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Fall Out Boy

Save Rock And Roll

Island Records, 2013-04-12

Hugo Tomé

Nem sempre se consegue agradar a Gregos e a Troianos, convenhamos. Agora, não agradar nem a uns, nem a outros, é mais complicado. Após cinco anos de interregno entre o último registo Folie à Deux e umas quantas incursões a solo que saíram furadas. Os Fall Out Boy estão de volta num regresso consideravelmente lastimável. E, porquê?

Primeiro que tudo, porque quem pensava que tamanha paragem pudesse significar um retorno às origens, que apesar de não ser uma obrigatoriedade, por norma faz-se acompanhar em jeito de alívio da expressão “ainda bem”, desengane-se. E depois, porque quem esperava que o anunciado regresso era feito com um registo de título Save Rock N’ Roll, onde no mínimo incluía o género, esqueça.

Tudo bem, é mais que sabido que os Fall Out Boy não são propriamente o maior exemplo de coerência, nem tinham que ser. As suas origens Pop Punk com o pintar das unhas de preto e o rímel nos olhos foram dando lugar ao Pop Emo, na boa. Agora, voltarem com um registo mais Pop que a Pop, ainda por cima com tendências dançantes (se assim se pode chamar) ao estilo de umas quantas discotecas à beira Tejo e chamar-lhe Save Rock N’ Roll, por favor…

Ao súbito enjoou só escapam mesmo as colaborações com Sir Elton John e Courtney Love. O primeiro porque mesmo suscitando a pergunta: Porquê Sir?! O Sir não precisa disto!… em “Save Rock n’ Roll” tema, consegue elevar o nível de atenção um pouco mais além do “passar à frente”. E a segunda porque apesar do seu estado normal ser só a dizer m****, em “Rat A Tat”, contribuiu para sujar (mesmo que pouco) um disco pintado quase e só a floreados entediantes.

Nem sempre se consegue agradar a Gregos e a Troianos, muito bem. Agora, não acrescentar nada nem a uns, nem a outros, e voltar como os Fall Out Boy voltam em Save Rock N’ Roll, é mais que complicado, não valia a pena.