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The Strokes

Angles

Universal Music, 2011-03-21

Redacção

“A escuridão disfarçada!” Depois de “Room on Fire” e “First Impressions of Earth” ficava a ideia que os The Strokes poderiam criar algo de singular, rock n’ rollmente falando, ainda que nenhum dos anteriores seja uma obra prima, e este “Angles” também não o é, mas é um passo largo a caminho de algo grande.

É que quem cria malhas como “Last Night” ou “You Only Live Once” não pode simplesmente gravar por gravar. Porém entende-se melhor este álbum como fator de união entre a banda, para reforçar a coesão. É que andavam todos por outros caminhos paralelos e roçavam na identidade colectiva, tentando mostrá-la individual, e o único que esteve perto de se destacar foi Albert Hammond Junior, mas não o suficiente que se justificasse cortar com a banda.

A carreira de Julian a solo nunca foi consensual, nem teve a atenção pretendida, em boa verdade afirmo que, ainda bem! De resto sobra a febre das guitarras desgarradas e de novos hinos como “Machu Picchu” ou “Under Cover of Darkness” que prometem não fazer demover a esperança neste rapazes de New York, nem na sua capacidade de criação, apesar do alarido criar espectativa, não ficamos desiludidos, mas antes contentes com o resultado.

Talvez aproveitem os ângulos e façam uma geometria criativa que nos deixe rendidos à distancia entre dois ou mais pontos.

Por Joaquim Martins