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Misfits + JuiceheaD + Beretta Suicide

2012-02-12, Corroios
Redacção

Estávamos no final da década de 70, e os Misfits começavam a assombrar ouvidos com a sua sonoridade suja, e letras inspiradas nos mais clássicos horror movies. Após 30 anos de existência, no dia 12 de Fevereiro de 2012, em Corroios, os Misfits provaram que ainda têm muito terror para espalhar…

Com a casa cheia, o Cine-Teatro de Corroios acolheu os Beretta Suicide e os Juicehead, além dos Misfits, que traziam na bagagem o seu mais recente trabalho “The Devil’s Rain”. Senhores de indumentária assustadora sobem ao palco, com esqueletos a servir de suporte para os microfones, prontos para as guitarradas aceleradas, pesadas, mas divertidas! Tão típicas do seu horror-punk  que o público ansiava ouvir.

O elemento mais antigo da actual formação da banda, Jerry Only, baixista e vocalista principal, sobe então ao palco, acompanhado de  Dez Cadena na guitarra, e o baterista Eric ‘Chupacabra’ Arce. A um ritmo extasiante, as honras foram feitas passando por temas como “The Devil’s Rain, “Land of the Dead”, “The Black Hole”,  “Twilight of the Dead”, “Curse of the Mummy’s Hand”, e do ínicio ao fim da actuação, poucas palavras foram ditas. Afinal, seria preciso falar?

Apesar do início ritmicamente contagiante, mais uma vez a sala do Cine-Teatro deixou muito a desejar a nível de qualidade sonora. Com um som mal definido, os primeiros 20 minutos serviram para ajustar pequenos detalhes aqui e ali; eliminando os feedbacks ruidosos, apurando melhor o pouco que se percebia da bateria, e corrigindo a terrível qualidade na captação de voz. Algo que não passou despercebido aos mais atentos. Aos poucos, o som foi ficando mais limpo, mais claro, ainda assim é de questionar se uma banda com o historial dos Misfits não mereciam melhores condições…

Foram cerca de 40 os temas tocados; uma setlist extensa que percorreu o historial da banda, mas que ainda assim soube a pouco, principalmente depois de atingirem o pico com grandes  clássicos, tais como: “Jack the Ripper”, “Abominable Dr.Phibes”,  “American Psycho” e “Scream!”. Os Misfits estavam ali para semear o caos, e debitar temas sem fim, fazendo assim uma retrospectiva de uma carreira com mais de 3 décadas, que parecia não cansar os ouvidos portugueses.

Quando o fim parecia ter chegado, os Misfits não partem sem fazer a festa com o público, relembrando temas como “Saturday Night”, e o bem conhecido tema “Die, Die My Darling”.

Uma verdadeira noite de Halloween, em pleno Fevereiro, inesquecível para alguns, mas para outros tantos deixou a sensação que poderia ter sido muito mais… “horrorosa”!

Por Liliana Alves