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As Guitarras de Joe Perry em Lisboa

As Guitarras de Joe Perry em Lisboa

Nero

No concerto de Aerosmith, ao lado de uma excelente setlist, Joe Perry promoveu um desfile de guitarras capaz de tirar o fôlego a qualquer um…

Como referimos, em tom de brincadeira, na review ao concerto de Aerosmith, talvez só as calças que Steven Tyler usou possam rivalizar (em custo) com o luxuoso desfile de guitarras que Joe Perry promoveu na MEO Arena. E essa não deixa de ser uma tarefa impossível, afinal o guitarrista já chegou a afirmar ter uma colecção com mais de 600 guitarras. Durante o concerto, Joe Perry fez os guitarristas presentes roerem-se de inveja com vários outros modelos (infelizmente, só pudemos fotografar a partir da regie e apenas as duas primeiras canções). Estes foram os que mais gostámos!

2000 Dan Armstrong Plexi | A guitarra que abriu o concerto, em “Let The Music Do The Talking”, com o corpo translúcido em plexiglass. Com a afinação em Open-A e slide no dedo, Joe Perry disse logo ao que vinha: partir tudo! Também em “Rag Doll” é usada guitarra slide mas, no caso, um modelo Lap Steel, uma Chandler RH-2.

Danelectro & Echopark | Logo em “Nine Lives”, Joe Perry usou um modelo ’66 e viria também a usar um modelo ’64 (que se tornou infame por ser a guitarra com a qual Joe Perry colapsou em palco). O guitarrista usou também um par de modelos custom Echopark.

© joeperry.com

“Frankenstrat” | Em “Livin’ On The Edge” Perry pegou na espantosa Stratocaster (modelo para canhotos) invertida. Joe Perry construiu a guitarra com Jim Servis, alcunhando-a de “Frankenstrat” – como outro super guitarrista chama a uma construção sua. O motivo para a alcunha é a guitarra ser construída com partes de uma guitarra que, literalmente, pegou fogo e foi recuperada pelo guitarrista e Servis. Basicamente, é um corpo esquerdino da Fender com um braço Tele Warmoth invertido. Os pickups Barden foram bobinados de acordo com especificações personalizadas, para ter um som mais caloroso. Seria usada mais vezes, mas nesta canção soou arrasadora, com Perry a puxar os harmónicos com um DigiTech Whammy.

TV Jones | Uma guitarra que não conhecíamos e que o guitarrista usou amiúde, começando em “Love In An Elevator”, foi uma TV Jones, com acabamento natural. Recentemente, o guitarrista passou a usar alguns modelos custom da marca, todavia este pareceu-nos um protótipo. O riff de “Love In An Elevator” soou encorpado e seco. Um sonzão (pedimos detalhes à marca, aguardamos resposta)!

© joeperry.com

Baladas | “Billie Perry” é a Gibson ES-335 Lucille personalizada de Joe Perry, com uma pintura que retrata a esposa do guitarrista. É uma das guitarras favoritas do músico, que a usou em “Cryin’”. Já em “Don’t Wanna Miss A Thing” foi usada uma Stratocaster de assinatura de Hendrix, não foi possível esclarecer se se tratava de um modelo de reedição da ’68 Olympic White do Woodstock ou um dos recentes modelos “Alter Your Axis”.

Les Paul | Les Paul é o modelo de guitarra que mais associamos a Perry, até porque o músico tem umas quantas na sua colecção, ao lado de um par de LP’s de assinatura. Desde logo, a “Boneyard”, cujo protótipo, com uma ponte Bigsby, é usado pelo músico. É uma guitarra com tampo de maple e os clássicos pickups BurstBucker 2, a dar calor na posição do braço, e BurstBucker 3, com médios explosivos na posição da ponte.

Entre as suas Custom Shop, destacaram-se ainda a réplica da Les Paul ’59 – o Santo Graal das guitarras – que não necessita de grandes comentários…