que a atenuação do sinal é feita de forma dinâmica e não acarreta algumas perdas de tom apresentadas por outros equipamentos. Pelo menos em teoria, o DPR permite-nos ter o timbre saturado de um grande amplificador valvulado a volume baixos.

O amplificador apresenta ainda algumas características mais convencionais,  como o um loop de efeitos, controlo de efeitos no loop por MIDI (até um máximo de 128 programas diferentes), footcontroller de quatro vias (incluído) e saída de coluna emulado com conexão balanceada via XLR ou não-balanceada via jack.

O Blackstar Blackfire 200 é a segunda colaboração entre Gus G. e a marca. O primeiro produto a carregar a assinatura do guitarrista foi o pedal de distorção HT-Blackfire. Tal como o pedal, o amplificador será uma edição limitada, e serão apenas produzidos 225 amplificadores Blackfire 200.