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AS10, 8 Octavers

AS10, 8 Octavers

Redacção

Uma lista dos nossos pedais octave favoritos, com protagonismo de unidades octa/fuzz.

Estávamos em ano (2016) de oitavo aniversário e pensámos num artigo óbvio: apresentar os oito melhores pedais de oitavas que conhecemos nesses oito anos. Muitas unidades que escolhemos são octa fuzz porque gostamos de “porqueira”. Eis os nossos favoritos…

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EARTHQUAKER DEVICES HOOF REAPER | Foi originalmente concebido, em 2010, como uma unidade de edição limitada, entre os vários pedais fuzz de referência da marca, mas a procura manteve-se tão intensa que a EarthQuaker teve que o tornar a produzir. Para muitos este pedal é o pináculo dos fuzz da marca, e para muitos outros é mesmo o melhor fuzz do mercado, com o bónus de possuir um circuito analógico de uma oitava. O octaver possui enorme poder na criação de overtones e uma grande presença ligado a um amp. Cada um dos efeitos pode ser usado individualmente, em série ou paralelamente, claro. Ainda que tenha uma sequência de estágios que a marca recomenda para um crescendo de intensidade no sinal. É um monstro!

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MALEKKO HEAVY INDUSTRY BARKER ASSMASTER | O B:ASSMASTER soa como um trovão e é um pedal super simples. As unidades são construídas artesanalmente, com componentes de elite, em Portland, Oregon – urbe que exala classe musical. É inspirado no pedal/fuzz/octaver Maestro Bass Brassmaster, com um circuito modernizado capaz de gerar distorção e harmónicos de elevadíssima qualidade nas oitavas. Os cinco controlos são para lá de intuitivos e precisos (Tone, Overtones, Harmonics e Mix, para nivelar o efeito no sinal). Esta excelente unidade true bypass é alimentado por pilha de 9v ou transformador, com uma corrente de 50mA. Grande som fuzz, grande distorção e grande octaver!

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ELECTRO HARMONIX POG2 | Para muita boa gente, é este o melhor pedal octaver. O mais versátil é seguramente. Listemos os controlos: Sliders de volume para Dry Output, -2 Octaves, -1 Octave, +1 Octave, and +2 Octaves; Slider de ataque para as funções Volume Swells e Reducing Pick Attack; Slider para o Filtro Low-Pass com 2-pólos de Ressonância, Slider de afinação para +1 e +2 Oitavas; Botão para Dry FX e LED para 4 Modos de Processamento Bypass do Efeito; Botão “Q” e LED para 4 Modos de Ressonância para o Filtro Low Pass; Preset Knob para Seleccionar e Salvar até 8 Presets; Footswitch para Seleccionar Presets; Footswitch Bypass com Comutação True Bypass. É a segunda geração do Polyphonic Octave Generator com maior potência algoritmíca que o primeiro pedal e duas oitavas extra. Não há pedal com melhores harmónicos!

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ROGER MAYER ROCKET OCTAVIA | O pedal lendário de Jimi Hendrix, desenvolvido em 1967 e imortalizado em “Purple Haze” ou “Fire”. O circuito analógico, naturalmente, consegue produzir o som de uma oitava acima da nota tocada, dobrando a nota no fundo, através duma técnica de espelhagem electrónica, sensível às dinâmicas subtis do próprio músico. Portanto, é um duplicador de frequência, com envelope generator e modulador de amplitude. Se for ligado após uma unidade fuzz, por exemplo, é criada a dupla oitava mais alta, como sucedia no som de Hendrix. Os próprios criadores referem que o brilho dos harmónicos é mais manipulável se o pickup activado na guitarra for o do braço, com o potenciómetro de tone a atenuar os agudos. É o octaver mais “humano” de todos!

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DIGITECH WHAMMY 4 | Está descontinuado, mas continua a ser a melhor geração deste pedal explosivo que, originalmente, foi concebido para imitar efeitos whammy bar em guitarras de ponte pixa, como as Les Paul ou Telecaster. O efeito é activado pelo switch no canto da unidade e controlado pelo pedal de expressão em tempo real. Os efeitos disponíveis são o modo Harmony, Whammy e Detune, cada um com várias opções de definição. Um dos baluartes desta versão foi o upgrade ao controlo MIDI, tal como a definição Dive Bomb, que emula uma whammy bar puxada, surrealmente, até tocar o corpo da guitarra. A sua expressividade sonora não é facilmente descrita ou passível de muitos limites!

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BOSS OC-3 | O Super Octave é bem simples, funciona com guitarra ou baixo e tem um som para lá de pesadão. A unidade recupera a tradição clássica da marca, com o modo octaver do anterior OC-2, que permite escolher entre uma ou duas oitavas abaixo ou misturar ambas, ao qual acrescenta a riqueza harmónica do modo polifónico e ainda o modo Drive, carregado de distorção e capaz de criar overtones dementes. Um pouco sujo, com ruído residual de -96 dBu com todos os potenciómetros posicionados a meio, compensa com uma agressividade e um calor tremendos. É um dos favoritos aqui na redacção!

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MXR M-103 | Outra unidade lendária, imortalizada por Jimmy Page. O uso mais comum do pedal, quando a sua fama explodiu na década de 70, era com as definições um pouco acima da metade de cada um dos potenciómetros. Dessa forma emergia uma sub-oitava sob o som fuzz. Na verdade, este pedal é meio ruidoso e bastante temperamental, se nos permitem. Tem sido relegado para segundo plano no grande esquema das coisas, mas pode ainda ser escutado em toda a sua glória em vários álbuns dos Melvins. Se gostam do som sujo e imprevisível, se não vos importa a baixa qualidade do bypass, este pedal é a escolha económica!

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FULLTONE OCTAFUZZ OF-2 | Outro pedal surgido originalmente nos anos 70 (personificado no Tychobrahe Octavia) e associado a Hendrix, está, contudo, mais ligado à assinatura sonora de Stevie Ray Vaughan. Pode ser usado como fuzz (e faz bem o trabalho) ou como octaver (onde se destaca verdadeiramente). Numa oitava acima atinge o topo da sua excelente qualidade sonora, algo que se reflecte também no pouco, quase inexistente, ruído com que polui o sinal. O preço é também um dos pontos positivos, além da construção capaz de aguentar com uma bomba atómica!