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Fender Bassbreaker 15

Fender Bassbreaker 15

Nero

Simples de operar, prestando atenção ao equilíbrio do EQ, com grande corpo de graves e gain para dar e vender.

Os novos Bassbreaker surgiram no final de 2015. A Fender começou por despertar a curiosidade sobre este nova gama com alguns teasers, pejados de rockstars. Foi então confirmado que a linha Bassbreaker arrancava com nove novos amplificadores, incluindo modelos (em versão combo ou cabeça) talhados para estúdio e palco.

A marca americana clama uma exploração de um carácter mais negro da sua tradição, um som que é o «ADN Fender com uma reviravolta». Testámos o modelo Bassbreaker 15.

O Bassbreaker 15 possui, obviamente, 15 watts de potência. A secção de pré-amp tem um trio de válvulas 12AX7 e a secção de power amp ostenta um par de válvulas EL84. O sistema Gain Structure permite três estágios de Gain. Os controlos são simples: Potenciómetro de Gain, alternador de estágio de Gain, EQs (Bass, Mid e Treble), Master Volume e Reverb.

Preparado para facilitar cenários de gravação, o amplificador possui a função Power Amp Mute, emulação de coluna e saída de linha XLR com ground lift. O altifalante é um modelo Celestion V de 12”.

Se sempre procuram uma sonoridade como a dos Fender Bassman ou dos Marshall dos anos 70, o Bassbreaker poderá ser uma solução a considerar. Com um som (embora sem o mesmo headroom), na realidade, mais próximo dos velhos Bassman – principalmente nos sons limpos – este amplificador é uma máquina para uma sonoridade classic rock. O EQ é simples, suficientemente flexível, e com uma acção eficaz, mas necessita de atenção e ser retocado consoante se vai subindo pelos três estágios de gain. Gain é algo que o Bassbreaker tem de sobra.

Corpo de graves denso nos três estágios de Gain. Excelente numa configuração sonora tipo classic rock.

No segundo estágio, o crust que o Bassbreaker oferece (com o potenciómetro de Gain “a meio”) é irresistível e a sua melhor qualidade. Com um corpo de médios consideravelmente excitante, o seu carácter próximo dos modelos Bassman, revela um corpo sólido de graves e espessura sónica.

O terceiro estágio de gain é referido, pela marca, como “Molten Metal”. O que parece um excesso de marketing, revela-se uma surpresa, considerando que falamos de um modelo de 15 watts. Principalmente porque, mesmo no máximo de saturação das válvulas, o amo mantém o perfil do seu corpo sonoro, com um tamanho respeitável de graves.

Já o altifalante (Celestion G12V-70) faz o seu trabalho e acompanha a progressão do amplificador, contudo, o breakup poderia ser um pouco mais suave. Também devido ao carácter sonoro do próprio amp, a coluna acaba por dar a sensação de ser um pouco “cerrada”. O circuito de reverb era desnecessário. Não tem uma acção muito orgânica e, resto, descaracteriza um pouco o conceito bluesy/rocker do amplificador. Além disso, de certeza que aumenta o preço do amp.

Robusto e capaz de um rugido potente, apenas podemos imaginar os modelos maiores.