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Kyuss Lives!

Kyuss Lives!

2011-06-21, Incrível Almadense, Almadense
Nero

Um dos acontecimentos musicais do ano em Portugal, os Kyuss vieram ao nosso país… e o único membro original que falta é Josh Homme – ao qual se ajusta o ditado “só faz falta quem cá está”. Um som descomunal, excessivo até e a Incrível Almadense a mostrar que já não tem condições para acolher um evento desta dimensão – de resto, é uma vergonha Lisboa não ter um local para quem não se resigna ao mainstream poder ver concertos.

Sem tréguas, no que respeita ao som, logo de início. Os Kyuss entraram com uma colossal parede sonora debitada através da potência e solidez dos amps e das mãos de Nick Oliveri e Bruno Fevery. Um volume descomunal para enfrentar uma sala “ao barrote”. De resto, a própria bateria parecia algo atrás do som das cordas e a própria voz ficava um pouco diluída do volume que saía de palco. Ao quarto tema, “One Inch Man”, esta atitude foi mesmo revista tendo sido retirado decibéis ao volume e então foi possível ouvir-se um pouco melhor tanto Brant Bjork como John Garcia.

Quanto à banda, com uma execução técnica dos temas a roçar a perfeição, pareceu estar um pouco num espírito “ensaio ao sábado de manhã”, espírito que serviu coisas mais compassadas como “Asteroid”, mas retirou alguma intensidade à actuação e só foi quebrado a partir de meio do concerto em temas como “Supa Scoopa…”, “Odissey”, “El Rodeo” ou “100º”. Contudo, o concerto nunca deixou de ter uma densidade e atmosfera extraordinários, tendo a banda pecado apenas pelo escasso encore, no qual houve apenas direito a ouvir “Green Machine”, num final que deixou a sensação de coito interrompido…

Mesmo assim fica a certeza que Kyuss Lives!