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James Blake

James Blake

Universal Music, 2011-02-04

Redacção

Aos 22 anos de idade, o britânico James Blake mostra ao mundo aquilo que tinha andado a preparar no seu quarto nos últimos tempos, através do lançamento do seu álbum de estreia intitulado, simplesmente, “James Blake”. Mesmo antes do lançamento do disco, o hype em redor deste jovem londrino já era grande devido à edição de uma série de EP’s, em 2009 e 2010, e que foram muito bem recebidos pela crítica, a qual mais uma vez se rendeu à sua música agora em formato LP. Este álbum tem sido cotado como um dos melhores discos do ano, até à data, estando também nomeado para álbum do ano de 2011 dos Mercury prize. Mas também há quem não goste dele, como é o caso de Geoff Barrow, dos Portishead, que o criticou duramente na sua página de twitter ao comparar a sua voz à de um cantor de pub.

Mas afinal que música é esta? Blake passeia-se por sons que por vezes são difíceis de explicar ou conotar, mas não faltam as associações a diversos estilos ou correntes, tais como o dubstep, o trip-hop, a pop moderna ou a brit school pseudo. Mas aquilo que fica são os sons electrónicos, acompanhados por piano, linhas de baixo, muitos samples e uma voz delicada que por vezes é escondida ou disfarçada atrás de toda a maquinaria que faz acontecer a sua música. É um formato de sucesso, embora diferente, mas que segue a linha dos The XX. Isto até pelo minimalismo como base de composição.
Seja qual for o estilo, aquilo que faz é muito próprio e original e certamente ficará na memória por muitos anos e quase de certeza que vai saber tão bem ouvir daqui a uns anos músicas como “The Wilhelm Scream” ou “Limit to Your Love”, original de Feist, como sabe hoje.

Por Nélio Matos