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Kiko Loureiro regressa a Portugal

Kiko Loureiro regressa a Portugal

Nero

O mágico brasileiro está pela Europa para uma série de “clínicas”, Portugal é um dos destinos. Dia 13 de Fevereiro o virtuoso guitarrista dos Angra passa em Leiria, na Ludimusic.

O mote para estas demonstrações de Kiko Loureiro é o seu recente modelo de assinatura pela Ibanez (são duas versões, a KIKO100 e a KIKO10P). O shredder dos Angra usa as guitarras desde o final de 2013, e os modelos surgiram no mercado em 2014. A diferença mais significativa entre a 100 e a 10P (construída na Indonésia) está na densidade do flame maple usado no topo do corpo e cabeça, além de o modelo 100 possui o logo do 12º trasto embutido num material mais nobre. Também as pontes diferem, Edge (KIKO100) e Edge-Zero II (KIKO10P).

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Os modelos possuem pickups DiMarzio (humbucker/single coil/humbucker) de assinatura do guitarrista. Corpo em alder e flamed maple top; braço numa mistura maple/walnut de 5 folhs e escala em rosewood. Os trastos jumbo recebem o tratamento Prestige de limagem da Ibanez. O potenciómetro de volume possui switch para coil-tap, através de push/pull.

Poderão descobrir mais sobre as guitarras em Leiria, na Ludimusic, a partir das 19h. Poderão também tentar “sacar” algumas técnicas ao Kiko, que é um bacano e já conversou com a Arte Sonora várias vezes, deixamos um excerto da nossa primeira conversa (quando o músico havia editado o álbum a solo “Fullblast”).

Tens um estilo próprio muito definido e a solo é ainda mais evidente que nos Angra…
É diferente, porque é instrumental. Eu tenho 3 solo álbuns. “No Gravity” e “Fullblast”, são mais próximos, em que tenho coisas mais rock, coisas de guitarra mais anos 80, os guitar heroes que cresci a ouvir, e tenho o “Universo Inverso”, mais focado na música brasileira, e aí sim, é bem diferente dos Angra. “No Gravity” e “Fullblast” têm o lado dos Angra porque está lá a minha história como músico. Mas fiz de tudo e difere bastante porque é instrumental, com uma guitarra tens de desenvolver a melodia principal, a melodia secundária, um solo, a parte experimental… Desenvolves a música inteira sem ter a voz, é uma forma diferente de compor. Nos Angra o instrumental dá para ter mais variações, de guitarra e de som.

E quais são as tuas maiores influências enquanto guitarrista?
Muitas coisas! São fases. Na adolescência ouvi muitos guitarristas dos anos 80, Steve Vai, Satriani, e guitarristas de jazz, claro, Pat Metheny, Wes Montgomery, George Benson. Ouvi muita música brasileira, Marco Pereira, Sebastião Ulisses Rocha. Sempre fui mais para o rock, mas ouço muita música no geral! Posso ouvir Madredeus, música erudita, jazz…

A canção do “Fireworks”, de Lisboa, tem ali um toque de fado…
Foi uma música que o André (Matos) fez da primeira vez que tocámos em Lisboa. Nunca tínhamos visitado Portugal e é uma sensação diferente. Na escola estuaámos a história de Portugal, os meus avós são portugueses, têm o acento português. Há as histórias, as construções, as ruas… E, de repente, tudo o que tem no Brasil, faz sentido de onde veio!