Quantcast
Riding Pânico, Serpentes & Paquidermes

Riding Pânico, Serpentes & Paquidermes

2015-08-13, Cem Soldos, Tomar
Nero
9
  • 8
  • 8
  • 10

O enorme som do palco Eira tornou o concerto dos Riding Pânico no Bons Sons um dos melhores momentos da banda.

De entre as crias rufias dos Blacksheep Studios, e especialmente se pensarmos em Linda Martini e Paus, os Riding Pânico terão sido aquele projecto que menos desenvolveu uma linguagem exclusivamente sua, mas são também aquele que, nos melhores momentos, consegue ser sonoramente mais abrasivo. No surpreendente palco Eira, no Bons Sons, os Riding Pânico tiveram um dos seus melhores momentos.

Trancados, quer a nível sonoro, quer executivo, os instrumentais da banda soaram directos, melódicos e poderosos.

O equilíbrio de uma face mais math rock, de “Homem Elefante”, com outra mais post rock, de “Lady Cobra”, esteve sublime e a banda foi capaz de enorme solidez nos balanços e contrastes dinâmicos dos temas e nas suas diferentes formas de fascínio diferentes. Fomos agarrados pelos movimentos hipnóticos de uma serpente e arrasados por poder paquidérmico. O designador comum foi o enorme som com que o palco Eira nos presenteou terá estado também transposto em palco, dando segurança e conforto aos músicos? É possível. Para fora, dizemos enorme porque não se tratou de volume bruto, mas de um assombroso headroom, a qualidade do som foi capaz de traduzir todas as dinâmicas dos instrumentos e do seu processamento, quer nos momentos mais etéreos quer nos mais exóticos, no uso de pitch shifters. Um sonzão, mesmo!