O novo disco dos Quelle Dead Gazelle será apresentado ao vivo dia 11 de Novembro no Musicbox, em Lisboa.
“Dança Suja Chão Sujo” é o novo longa-duração de Quelle Dead Gazelle e surgiu da necessidade dos dois músicos (Pedro Ferreira e Miguel Abelaira) se reencontrarem e re-inventarem após uma longa pausa que se prendeu com a dificuldade intrínseca que acompanha um projecto cuja essência se foca, apenas, na guitarra e na bateria, tentando manter a formação (2 elementos) sem nunca cair na mesma sonoridade nem defraudar as músicas ao vivo.
Nem todas as danças têm de ser translúcidas nem a conjugação de realidades cristalina. A música, como uma dança e uma realidade que se interligam, precisa de submergir para que possa, em uníssono, emergir com sentir, sentido e emoção. Este disco traz um novo registo, com guitarras mais apoiadas nos alicerces da música portuguesa e baterias fundadas nos ritmos africanos/tradicionais. Sem nunca perder o sentido do rock, os Quelle Dead Gazelle tentam misturar todas as influências que os fazem sentir em casa, desde o fado à bossa-nova, ou do kuduro a influências mais pesadas. Surge, também, a introdução de texturas mais electrónicas neste novo longa duração, coisa que nunca antes tinham tentado.
“Dança Suja Chão Sujo” é uma viagem dentro de Portugal com tonalidades de múltiplas nacionalidades. É um arriscar em cocktails sonoros que nos podem fazer embrenhar em realidades distintas onde vamos saborear dicotomias sensoriais entre o desconforto e a satisfação. Entre o Serengeti, Chicago e Lisboa há uma planície enorme. Ampla, com um horizonte a perder de vista. Nessa planície corre uma gazela.
Espírito que incorpora este duo, a gazela, fixa-se em Lisboa. Lisboa, dona de mitos, histórias e estórias sabe misturar e ensinar. Colocou na cabeça do guitarrista Pedro Ferreira e do baterista Miguel Abelaira as cadências sincopadas dos ritmos africanos a encontrarem-se com os sons da desconstrução que a aventura pós-rock ofereceu às gerações futuras. Sobre a frecha onde se encontram estas duas placas tectónicas, passado e futuro, peles e electricidade, os dois músicos começaram em 2012 a tocar e trocar ideias. No mesmo ano lançaram o single “Afrobrita”. Começam, assim, os Quelle Dead Gazelle a correr e sem mostrar sinais de falta de fôlego.
Em 2013 o primeiro EP, “Afrobita”, gravado e produzido com os produtores Makoto Yagyu e Fábio Jevelim, leva-os aos palcos do Optimus Alive, Milhões de Festa, Paredes de Coura e Serralves em Festa e, ainda, a ganhar o Festival Termómetro, sendo a primeira banda instrumental a consegui-lo. Com mais de 50 concertos dados, chegaram ao final de 2015 com sede. Sede de subir a barra num novo disco e de o mostrar ao vivo. “Maus Lençóis” é o primeiro longa duração da banda e regista o reencontro do duo de músicos Ferreira-Abelaira com o duo de produtores Yagyu-Jevelim, desta vez no estúdio HAUS. O novo disco saiu em Abril de 2016 e adensou o vocabulário que “Afrobrita” iniciou e mostrou uma “gazela” em controlo, força e graça.
Entre 2016 a 2021, Miguel gravou um disco com Riding Pânico e Pedro participou no disco do André Henriques e no disco dos YAKUZA, para além de fazer várias produções no Haus (Atalaia Airlines, Yakuza, Galgo, Metamito, entre outros).
Depois de em 2021 regressarem aos ensaios, os Quelle Dead Gazelle lançam o seu segundo longa duração, “Dança Suja Chão Sujo”, com gravação e produção pelo duo no Haus e mistura por Pedro Ferreira. Tendo lançado já dois singles: “Asas de Mosca” e “Lisboa Morte”, o novo disco é dado a conhecer ao vivo no dia 11 de Novembro no MusicBox, em Lisboa. Os bilhetes custam 10,70€ e podem ser adquiridos aqui.